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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Espírito Livre", na Netflix

Espírito Livre » DigiCartaz 

 

Jessica Watson tinha 16 anos quando se atreveu a concretizar o seu sonho - ser a pessoa mais jovem a completar uma circum-navegação, a velejar, sem atracar, e sem qualquer ajuda.

Zarpou do porto de Sidney, em 2009, passou 210 dias no mar, e quase se arriscou a não voltar, dadas as dificuldades que enfrentou ao longo da viagem, nomeadamente, tempestades (e os danos que as mesmas deixaram no barco), ondas gigantes, vários tombos e um naufrágio.

Para além de tudo isto, enfrentou ainda dificuldades psicológicas.

Há quem diga que Jessica não bateu o recorde que almejava, por faltarem milhas para que atingise o critério técnico de uma circum-navegação completa.

Mas conquistou, talvez, muito mais do que isso.

 

Muitos consideraram o que ela fez arriscado. Imprudente. Perigoso. Uma loucura.

Muitos condenaram os seus pais por permitirem à filha embarcar nesta aventura, sendo ela apenas uma adolescente.

Muita gente estava contra. Criticava. Queria impedi-la.

Jessica foi treinada durante anos para concretizar este sonho, mas muitos duvidavam que ela estivesse, realmente, preparada.

Pequenos esquecimentos, pequenos erros cometidos em treino que, na viagem real, não poderiam acontecer.

Além disso, Jessica era disléxica, o que era mais um factor que poderia virar-se contra ela em alto mar.

 

Mas Jessica não desistiu.

Em nenhum momento. 

Nem antes, nem durante, nem quase a chegar à meta, quando parecia ser a única solução, se quisesse regressar com vida.

E teve, na sua família, o maior apoio que poderia pedir.

Nunca a desencorajaram. Nunca a impediram de seguir em frente. Nunca sobrepuseram o seu receio, ao sonho da filha.

E sempre lhe deram palavras de força e incentivo.

Sempre mostraram acreditar nela.

 

Se foi fácil?

Não! De todo.

Imaginem passar 7 meses tendo, por única companhia, a si própria, o céu e o mar, e meia dúzia de bonecos de peluche.

Imaginem a solidão, a inércia.

O estar num espaço tão pequeno, sem poder fazer pouco mais que ver o tempo a passar, e apreciar a paisagem.

Imaginem as saudades da família.

Imaginem enfrentar o desconhecido, os perigos, até a sombra da morte.

 

Se vale a pena arriscar desta maneira?

Quem sou eu para responder.

Já vi muitas pessoas perderem a vida na concretização dos seus sonhos. E talvez não se tenham arrependido, porque estavam a lutar e a realizar aquilo que queriam. Talvez, se nos pudessem deixar uma mensagem, dissessem que "sim, valeu a pena, apesar do desfecho".

Mas também já vi outras tantas alcançarem a meta, e saírem vitoriosas. E para essas, não haverá dúvidas de que os sonhos comandaram, e bem, as suas vidas.

 

Eu não teria essa coragem.

Jessica Watson teve.

E, mais do que concretizar o seu objectivo, ela inspirou muitas crianças, e adultos, a seguirem os seus sonhos, até porque nem todos são tão arriscados, e mostrou que podemos contornar as nossas dificuldades, e seguir em frente, apesar delas, não fazendo delas um travão, mas uma alavanca extra para avançar. 

O Primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, considerou-a uma "heroína australiana".

"Sou apenas uma jovem comum que acreditou no seu sonho", disse Jessica num discurso. "Você não precisa de ser alguém especial, ou algo especial, para alcançar algo incrível. Só precisa de ter um sonho, acreditar nele e trabalhar".

 

 

Migrantes ou vítimas de tráfico humano

(e como a sombra da morte os acompanha sempre)

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Há algo que é inevitável neste mundo: qualquer pessoa que não esteja bem no país onde vive, tentará a sua sorte noutros, que lhe pareçam melhores, seja quais forem os motivos que levaram a tal.

