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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Recordações...

 

“Está na hora de te desfazeres de todas as minhas coisas. Não precisarás de nenhuma delas para te lembrares de mim…Eu estarei sempre contigo, na tua memória, no teu pensamento, e no teu coração! É aí que me guardarás e recordarás…”

 

Quando li isto, pensei: se eu estivesse no lugar dela, não sei se iria conseguir cumprir esta missão.

É certo que não precisamos de recordações (materiais) para nos lembrarmos daqueles que amamos, nem para os mantermos presentes no nosso pensamento e no nosso coração.

Mas também é verdade que, até mesmo as recordações materiais, podem ter um valor sentimental.

E eu sou daquelas pessoas que gosto de guardar tudo: a rolha de uma garrafa de espumante, aberta naquela ocasião especial, o postal do dia dos namorados, objectos preferidos, aquela velha peça de roupa…

Podem ser apenas meros objectos, mas cada um deles tem a sua história, e cada um deles faz-nos relembrar sentimentos e emoções que fizeram, em algum momento, parte da nossa vida e da nossa própria história!

À medida que os vamos de novo descobrindo, um a um, voltamos a reviver cada uma dessas experiências, regressando a um passado que desejávamos não ver apagado.

Pegar em todas essas lindas lembranças, e colocá-las em caixotes, sabendo que nunca mais voltaremos a vê-las (porque a pessoa a quem pertenciam não está mais entre nós para usufruir delas, e nos incumbiu dessa penosa tarefa), não seria, pelo menos para mim, nada fácil!

Embora compreenda que acaba por ser benéfico dar esse passo, para podermos seguir com a nossa vida, é um facto que, quando amamos, custa sempre desfazermo-nos de algo que pertencia a pessoas para nós tão especiais e importantes, não pelo seu valor material, mas pelo valor emocional!