Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Sobre a arrogância de uns...

 

...e a persuasão de outros!

 

Como já aqui disse, não tenho por hábito dar dinheiro a ninguém que me venha pedi-lo, seja para que causa for. A minha resposta é sempre "não estou interessada". Ou, quase sempre!

 

No outro dia veio cá uma senhora que começou por afirmar estar a fazer um serviço social na zona. O serviço social revelou-se uma angariação de fundos para uma instituição de crianças e jovens em risco. Nesse sentido, começou por me dar uma caixa para a mão, que eu pensei que fosse algum perfume mas que, afinal, era um relógio para homem, que estavam a vender por € 10,00, com oferta de outro igual. Respondi-lhe que não estava interessada. Mas, como se costuma dizer, mulher prevenida vale por duas e esta, já a pensar naqueles que provavelmente rejeitariam o relógio, trazia outra alternativa na "manga", que é como quem diz, na pasta - livros infantis!

Na compra de um, por € 5,00, oferta de outro. E assim me conseguiu convencer! Comprei um livro com jogos e receitas, e ofereceram o do Shrek 2. Ficou a minha filha a ganhar, e eu fiz a boa acção do dia, ao contribuir para uma instituição.

 

Uns dias mais tarde, apareceu um senhor, com um ar convencido, que logo me desagradou. Em primeiro lugar, parecia que a última coisa que lhe apetecia era estar a fazer esse "serviço". Depois, partiu do princípio que nós, só de olharmos, adivinhamos o que quer. Como isso não aconteceu, lá deu, com muito custo, uma explicação do que fazia - pedir dinheiro para ajudar uma instituição que acolhe "sem abrigo". Como lhe respondi que não estava interessada em ajudar, começou a reclamar, embora em tom irónico mas, ainda assim, a reclamar, como se fosse nossa obrigação ajudar todos aqueles que nos pedem.

 

Pois eu até posso ter muita vontade de ajudar, mas se vierem todos com a mesma atitude deste senhor, comigo não se safam! Porque a arrogância não é, sem dúvida, o melhor caminho para o conseguirem!