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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Inverno em tempo de verão: ainda fazem sentido as estações do ano?

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Se virem por aí alguém com 3 camisolas vestidas, casaco, collants e botas, em pleno mês de Junho, não pensem que é algum extraterrestre - sou apenas eu!

 

 

Estamos a pouco mais de uma semana da chegada do verão, mas as temperaturas mais fazem lembrar os meses de inverno. Pelo menos aqui por Mafra, em que as mínimas andam nos 11/12 graus, e as máximas não passam dos 18/19.

Está sol, é verdade. E, aqui, basta vir o sol para toda a gente andar por aí já de chinelos, calções, e vestidos como se estivesse realmente calor. Ou até uma ida à praia porque, afinal, é verão (ou quase). Mas não está, porque para além do sol, temos um vento descomunal e gelado.

 

 

Assim, acho que, cada vez mais, vou deixar de lado aquele estigma de "ah e tal, é verão, parece mal andar com camisolas de lã e sobretudo". 

Cada vez mais, há dias de calor fora do normal em estações onde era suposto estar frio, e dias de frio fora do normal, em épocas em que deveriam estar temperaturas mais amenas. 

Dentro de toda esta "anormalidade", o mais normal é vestirmo-nos consoante a temperatura que está, e não consoante a época/ estação em que estamos.

 

Aliás, com a constante instabilidade climática em que vivemos, pergunto-me mesmo até quando farão sentido as estações do ano, tal como as conhecemos?

Greve pelo clima ou desculpa para faltar às aulas?

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Realiza-se hoje, a nível mundial, a greve estudantil pelo clima.

A intenção até pode ser boa, mas muitos dos estudantes estão mais interessados em servir-se dessa desculpa para faltar às aulas, e fazer um fim de semana prolongado!

Ainda que tenham sido já avisados que, quem não for às aulas, terá falta, e que esta será injustificada.

 

Há greves marcadas em meia centena de países. Todos se inspiram na adolescente sueca Greta Thunberg que, ao longo de várias sextas-feiras, fez greve às aulas para chamar a atenção para o problema das alterações climáticas.

 

Vi, numa reportagem, vários alunos a fazerem cartazes, a explicar os seus motivos para aderir a esta greve, a fundamentar a sua luta. Pelo menos, sabem argumentar, sabem o que estão a fazer.

Mas, outros tantos, se lhes perguntar porque fazem greve, nem sabem explicar bem, vão na onda, e aproveitam para não ter aulas.

Alguns colegas da minha filha, diziam que iam faltar para ir à praia. Ah e tal, vamos para a praia, e limpamos o lixo que lá houver. Será? Ou acabariam por fazer tudo menos isso?

 

Para mim, eu não lhe chamaria greve. Não faz sentido alunos fazerem greve às aulas, por algo que não tem nada a ver directamente com o ensino.

Acharia mais natural que optassem por um conjunto de iniciativas que, conjugadas com as próprias escolas e professores, poderiam alertar para a causa, e ajudar a proteger o ambiente.

Iniciativas organizadas, antecipadamente, e com objectivos bem definidos. Podemos, através de manifestações, exigir que o governo cumpra os acordos climáticos mas, antes disso, temos que começar nós, seres humanos, que tanto reclamamos daquilo que os outros não cumprem, a dar o exemplo, e a fazer a nossa ínfima parte.

É um tema que é dado em aula, e era uma boa oportunidade de o colocar em prática, em vez de ficar pela teoria.

 

Quantos destes alunos que hoje fazem greve, não são os mesmos que, amanhã, estão a deitar lixo ao chão, a poluir, a destruir o ambiente?

Estarão mesmo interessados em ajudar a causa, ou será mais uma boa desculpa para faltar às aulas?