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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Por apenas 3 euros, eu já devia desconfiar...

 

...que não iam oferecer nada daquilo que eu tinha imaginado!

Numa ida às compras, no verão, enquanto escolhíamos alguns produtos para levar para um dia na praia, deparámo-nos com esta promoção: na compra de 2 embalabens de Pringles + € 3, oferta de um Kit de Karaoke. No desenho, aparecia um microfone e uma coluna.

E nós, entusiasmados com tamanha oferta por tão baixo preço, comprámos as batatas, enviámos os códigos e pagámos os 3 euros.

Demorou algum tempo a chegar. Ainda pedi ao meu marido para confirmar se realmente tinham descontado o dinheiro, mas acabei por ver no site que podiam levar até 90 dias para enviar.

Não foi preciso esperar tanto tempo. Chegou ontem!

E nós ficámos a olhar para aquilo com cara de parvos! Afinal, o que eles enviam é, se assim se pode chamar, "a cabeça" do microfone e um altifalante ou coluna, que se encaixam na própria embalagem (que a esta hora já foi reciclada).

Estava eu à espera do último modelo de microfone, e afinal sai-me isto! Alguma vez eu pensei que ia ter que guardar a lata das batatas para servir de corpo do microfone?

Pois, nunca! Mas, por apenas 3 euros, eu devia ter desconfiado.  

Sobre a polémica da carne de cavalo...

 

A pergunta de hoje do sapo é: "Concorda que as refeições com carne de cavalo apreendidas pela ASAE sejam entregues a instituições de solidariedade?"


Ao que parece, toda esta polémica em torno das refeições com carne de cavalo, assenta sob um único aspecto: não constar nas ditas embalagens/ rótulos, a menção de que continham carne de cavalo.

Na verdade, parece não haver qualquer perigo para a saúde, até porque a carne de cavalo é saudável,não constituindo, como tal, uma questão de segurança alimentar.

Assim sendo, concordo com a retirada de todos os produtos do mercado para substituição da informação neles contida e, apurando-se a responsabilidade da burla, com a aplicação das respectivas coimas.

A questão que se coloca, após essa operação, é o destino a dar a tais produtos.

Se concordo que sejam entregues a instituições de solidariedade? Se em vez disso as deitarem fora, então acho bem doarem a quem precisa. Há tanta gente a passar fome e não é justo desperdiçar comida. Mas, como diz Eugénio da Fonseca, presidente da Cáritas, "pode surgir a ideia de que para as instituições que servem os pobres qualquer coisa pode servir". Ou seja, comida embalada retirada do mercado que não serve para o consumidor comum, já serve para os pobres que dependem das instituições. De certa forma, é como se estivessem a reduzir ainda mais a condição dessas pessoas.

Então e as empresas que pagaram os produtos, não deveriam ter direito a eles, depois de "legalizados"? Não deveriam poder vendê-los a qualquer consumidor? Afinal, embora possam haver algumas empresas envolvidas na fraude, outras há que foram, provavelmente, também elas, enganadas.

Seria mais nobre as próprias empresas tomarem essa decisão ou, por exemplo, ajudar as instituições com o dinheiro proveniente da venda desses produtos.

Mas, sim, em última análise, que sejam entregues às instituições, que podem sempre analisar essa acção sob uma outra perspectiva: os seus beneficiários serão privilegiados por estarem a comer refeições com carne de cavalo, muito mais saudável que a de bovino!