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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Os olhos lêem o que o corpo sente!

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Ia eu ontem a caminho das finanças, e a pensar em férias.

Olho para uma churrasqueira ao meu lado e leio no papel que lá tinham "precisamos de férias..."!

Fiquei parva :) Quem é que se lembrou de escrever isso?!

Leio novamente, e afinal o que o papel dizia era "estamos de férias..."!

 

Das duas uma: ou preciso de lentes de contacto novas, ou mesmo de férias! 

À Conversa com Benshee

benshee promo.jpg

Os Benshee são de Alenquer e surgiram em 2006, tendo editado, em 2009, o EP “Waiting For The Lights”.

Após um interregno de 5 anos, os Benshee regressaram em 2014, com um novo baterista e a banda completa: Diogo Caramujo (voz), Tiago Caramujo (guitarra), Hélio Ferreira (baixo) e Paulo Dias (bateria).

Estavam reunidas as condições para começar a gravar um novo álbum, que chega hoje às lojas digitais.

 

 

benshee album.jpg

 

“There's a World Outside That Door” reúne 10 temas rock para ouvir de seguida e que não irão deixar ninguém indiferente.

De acordo com a banda “O álbum está muito mais rock do que pop, que até aqui marcava mais pontos na nossa sonoridade. Continuamos numa onda muito "british" com o uso de alguns sons eletrónicos, e os pianos "saltitantes" cheios de efeitos que são já marca do que fazemos continuam presentes.”

Para saberem mais sobre os Benshee, aqui fica a entrevista que concederam a este cantinho!

 

 

 

 

Quem são os Benshee?

Os Benshee são quatro amigos que partilham de forma muito especial uma viagem ainda com destino incerto. Somos do concelho de Alenquer e seguimos um sonho comum que nos faz sentir mais completos. Os Benshee são : Diogo Caramujo (Voz), Tiago Caramujo (Guitarra), Hélio Ferreira (Baixo) e Paulo Dias (Bateria).

 

Em que momento surgiu a música na vossa vida?

A música esteve sempre presente em cada um de nós desde muito cedo. Como qualquer banda começámos todos algures numa garagem a tentar tocar qualquer coisa sem saber muito bem como. Todos tivemos vários projetos antes deste que acabou por se tornar para todos um “filho” que queremos ver crescer a cada dia.

 

Quais são as vossas principais influências a nível musical?

As principais influências são: Coldplay e Placebo. Bandas que seguimos atentamente e que estão muito presentes nas nossas composições, mesmo que de forma inconsciente. Existem outras bandas onde vamos buscar algumas coisas, mas são essas as principais.

 

Os Benshee surgiram em 2006, e em 2009 editaram o EP “Waiting For The Lights”. O que vos levou a fazer uma pausa de cerca de 5 anos, e a regressar agora com um novo trabalho?

Depois do EP “Waiting for the lights” andamos ainda um ano a promover o trabalho e tocamos um pouco por todo o País, a paragem não foi tão longa, mas sinceramente não sabemos precisar bem uma data que nos trouxe um final quase triste e o recomeço. A banda estava saturada, as coisas com uma editora na altura não levavam o rumo que esperavamos e existiam “guerras” constantes entre a banda, na altura ainda com outro baterista. Optámos por dar o projeto como terminado de forma a preservar a amizade. A música deveria fazer-nos sentir bem, e naquela altura não era isso que estava a acontecer.

 

Como foi todo esse processo de composição e gravação dos temas para o álbum?

 O processo de composição foi bem longo. Alguns dos temas já existiam embora que diferentes, e seriam para um segundo EP. Eu nunca parei de compor (Diogo Caramujo) mesmo durante aqueles anos que a banda parou; quando nos voltámos a juntar com o Paulo, já na bateria, havia muita coisa já escrita e achámos que existia material para o tão desejado álbum de estreia. Depois de decidirmos que temas seriam incluídos no álbum foi necessário um processo de “mutação” principalmente nos temas mais antigos, tivemos de lhes “lavar a cara” e dar uma roupagem nova. Somos pacientes e optámos por esperar o tempo suficiente para que as músicas soassem a algo atual.

 

Os Benshee afirmam que este novo álbum está muito mais rock que pop. O que vos levou a apostar numa sonoridade diferente daquela que vos caracterizava?

