Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A diferença de idade nas relações...

Sem Título.png

 

... e mais uns quantos preconceitos que é preciso pôr de lado.

 

Eu sei que é difícil.

Que todos nós já temos ideias pré concebidas, e que é muito fácil fazer juízos de valor mas, seja pela idade, seja pela aparência, ou por outro motivo qualquer, a única forma que temos de saber como ela é, é conhecendo-a.

 

"Ah e tal, um homem mais velho tem mais experiência, é mais sabido, só quer sexo."

E os rapazes mais novos, não querem?

Será que um rapaz de 25 anos não pode ter mais experiência que um de 30, dependendo do estilo de vida de um e de outro?

Será que os rapazes mais novos são os que pensam em relações duradouras? Ou, pelo contrário, querem é divertir-se?

Mas, lá está, a idade é um número. Não define a personalidade nem as intenções da pessoa.

 

"Ah e tal, o que é que um homem mais velho quer com raparigas novas?"

Pois, não sei.

Mas da mesma forma, há tantas raparigas novas a quererem homens mais velhos.

E rapazes a querer mulheres mais maduras.

Mas, afinal, vamos andar a escolher as pessoas de quem gostamos, por quem nos apixonamos, ou que amamos, pela idade?

Podemos gostar de alguém mas, dependendo da idade, desistimos só por isso?

Não faz sentido!

 

"Ah e tal, um homem assim só quer usar, e depois elas saem magoadas."

Será que as raparigas hoje em dia são assim tão ingénuas?

Será que são só os homens que magoam? Que usam?

Não poderá acontecer o contrário?

Serem elas a usar, a brincar, a magoar?

 

"Ah e tal, usa brinquinho. Um homem a sério não usa brinco."

A sério?

Não poderá um homem que usa brincos ser mais homem que um que não usa?

Mais uma vez, é um brinco que define o carácter de alguém?

Se é boa ou má pessoa?

Se é bandido? Delinquente? Drogado?

 

Até se pode estar certo em tudo o que se pensa, mas a única forma de confirmar, é conhecer.

Ainda assim, só quem está nas situações é que sabe o que sente.

E se são elas as únicas visadas, são elas que têm que lidar com o que de uma relação entre elas venha a resultar.

Faz parte da vida.

 

 

 

 

 

 

Nem sempre o apoio é oferecido com a melhor das intenções

unnamed.png

 

Nem sempre as pessoas que parecem apoiar-te são aquelas que desejam o teu bem. Já aquelas que parecem querer o teu mal, podem ser aquelas que te estão verdadeiramente a ajudar...

 

Quando queremos fazer algo, ou temos alguma ideia, é mais que normal que queiramos e procuremos o apoio nas pessoas que nos estão mais próximas, ou noutras que conheçamos.

Mas, por vezes, aquelas pessoas que desejaríamos que nos apoiassem, parecem não querer o nosso bem. Parecem não ficar felizes, ou não querer que concretizemos aquilo que queremos.

Por outro lado, surgem pessoas que, supreendentemente, nos apoiam, e que nem estávamos à espera.

 

No entanto, é preciso cuidado. Porque essas pessoas que nos apoiam, podem estar a fazê-lo como quem dá um empurrãozinho, à pessoa que está prestes a estatelar-se ao comprido, para acelerar a queda.

Já quem parece não nos apoiar, pode estar apenas a segurar-nos, para impedir a queda iminente.

 

Porta aberta ao oportunismo ou à inovação?

OPORTUNISMO-1280x720.jpg

 

As tragédias, as calamidades e o caos, são sempre boas portas, abertas ao aproveitamento por parte daqueles que, nelas, vêem uma forma de lucrar.

Seja em termos ideológicos, sociais, políticos, económico-financeiros, ou qualquer outro, que possa beneficiar com a desgraça alheia. 

 

Não digo que não haja, igualmente, altruísmo, solidariedade, generosidade desinteressada, verdadeira vontade de ajudar, porque o há.

 

Mas haverá sempre oportunistas.

E se, com alguns deles, temos que ter muito cuidado, porque nem sempre as suas intenções são as melhores, ou mais nobres, com outros, acabam por surgir inovações, técnicas, métodos, que ficarão a fazer parte da vida daí em diante.

 

 

 

 

Como a falta de (in)formação se reflecte na inclusão

Imagem relacionada

 

A todos os níveis.

 

 

"Um dia, um professor de substituição foi dar uma aula de educação física. 

