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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A Medula Óssea

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Ilustração das células da medula óssea.

 

 

Ligamos a televisão, e chegam-nos notícias de crianças com doenças graves, e os seus dias contados, caso não recebam transplantes de medula.

Abrimos a nossa caixa de correio electrónico, e deparamo-nos com um pedido de ajuda que nos recomendam reenviar, propagando-se rapidamente pela rede.

Passeamos na rua, e encontramos afixado no vidro de alguma loja ou de um qualquer café, aquela já tão nossa conhecida folha de papel com uma fotografia e um apelo.

Surgem cada vez mais casos de pessoas, sobretudo crianças, vítimas de variadas patologias, que têm em comum o facto de a sua possível cura depender de um único tratamento – o transplante de medula.

Em consequência, surgem cada vez mais campanhas, sensibilizando e apelando às pessoas, para que sejam dadoras de medula óssea.

E até parece um processo relativamente simples: só temos que ter entre 18 e 45 anos, 50 kg de peso (no mínimo), não ser portadores de doenças crónicas ou auto-imunes, e não ter recebido transfusões de sangue desde 1980. Se encaixarmos nestes parâmetros, podemo-nos candidatar a dadores voluntários.

Convém informarmo-nos junto do centro de dadores da nossa região, e ser-nos-á indicado o hospital, ou centro de saúde onde nos poderemos dirigir.

Preenche-se um pequeno questionário clínico, avaliado posteriormente por um médico, são feitos alguns testes, caso não haja nenhuma contra-indicação e, se tudo estiver bem, os dados ficam guardados numa base informática nacional e internacional, e rigorosamente mantida a sua confidencialidade e anonimato.

Mas o que é, afinal, a medula óssea? Em que consiste? E porque é tão importante?

Medula óssea não é mais do que um tecido de consistência mole que preenche o interior dos ossos longos e cavidades esponjosas dos ossos. É nesse tecido que existem células a que dão o nome de células progenitoras, pela sua capacidade de se diferenciarem e dar origem a qualquer célula do sangue periférico, renovando-se frequentemente e mantendo um número relativamente constante.

É um órgão responsável pelo processo de formação, desenvolvimento e maturação dos elementos do sangue – glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas (trombócitos), mantendo uma intensa e ininterrupta actividade, e onde têm origem alterações responsáveis por inúmeras doenças, como a anemia, a aplasia medular ou a leucemia.

São estas células, saudáveis, recolhidas da medula do dador, que serão mais tarde transplantadas no doente, com o objectivo de substituir as células doentes e formar novas células saudáveis.

Como é um tecido que se regenera rapidamente, é possível fazer mais do que uma dádiva ao longo da vida.

Mas, para que esse processo seja bem sucedido, há que haver a máxima compatibilidade possível entre as células do dador e do doente.

E esta é, talvez, a parte mais demorada e difícil de todo o processo – encontrar alguém compatível. Julga-se que aproximadamente 80% de todos os doentes tem um potencial dador compatível. O problema, e a dificuldade, está em encontrá-lo a tempo, antes que seja demasiado tarde.

Encontrado esse potencial dador, procede-se então à colheita, a partir da medula óssea (interior dos ossos pélvicos), o que requer anestesia geral e uma breve hospitalização), ou a partir das células progenitoras periféricas (feita no sangue periférico, a partir da veia do braço), sendo necessário tomar previamente um medicamento que vai fazer aumentar a produção e circulação das referidas células.

Hoje em dia, como medida de prevenção, e com o objectivo de salvaguardar a saúde dos filhos contra estas patologias, são muitos os pais que optam por guardar as células recolhidas do cordão umbilical dos seus bebés.

Embora ainda não se saiba muito bem definir se tal investimento terá o retorno esperado ou se, pura e simplesmente, de nada lhes valerá, frustrando-se assim todas as expectativas nele depositadas!

Será que é caso para dizer “mais vale prevenir que remediar”?

Aventura na Serra!

 

Aqui estou eu, depois de um fim-de-semana prolongado bem merecido, para vos contar a nossa aventura nas terras do gelo!

Para começar, destaco a simpatia, a simplicidade, e a forma prestável e acolhedora das pessoas com quem tivemos o prazer de conviver!

Fiquei igualmente deslumbrada com as paisagens, com os cenários, com a natureza no seu melhor!

Mas comecemos então pelo princípio - sexta-feira saímos daqui à noite e, para evitar portagens, fomos pelas nacionais, sempre com o amigo GPS (que eu continuo a dizer que é burro e não serve para nada), mas imprescindível para o meu namorado. Chegámos ao hotel, na Guarda, já de madrugada, e foi só pousar as coisas, ligar o ar condicionado no máximo e dormir!

Ontem de manhã, depois do pequeno-almoço, rumámos a Manteigas, para conhecer o Poço do Inferno e os Viveiros das Trutas, que nos tinham indicado como locais a visitar.

Estava um dia lindo - o céu azul a contrastar com os tons verdes e castanhos das árvores e da vegetação. À sombra estava frio, mas quando apanhávamos sol, até estava uma temperatura normal para a época.

Vimos a pequena cascata, com a sua água transparente, e deu vontade de tocar nela. Deixei a mão por uns segundos lá dentro, a senti-la correr, mas depois tive que a retirar, de tão gelada que estava!