Não foi uma coisa pensada, foi algo que aconteceu naturalmente, e muito se deve à chegada do Paulo à bateria dos Benshee, foi sangue novo que entrou e ele chegou cheio de vontade de agarrar o projeto e de alguma forma contribuir com o que tinha para dar. Penso que essa foi uma das razões principais, a outra razão que é a maturidade de cada um, somos pessoas diferentes de há 10 anos atrás, a vida trouxe algumas lutas pessoais a alguns dos membros e isso reflete-se na música. As histórias que tínhamos para contar pediam mais “power” nos temas, e em vez de sons limpos com delay’s optámos por distorcer mais as guitarras e incluir alguns riff’s mais enérgicos. Sentimo-nos mais rock do que pop, mas a sonoridade contínua igual, somos os mesmos Benshee, mas mais crescidos.

 

“When I’m Gone” foi o single de estreia, que ficou disponível em formato digital a 24 de Junho passado. Sobre o que nos fala este tema?

É o tema mais calmo do álbum. Todas as letras falam de experiências não só pessoais, mas também de quem nos rodeia. A música fala de amor mas mais do que isso fala também do medo inconsciente que temos de ser esquecidos. Todos no fundo queremos ser amados e todos queremos um dia ser lembrados. O tema fala um pouco das duas coisas. É um pouco agridoce...não a escrevi (Diogo Caramujo) com um final feliz, mas cada um se vai rever nela de maneira diferente.

 

Lançado o álbum em formato digital, o que se segue? Têm algumas atuações agendadas nestes próximos meses?

Depois do álbum estar cá fora vamos preparar uma festa de apresentação com data e local ainda indefinido. Estamos também a tratar da parte física do CD que fazemos questão de ter neste primeiro longa duração. Os concertos ainda não estão a ser agendados, não temos pressa. Pensamos que ainda existem algumas coisas a fazer que são mais importantes nesta fase para além de tocar ao vivo, como o vídeo clip por exemplo. Procuramos também management e agenciamento... mas uma coisa de cada vez. Estamos a gostar desta fase da banda e queremos saborear tudo com calma. Desta vez não nos sentimos tão sós pois fomos abraçados pela Farol Música...e acreditem que isso é um alento enorme para o projeto.

 

Que sonho mais gostariam de ver realizado a nível musical?

Abrir para uma banda como os Coldplay seria pedir demais e sonhar muito alto, mas esses somos nós...portanto vamos sonhar com isso porque me parece um sonho bonito.

 

Muito obrigada! Votos de muito sucesso para a banda!

 

 

Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens.

 

 

 

Histórias soltas #2

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"Estou grávida.

Maldita a hora em que me deixei levar por uns minutos de prazer, enfeitiçada por palavras ocas, vãs.

Já devia saber que era eu que ia acabar por sofrer as consequências. Somos sempre nós. Eu bem vejo, pelas outras mulheres, como é que as coisas são. 

Quando um filho ainda é apenas um plano a longo prazo, os homens dizem sempre que vai ser uma experiência enriquecedora e gratificante, que nos vão ajudar em tudo,que vão ser os melhores pais do mundo. Mas, depois, quando os filhos se tornam reais, fogem das responsabilidades, das tarefas, dos problemas. Afinal, nós é que somos as mães, nós é que temos a obrigação de cuidar dos filhos. Em último caso, nós é que engravidámos e somos, por isso, culpadas. Temos que aguentar. Nós é que temos que pagar o preço. E o mais engraçado, o mais irónico, é que nem sequer tive prazer!

Estou grávida e não quero este filho. Nunca quis. Gosto muito da vida que tenho, e não quero estragá-la com esta criança. Não gosto de crianças. Não tenho jeito. Não tenho paciência.

Infelizmente, descobri tarde demais que estava grávida. Não pude interromper a gravidez de forma legal e, confesso, tive algum receio de fazê-lo clandestinamente. Por isso, tenho que aguentar até este bebé nascer, para me livrar dele.

Não me interpretem mal. Não me condenem. Simplesmente, não sirvo para ser mãe.E não quero passar pelo mesmo que as outras mães - ficar sozinha, com uma criança nos braços, para criar. Sozinha, sim! Porque a conversa dos homens não passa disso mesmo - conversa fiada para conseguirem o que querem.

Nunca iria ser uma boa mãe, tenho a certeza. Iria sempre olhar para aquela criança como um fardo, como um erro, como a culpada pelo fracasso em que a minha vida se iria tornar.

Já falta pouco para sair de dentro de mim. Já falta pouco para o pesadelo terminar.

O que será deste bebé, nem quero saber. Prefiro não saber.

A partir do momento em que sair do meu ventre, das minhas mãos, já não será um problema meu."