Só que nem sempre o conseguem fazer legalmente e, quando assim é, resta-lhes comprar a travessia, para a promessa de uma vida melhor. Travessia que não cobre riscos, acidentes ou até a morte de quem a compra.

É também esse desejo de melhores condições de vida que leva a que muitas pessoas apostem tudo em propostas de trabalho que, mais tarde, se revelam falsas, funcionando apenas como isco para o tráfico humano.

 

Assim, sejam migrantes ou vítimas de tráfico humano, sejam eles transportados em barcos, em contentores ou outra forma de transporte clandestina, uma coisa é certa: a sombra da morte acompanha-os sempre. E, em último caso, é com a própria vida que pagam o sonho e a esperança, que os levou a arriscar a partida, em busca de algo melhor.

 

Se, no caso dos migrantes, eles já têm a noção de que estão a participar numa missão arriscada, que pode correr mal, no caso das vítimas de tráfico humano, o choque com a realidade é maior, porque é algo que, certamente, nunca ponderaram vir a ocorrer.

 

As causas são muitas, mas todas têm um ponto comum: falta de condições humanas para transportar essas pessoas em segurança. 

As mais frequentes são afogamento, desnutrição, calor ou frio excessivo ou falta de oxigénio.

Muitas vezes, por abandono por parte de quem faz o transporte, e demora das autoridades em encontrar o local exacto onde se encontram, em tempo útil, e determinante para fazer a diferença entre a vida e a morte.

 

 

 

Imagem: euronews

 

Quando realidade e sonho se misturam

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Quem me manda a mim meter-me com quem não devo!

Parece que, afinal, a aranha dona daquelas teias não estava assim tão longe, e não gostou que eu andasse a tirar fotos à sua casa. Por isso, decidiu vingar-se.

Na sexta à noite, com uma enorme dor de cabeça, fui-me deitar. O meu marido estava na cama também, mas apenas com a luz do telemóvel.

Ao fim de algum tempo, abro os olhos, mexo um bocadinho o cobertor e começo a ver sair de lá de dentro uma aranha enorme, preta, quase tipo tarântula. Dou um salto na cama, a gritar que estava ali uma aranha e a chegar-me para o lado do meu marido, com o coração a mil à hora.

Mas, afinal, não havia aranha nenhuma! Tinha sido apenas um pesadelo!

 

O que não foi pesadelo foi a cobra que, no sábado de manhã, encontrámos no meio da estrada, perto da casa dos meus pais. Felizmente, era pequenina, e já estava morta (deve ter passado algum carro por cima).

Ficámos eu e a minha filha a olhar para ela, e um casal vizinho que estava no quintal. Dizia a mulher para o marido "Vai lá, João!". E o senhor lá foi, com a enxada que estava a utilizar na horta, confirmar o óbito, e chegá-la para a berma, colocando-a no meio das ervas.

O que me incomoda é que, de onde veio aquela, poderão vir mais, e anda por aí uma mãe cobra, essa sim, maior e mais perigosa.

 

 

A Viagem de Arlo

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Desde que ouvi falar pela primeira vez deste filme, que o quis ir ver ao cinema. 

Na altura, acabou por não se proporcionar. No entanto, no passado domingo, como tínhamos gravado, decidimos ver os três, para terminar a tarde em família, no quentinho. 

Posso dizer que é dos melhores filmes de animação que já vi, e recomendo a quem ainda não teve oportunidade de o fazer!

 

 

 

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Tudo começa com o nascimento de três dinossauros, perante um pai e uma mãe expectantes por ver pela primeira vez as suas crias. Eram três ovos de tamanhos diferentes. Os dois menores, escondiam bebés de tamanho normal e muito activos e traquinas. O terceiro ovo, o maior, para surpresa dos pais, trouxe um pequenino dinossauro, muito medricas, e sem saber muito bem o que fazer agora que saíra do ovo - Arlo.