Na turma que lhe calhou, havia um aluno com necessidades educativas especiais. Sem formação específica e não sabendo bem como agir numa situação que nunca lhe tinha surgido, optou por não o incluir nas actividades que propôs aos restantes alunos, nem encontrar actividades alternativas para o aluno em questão."

 

 

Neste caso, como deveria ter agido?

Tratado o aluno de igual forma e colocá-lo a fazer o mesmo que os outros, encontrar exercícios específicos para a sua condição, ou adaptar as actividades, de forma a que todos, à sua maneira, conseguissem levá-las a cabo com relativo sucesso?

 

Na turma da minha filha existem alunos com necessidades educativas especiais, que apenas frequentam, em conjunto com os restantes alunos, duas ou três disciplinas. As restantes, são leccionadas em separado.

Será isto inclusão?

Igualar em algumas coisas, diferenciar noutras?

 

 

Estes são apenas exemplos de situações em escola, mas que podem facilmente saltar para a vida adulta, para um contexto laboral ou social.

 

 

Cada vez mais se pretende dar a todos as mesmas oportunidades, independentemente de quem está do outro lado e, por isso, a inclusão acaba por ser quase obrigatória, ainda que nem sempre se saiba como colocá-la, da melhor forma, em prática, perdendo a sua eficácia, com consequências negativas, que não estavam previstas, e que se poderiam evitar.

 

A verdade é que a verdadeira inclusão, em todos os seus sentidos e formas, ainda é uma utopia na maioria dos casos.

Aquilo a que assistimos, muitas vezes, é a uma mera tolerância.

Seja por falta de formação e informação, tanto de profissionais e alunos nas escolas, como enquanto seres humanos e cidadãos, no nosso dia a dia, e em diferentes contextos.

Por vezes, com algumas tonalidades de racismo, xenofobismo, discriminação, rejeição, repugnância, mascarados de cinismo, fingimento, aparências, e falsas boas acções e intenções.  

Outras vezes, as intenções até são, de facto, positivas, mas faltam ferramentas para as colocar em prática.

 

Penso que, acima de tudo, é preciso definir o verdadeiro significado de inclusão, e de que forma ele se reflecte sempre em igualdade, ou no respeito, aceitação e adaptação à diferença, de todos os envolvidos. 

 

 

Quem sou eu?

Imagem relacionada

 

Sabem aquelas alturas em que determinadas situações nos incomodam, e determinadas pessoas nos dão nervos, e gostaríamos de lhes dizer que não estão a perceber nada, nem a agir da melhor forma, e que deveriam mudar a sua atitude, para as coisas resultarem?

 

Aquelas alturas em que temos todo um discurso preparado, com imensos conselhos e opiniões sobre a questão, baseados naquilo que fomos observando e lidando com?

Em que consideramos que agir da forma que recomendamos traria muito mais felicidade a todos?

 

Há momentos em que isso me acontece.

Em que bastava uma dessas pessoas me perguntar, e eu desfilaria toda a minha análise à questão, e a forma como julgo que os outros deveriam agir.

 

A intenção é boa. Mas de boas intenções, está o inferno cheio!

E ninguém me perguntou nada. Em momento algum foi pedida a minha opinião.

Por isso, calo-me, e calo o meu subconsciente.

Além disso...

 

 

Quem sou eu para dizer o que quer que seja, para dar conselhos a quem quer que seja?

O que me leva a pensar que sei mais do que os outros, que posso ajudar mais que os outros, que tenho mais experiência que os outros?

Aquilo que eu tenho, para me basear, é apenas aquilo que me é dado a conhecer. Será suficiente, ou precisaria de conhecer o todo?

E essa aparente sabedoria para com as questões de terceiros, também funciona comigo e com os meus?

Ou, em casa de ferreiro, espeto de pau? Façam o que eu digo, mas não o que eu faço? 

 

 

Quem sou eu para, mesmo observando a realidade e, eventualmente, tendo razão, mostrar aos outros o quão enganados ou errados podem estar, sem que eles estejam disponíveis ou receptivos a esse abrir de olhos, e sem ferir susceptibilidades?

E se fosse ao contrário? Será que gostaria? Será que aceitaria? Ou pensaria o mesmo "quem é que pensa que é?".

Pois...

 

 

Quem sou eu?

Apenas mais um peão deste mundo, nem mais nem menos que ninguém, a tentar fazer o melhor que sabe, com o melhor (e o pior) que tem, na descoberta de que, por mais que queiramos ajudar quem nos é mais próximo, nem sempre temos o direito de nos intrometer na vida alheia sem permissão para tal.