Saturday Night
"Saturday night, dance, I like
The way you move
Pretty baby
It's party time and not one
Minute we can lose..."
Conhecem esta música? Saturday Night, da Whigfield!
Já tem uns bons aninhos e, muito provavelmente, será difícil ouvi-la, nos dias que correm, numa discoteca.
Os tempos mudam e com ele, mudam-se estilos musicais, atitudes e comportamentos.
Sempre gostei de sair, de dançar, de ir ao cinema, de me divertir com as minhas amigas, ou com o namorado.
E lembro-me que quando tinha os meus 15 ou 16 anos, sempre que havia uma festa de aniversário, ou nas passagens de ano, era obrigatório comemorar! E comemorar com vinho branco ao jantar e espumante!
Não bebia para me embebedar, mas gostava de ficar naquele meio-termo a que usualmente apelidamos “estar quentinha”.
Pensava eu que, bebendo, me divertiria muito mais. Que o álcool transformaria aquela menina tímida e calada, numa outra, mais desinibida e extrovertida.
Só mais tarde percebi que não precisava de nada disso, porque esse meu lado extrovertido estava dentro de mim, e saía cá para fora independentemente do facto de beber.
Tenho porém constatado que, de há uns anos para cá, cada vez mais os adolescentes dependem de algo para se sentirem bem na sua pele, ou melhor, fora dela.
É certo que tabaco, álcool e drogas sempre existiram. E é, normalmente, na adolescência que se tem o primeiro contacto com eles.
Talvez como forma de quebrar laços da infância, como sintoma de emancipação, como necessidade de ser aceite num determinado grupo, pelo gosto de correr riscos, ou simplesmente para fazer aparecer aquele outro eu que se diverte muito mais quando está sob o efeito destas substâncias, a verdade é que o consumo das mesmas tem aumentado, é excessivo, e ocorre em idades cada vez menores.
Hoje, se eu for a uma discoteca, por exemplo, encontro miúdas a beber repetidamente, shots, enquanto eu me delicio com uma simples garrafa de água ou um sumo de laranja.
E pergunto-me eu? Será que elas gostam, será que lhes dá prazer? Qual será a sensação de fumar um cigarro atrás do outro? Como será que se sentem depois de passado o efeito da droga? Valerá a pena?
Os primeiros cigarros, as primeiras bebidas, as primeiras drogas, podem até ser, e acredito que sejam, experimentadas por curiosidade, e normalmente em grupo.
Mas daí à dependência vai uma curta distância, e começa a ser um grave problema, quando o motivo e o nosso principal objectivo de vida, é o consumo.
O que é curioso é que, se há uns anos, esta era uma situação que se verificava maioritariamente, no universo masculino, actualmente, talvez devido à luta por direitos iguais, encontram-se cada vez mais mulheres que, não só conseguiram com sucesso igualar-se neste campo, aos homens, como os ultrapassaram em grande escala!
Esperemos que esta febre, não apenas de sábado à noite mas regular, dê lugar a outras tendências e modas mais saudáveis e naturais!