 

 

 

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Arlo era, de certa forma, discriminado pelos irmãos por ter medo de tudo, e não conseguir fazer nada do que era suposto, como deveria ser feito, atrapalhando assim o trabalho deles também. Os pais, para guardar o produto das colheitas para o inverno, construíram uma espécie de celeiro em pedra, e era lá que colocavam as marcas das patas, quando assim o merecessem, por terem feito algo de grandioso.

Já todos tinham deixado a sua marca, menos Arlo. E isso deixava-o triste.

 

 

 

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Um dia, o pai dá-lhe uma missão: apanhar a "criatura" que lhes andava a roubar a comida armazenada. Se ele conseguisse fazê-lo, teria direito à sua própria marca.

No entanto, Arlo deixou a criatura fugir, ao invés de a matar. O pai, frustrado e tentando mostrar ao filho como devia ter agido, acaba por ir longe demais e, quando se apercebe disso, é tarde. Num gesto que quase se poderia interpretar como um pedido de desculpas, e para salvar a vida do filho, acaba ele por morrer. E Arlo fica com um trauma que dificilmente irá ultrapassar.

 

 

 

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Sem o marido para fazer o trabalho mais duro, sobra para a mãe de Arlo e os irmãos tentarem terminar as colheitas antes que chegue o inverno. Arlo continua a não ser de grande ajuda, embora tente sempre dar o seu melhor. 

Um dia, ele apanha a "criatura" dentro do celeiro, e decide ir atrás dele para o apanhar de uma vez. Mas um acidente acaba por levar Arlo para longe da família.

 

 

 

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É a partir desse momento que começa a viagem de Arlo, para voltar à sua terra, tendo que aprender a conviver com a "criatura", a superar medos, a enfrentar o perigo, e a perceber que há muito mais coragem dentro dele, do que ele próprio imagina.

 

 

 

Imagem relacionada

 

Como seria de esperar, embora parecesse improvável num primeiro momento, Arlo e Spot tornam-se grandes amigos e companheiros, defendendo-se um ao outro quando mais precisam.

 

 

 

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E a despedida será o momento mais doloroso. Se, no início, Arlo ainda tentou desviar Spot da família, que julgava morta, percebe depois que é junto dela que Spot deve ficar. Mesmo quando Spot tenta ir com ele, Arlo mantém-se firme, e impede-o.

Porque a verdadeira amizade é mesmo assim - querer que os nossos amigos fiquem bem.

 

 

Conseguirá Arlo encontrar o caminho para casa, e para a sua família? Conseguirá, finalmente, concretizar o seu sonho e colocar a marca no celeiro? Será ele capaz de pôr para trás das costas aquelas imagens que o paralisam, e fazer o que realmente quer?

 

 

A mensagem que retiramos deste filme é também a de que, quando necessário, vamos buscar forças onde nem sabíamos que as tínhamos, quando nos vemos sozinhos, somos obrigados a desenvencilhar-mo-nos da melhor forma, para sobreviver, e enfrentamos os maiores medos que possamos ter, para salvar aqueles que amamos. 

No fim, percebemos que somos alguém completamente diferente daquela pessoa que mostrámos no início, que achámos ser no início. E isso é tão bom!

Violetta Live em Portugal!

Violetta Live

 

E agora? O que é eu faço?

Compro ou não compro? Vamos ou não vamos?

É que não posso demorar muito tempo a decidir, porque os bilhetes estão a esgotar a alta velocidade!

Estamos e Setembro, o concerto é daqui a 4 meses, os bilhetes foram postos à venda há pouco mais de uma semana e já há poucos lugares disponíveis. E os que há, são caros! Pelo menos para a minha carteira.

A questão é: em tempos de crise, não será um desperdício gastar tanto dinheiro para ver a Violetta ao vivo? Se fosse para mim, seria. Preferia ver o Cirque du Soleil e, ainda assim, já cá vieram tantas vezes e nunca fui ver.

Mas é o sonho da minha filha! E ela ia ficar tão feliz com a surpresa!

 

Ai, ai, ai, Marta, decide rápido que daqui a pouco, quando quiseres, já não tens!