Tiradas as primeiras fotografias, e como já estava a fazer-se tarde, fomos então almoçar.

E em seguida, o mais promissor e aguardado passeio - a subida até à Torre da Serra da Estrela, a 1993 m de altitude!

Felizmente o tempo foi nosso amigo e permitiu-nos fazer o percurso sem incidentes, podendo apreciar cada pedacinho da paisagem com que éramos presenteados!

Não me esqueço das três vacas que encontrámos na estrada - uma preta, uma castanha e uma branca! A branca mostrou logo que não era muito dada à fama e aos flashs dos fotógrafos! A castanha, ao contrário, ficou vários minutos parada, em pose para as câmaras! E a preta estava ocupada com outros pensamentos.

Como seria de esperar, neve não havia. Pelo menos aquela neve em flocos, fofinha, que podemos pegar e brincar. Havia sim, neve congelada, lagos congelados, e água transformada em placas de gelo. Algumas, mais resistentes, convidavam à patinagem! Mas outras eram mais fininhas, e estalavam à medida que as pisávamos.

E, apesar de ter visto tanta publicidade às pistas de ski, e recintos para trenós e donuts, proporcionados por neve artificial, não vi nada.

Claro que uma ida à Torre inclui, obviamente, a compra de produtos típicos e recordações!

Quando reparámos, já era praticamente noite, e estava na hora de voltar e esperar o milagre de Natal - encontrar um restaurante aberto para jantar em plena véspera de Natal!

Como seria de esperar, essa missão revelou-se inútil. E entre pagar 45 euros por pessoa no jantar de Natal do Hotel Vanguarda, ou ficar sem jantar, optámos pela terceira hipótese!

Acabámos a petiscar numa loja M24, junto às bombas de gasolina, e a brindar com licor de castanha acabadinho de comprar! Os funcionários brindaram connosco e agradeceram a companhia! 

Regressámos então ao hotel, para nos deitarmos cedo, porque hoje tínhamos uma longa viagem pela frente logo de manhã. Desta vez pela auto-estrada, para ser mais rápido, e chegarmos a tempo ao almoço de Natal com a família.

Mas ainda a tempo de ter tirado uma bela foto do nascer do sol, na Guarda!

E de saber pela primeira vez qual é a sensação de estar fechada numa arca frigorífica! É que o carro estava branco, coberto por uma placa de gelo!

Foi, sem dúvida, uma aventura inesquecível!

Escapadinha de Natal

 

O meu namorado resolveu presentear-nos com um Natal diferente, em forma de surpresa para mim, avisando-me apenas que tinha que levar muita roupa para o frio!

Ora, puxando uma informação daqui, outra dali, e pondo o cérebro a funcionar (enquanto não congela com o frio), cheguei à conclusão mais lógica - Natal na Serra da Estrela!

Tem neve, muito frio, é o destino típico para esta época natalícia, e ideal para um fim-de-semana romântico!

E as últimas descobertas foram as seguintes: o Hotel onde supostamente vamos ficar hospedados, e talvez um forfait para a Estância Vodafone, onde poderemos praticar ski (que no nosso caso seria mais sku).

Também há ofertas para os trenós e para os donuts (que eu, na minha santa ingenuidade ou gulodice, pensei que eram daqueles que se comem simples ou com recheio, de chocolate ou creme branco)! Afinal são apenas uns pneus gigantes para deslizar na neve!

Vê-se mesmo que sou principiante nestas "andanças", até porque o frio e eu não somos propriamente bons amigos.

Já me estou a ver instalada no hotel com o ar condicionado no máximo, e com pouca vontade de sair à rua, a não ser que o sol me faça companhia e me convide a fazer bonecos de neve e outras brincadeiras.

O meu namorado bem me diz que eu preciso de comprar um gorro, para me proteger, e então pensei eu com os meus botões: será que o barrete do pai Natal serve?!

É que assim entrava no espírito, e sempre fazia uma figura menos triste! Ou então os tapa orelhas que ofereci à minha filha, das winx, para um visual hiper moderno!

Enfim, que a sorte e o bom humor me acompanhem nesta minha aventura, seja lá ela onde for!

 

 

Defeito ou Feitio...

 

Há quem me considere complicada…

Por vezes, até fria...

Há quem duvide muitas vezes dos meus sentimentos...

Há quem não compreenda porque não falo de tudo o que me acontece, de tudo o que me incomoda...e confunda isso com falta de confiança...

Há quem fique desapontado se, nos momentos mais felizes, não demonstro a alegria e a euforia que deveria demonstrar...

Há quem não entenda porque me assusta tanto tudo o que é novo, tudo o que é diferente…

Há quem se pergunte porque resisto tanto à mudança e a tudo o que me possa surpreender de forma positiva…

Talvez eu seja, de facto, uma pessoa complicada!

Mas os desejos e os sonhos estão lá, os sentimentos estão lá, a amizade está lá, o amor está lá!

Só não saem cá para fora da forma ingénua e transparente que um dia saíram.

A barreira que criei fá-los sair de forma prática e comedida.

Quem me conhece bem, sabe que isso já não é defeito, é feitio!