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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Cartas (um tesouro cada vez mais raro)

 

Dizem que um gesto vale mais que mil palavras.

Mas quando não nos é possível ver os gestos, só nos restam as palavras.

E que poder têm as palavras!

Tanto para quem as escreve, como para quem as lê.

É verdade que as cartas estão a cair cada vez mais em desuso. Agora temos outras formas de comunicação, mais eficientes, mais rápidas e mais modernas.

Mas uma carta é sempre uma carta...

Seja ela de amor, de saudade, de alegria, de tristeza, de notícias, de mistério, de aventura, de amizade, extensa ou breve, uma carta é um tesouro raro, carregado de sentimentos e emoções. É sempre uma parte de nós para alguém. Ou de alguém para nós.

É algo de muito íntimo, pessoal e intemporal. 

Quem nunca escreveu uma carta para algum parente distante? Para a amiga da infância? Para o rapaz que gostava? Quem nunca guardou as cartas que lhe foram escritas?

 

 

Juntos ao Luar

 

E, porque estou numa de Nicholas Sparks, aqui fica mais uma história de amor que adorei.

Como o li uns dias antes do Diário da Nossa Paixão, é impossível não fazer algumas comparações. 

Uma mulher dividida entre dois homens, que representam dois amores diferentes, a separação, a guerra, uma doença (neste caso, o autismo e sídrome de Asperger), as cartas, e até mesmo algumas localidades onde a história se desenrola.

Como já vem sendo hábito, o filme não faz jus ao livro, onde tudo é melhor explicado, pormenorizado e sentido.

Detestei o John enquanto pessoa, antes de se ter tornado um homenzinho. Detestei a forma como ele sempre tratou o pai. Detestei a escolha dele de continuar na vida militar, quando já tinha feito outros planos com quem ele dizia ser o amor da sua vida.

Detestei a Savannah que, durante uma das licenças do namorado, se armou em parva com ele. Detestei a Savannah que, depois de não sei quanto tempo sem dizer nada, mandou uma simples carta a dizer que se apaixonou por outro.

A vida é feita de escolhas, John fez a dele. Savannah fez a dela. E é com as consequências dessas escolhas que eles terão que viver.

Fiquei feliz por John ter começado a compreender o pai e ter passado mais tempo com ele, antes de falecer. Para mim, este foi um dos pontos altos, tanto do livro como do filme.

Achei o final do livro comovente, embora injusto para John. Ele teve uma atitude que muito poucos teriam. Fez o que estava nas suas mãos para que Savannah e Tim vivessem felizes, ainda que isso significasse a infelicidade dele. John continuou na sua vida militar, mas perdeu o seu grande amor.

Já o final do filme foi uma boa supresa! Um final alternativo em que ainda há esperança para John e Savannah!