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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Ironia do destino?

Acabei de ler, no domingo passado, este livro da Cecelia Ahern, e não pude deixar de pensar "foi uma excelente compra"!

Embora eu não me veja totalmente reflectida na personagem Holly Kennedy, a verdade é que, em certos aspectos, somos parecidas.

Revejo-me em algumas situações, sentimentos e características que me fazem utilizar este livro como uma espécie de guia, com ensinamentos que posso aplicar na minha própria vida!

Quando estou numa situação mais desconfortável, lembro-me da noite de karaoke da Holly, e como ela sobreviveu e encarou o palco e o público, depois daquele ataque de pânico!

Lembro-me de como a Holly, mesmo sem muita segurança, enfrentou a sua entrevista para emprego, dizendo algumas coisas que, muito provavelmente, em vez de abonarem em seu benefício, a desvalorizavam. Mas foi ela própria e, talvez por isso mesmo, com todos os eventuais disparates e "calinadas", foi ela a escolhida!

A Holly poderia ser qualquer uma de nós, com os seus medos, as suas dúvidas, as suas inseguranças, o seu desespero, a sua apatia, as suas pequenas vitórias de cada dia, as suas frustrações, os seus sentimentos...Está longe de ser a filha perfeita, a mulher perfeita, a amiga perfeita, diria até que estaria longe de ser a esposa perfeita. Mas todos gostam dela exactamente como é, compreendem-na, estão com ela e tentam ajudá-la a seguir em frente com a sua vida.

Ao longo do livro, ela vai perceber que as pessoas podem mudar. Vai surpreender-se, pela positiva, com algumas delas, e pela negativa, com outras. Ela própria, em determinados momentos, não vai agir da melhor forma com as suas amigas, talvez se torne até um pouco "egoísta", se assim se pode chamar. Mas consegue perceber que a vida não pára, e que apesar da infelicidade dela, as pessoas não podem abdicar das suas vidas para a consolarem a tempo inteiro. Essas pessoas não podem deixar de ser felizes porque ela não o está a ser.

Ao longo de um ano, uma sucessão de acontecimentos (familiares, casamento de uma amiga, gravidez da outra, novo emprego, aventuras inesperadas e caricatas, provas duras e difíceis de superar), vai mostrar a Holly que é possível sobreviver depois da perda do seu pilar, através da construção de novas bases, novas motivações e objectivos. 

Apoiada pelos "dez mandamentos" e por quem realmente se preocupa com ela, Holly vai dar um novo rumo à sua vida, sabendo que haverá dias mais felizes e outros mais tristes, que vai haver momentos em que irá abaixo, mas outros em que se levantará com força.

E um dia, certamente, reencontrará o amor!