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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Reflexão do dia

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Nem sempre se consegue fazer fogo friccionando duas pedras.
Por vezes, a única coisa que se consegue é, apenas, desgastá-las.
 
 
 
Há pessoas que passam a vida a friccionar pedra com pedra, na esperança de que, um dia, quem sabe, possam conseguir gerar o fogo pelo qual tanto anseiam, e que está difícil de atear.
E, ainda que, a cada fricção, umas vezes mais suave e paciente, outras mais forte e agressiva, a única coisa que consigam, à primeira vista, seja o desgaste de cada uma delas, continuam a insistir.
Porque já o conseguiram uma vez, e resultou. 
Então, mais cedo ou mais tarde, há-de resultar de novo.
Ou talvez não...
 
 
Há pessoas que não conseguem ver que, se querem tanto atear o fogo, há muitas outras formas de o conseguir.
Mais práticas.
Mais eficazes.
Mais rápidas.
Menos abrasivas.
 
 
E há pessoas que, simplesmente, não percebem que, na verdade, nem sequer precisam desse fogo. 
Nem para aquecer.
Nem para iluminar.
Nem para se sentirem vivas.
Porque elas próprias têm tudo isso em si.
 
 

Quantas pedras temos no sapato?

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Desta vez, depois do teste do balão, veio um outro, também muito importante em diversos aspectos da nossa vida, seja nas relações amorosas, familiares, laborais ou amizades.

A ideia era mostrar que tudo aquilo que nos incomoda, e que teimamos em guardar para nós, não desaparece com o tempo. Pelo contrário, vai acumulando, incomodando cada vez mais, até causar ferida. E, depois, será mais difícil sarar. 

 

Se, por cada coisa, assunto ou atitude, que nos incomoda, magoa, entristece ou com o qual não estamos satisfeitos ou agradados, e sobre o qual nunca falámos com quem o fez, colocássemos uma pedra no sapato, quantas pedras teríamos hoje, dentro do nosso sapato? 

Muitas? Poucas? Nenhumas?

 

 

No entanto, ainda antes de fazermos contas às pedras que fomos juntando ao longo do tempo, é importante perceber porque é que elas não foram deitadas fora mas, em vez disso, acumuladas.

 

 

Porque é que temos tendência a não falar daquilo que nos incomoda? Daquilo que não gostamos? 

Porque é que deixamos tanta coisa por dizer, quando a nossa vontade é pôr tudo cá para fora?

Será porque temos receio da reacção da outra pessoa? De como ela irá interpretar o que dissermos? E de acumularmos ainda mais pedras, além das que já tínhamos?

Ou por medo daquilo que, a menção de uma determinada situação, possa despoletar, à semelhança de um castelo de cartas, no qual temos medo de tocar, ou de tirar uma carta que está mal posta, não vá o castelo todo desmoronar-se?

Será por receio pelos outros, ou por nós mesmos?

 

 

Se acontece algo que não gostamos mas, de certa forma, é tão mínimo ou insignificante que pomos para trás das costas e não voltamos a pensar no assunto, então essa é uma pedra atirada fora.

Mas, se apenas fingimos que deixamos passar mas, à mínima oportunidade, essas situações vêm à superfície, então são pedras no nosso sapato, que nos irão acompanhar eternamente, se não nos livrarmos delas.

E a melhor forma de o fazer, é falar sobre elas com as pessoas que lhes deram origem.

Muitas vezes, uma conversa franca evita desconforto desnecessário, que pode levar ao rebentar do balão de forma explosiva, enquanto poderíamos estar a mantê-lo cheio e leve, com sopros de ar fresco, que o fizessem continuar a flutuar, sem medos. 

Quando as pedras começam a cair

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Ontem caiu uma pedra. Colocámo-la de novo no lugar. Hoje caem mais duas. Voltamos a devolvê-las ao sítio de onde cairam. E assim se vai vivendo, até que as pedras caídas começam a ser mais que as mãos que temos para as apanhar.

Se corremos a segurar uma, outras irão, inevitavelmente, cair. E se nos apressamos para segurar outras, caem as primeiras.

Quando damos por isso, começam a ficar algumas pedras cá em baixo, que não sabemos quando nem como conseguiremos repôr para manter o equilíbrio. Mas ainda pensamos nessa possibilidade, o que não é mau.

Pior é quando nos dizem: "não vale a pena tentares, nunca conseguirás colocar todas de volta no sítio". Ou, então, quando afirmam peremptoriamente, que o melhor é atirar com as restantes pedras, que ainda permanecem intactas, ao chão. Pior, é quando até dão um empurrãozinho numa ou outra, para cair mais depressa.

Aí, acaba-se toda a esperança, toda a força, toda a determinação. Deixemo-las cair então... 

 

 

Diário de Férias - 1º dia

 

Ontem foi o primeiro dia de férias, e o primeiro dia do ano em que fomos à praia.

Estava sol, com algumas pinceladas de nuvens brancas que o tapavam de vez em quando, e um vento horrível. O mar também não estava muito famoso, mas valeu-nos a maré vazia.

A cada ano que passa fico mais triste com o estado em que encontro a praia que frequento desde criança. O cantinho para o qual costumava ir, e que já o ano passado era preciso uma ginástica para lá chegar, por causa das pedras que colocaram a dividi-lo do resto da praia, está ainda mais difícil de alcançar.

Mesmo assim, experimentámos lá ir, até porque é nesse cantinho que estavam os melhores sítios para se tomar banho com alguma confiança, e sem receios. E digo estavam porque, aquela "piscina" que tínhamos, e à qual se acedia através de um espacinho de areia, está este ano totalmente rodeada de rochas escorregadias, o que torna difícil lá entrar, e sair de lá a correr, como fazíamos antes.

Estou a ver que, a continuar assim, vou ter que escolher outra praia alternativa para as nossas férias, e desistir da nossa praia de sempre.

Primeiro dia de férias

 

Este mês é só mesmo uma semaninha, e começou ontem!

Soube bem acordar mais tarde, mas isso significou despachar mais tarde e apanhar o autocarro para a praia mais tarde.

Neste primeiro dia de praia, não houve sol (começámos bem). Mas, durante uma ou duas horas, o tempo esteve ameno e valeram-nos também as raquetes para aquecer.

A água estava gelada (o que já é costume, mas o primeiro impacto custa sempre), mas ainda fomos duas vezes à água, para os primeiros mergulhos de 2015! 

Foi também um dia cheio de surpresas, umas boas, outras nem tanto. Logo à chegada, reparámos no novo bar de praia. Ou, melhor dizendo, novas "instalações". Este ano, mudaram a autocaravana e acrescentaram-lhe casas de banho, o que é muito bom.

Já na praia, tive um choque quando percebi que taparam a passagem para o meu cantinho. O ano passado, ambos os lados estavam ligados por um estreito corredor de areia. Este ano, modificaram o pontão, e taparam esse corredor com rochedos. Ou seja, para passar para o outro lado, temos que andar a subir as rochas e fazer várias manobras sem cairmos, para poder passar para o outro lado.

Além disso, a areia está cheia de pedras com bicos espetados, o que me valeu uma ferida no pé. O que vale é que eles já estão habituados a estes terrenos perigosos (muitos anos a cortá-los no mexilhão e a andar em cima das rochas, para poder aproveitar os melhores cantinhos da praia).

Já quando nos estávamos a preparar para ir embora, o fecho da mochila da minha filha estragou-se, e tivemos que a levar ao colo!

Mas, como nem tudo é mau, mais uma surpresa no terminal dos autocarros: abriram um bar!

E foi assim o nosso primeiro dia de férias!