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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Os sentimentos têm peso e medida?

 

"Quando se gosta de alguém não há desculpas. Quando se gosta de alguém, não há nada mais importante do que essa outra pessoa. Não há mensagem que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estávamos a passar num sítio sem rede, porque a amiga não nos deu o recado, porque não estavámos em casa. Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, ouvimos sempre o telefone, a campainha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram e não respondemos só no final do dia, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos." 

 

 

Como saber se alguém gosta de nós? E como medi-lo?

Será que isso é possível?

Quando se gosta de alguém, não há desculpas, é verdade. Mas também é verdade que não precisamos delas, porque pode e há, por vezes, factos reais que podem, em determinados momentos, limitar ou impedir as nossas acções.

É mais que natural que haja mensagens por abrir, porque no momento em que foram enviadas não as vimos. Podíamos nem estar ao pé do telemóvel, podia estar sem som, podíamos estar ocupados com outras coisas. Podemos até ter ficado mesmo sem bateria (normalmente isso acontece sempre quando mais precisamos). E, além disso, a nossa vida não se resume a um telemóvel.

E quem diz ao telemóvel, diz ao telefone ou à campainha. Porque, simplesmente, não somos obrigados a estar em casa, ou a estar em alerta, sempre à espera que alguma coisa aconteça, que alguém precise de nós, que alguém nos chame. Se o fizéssemos, não estaríamos a levar uma vida normal.

Quando gostamos de alguém, essas pessoas são realmente muito importantes para nós, mas será que não deverá haver nada mais importante que elas?

Tenho uma filha, tenho os meus pais, o meu irmão, os meus sobrinhos, o meu namorado...amo-os a todos, e são as pessoas mais importantes da minha vida. Mas, ainda assim, não posso viver a minha vida, única e exclusivamente, em função deles.

Quando queremos, e podemos, estar juntos, não existem desculpas. Nem precisamos delas!

Durante a semana, só estou com a minha filha de manhã e à noite, ora a prepará-la para ir para a escola, ora a prepará-la para ir para a cama. Será isso uma desculpa? Não, é uma realidade! Mas posso estar com ela com maior qualidade ao fim de semana e, por isso, faço-o.

O meu namorado trabalha de noite, eu de dia. Durante a semana muito difícilmente nos podemos ver. Como moramos longe, fica dispendioso andar de um lado para o outro. Será isso uma desculpa? Não, é a realidade! Mas quando temos um fim de semana e condições financeiras, estamos juntos!

O meu pai precisava de falar comigo, ligou-me, mas eu só vi a chamada perdida mais tarde, quando peguei no telemóvel. Será mais uma desculpa? Claro que não, se tivesse dado por isso, atendia!

Uma amiga pergunta-me se me posso encontrar com ela num determinado dia, mas eu já tinha outra coisa combinada. Será que estou a utilizar esse facto como desculpa? Penso que não, é um facto! Resta-me decidir racionalmente se não haverá problema em desmarcar o que estava programado, em virtude da necessidade da minha amiga.

Ainda assim, penso que, acima de tudo, não podemos atender a todas as solicitações que nos chegam, anulando-nos a nós próprios.

É com enorme prazer, satisfação, amor, carinho e dedicação que, quando realmente gostamos das pessoas, tentamos sempre estar lá para eles quando mais precisam. Mas convém que estejamos cá, também, para nós! 

Quanto à forma como demonstramos aquilo que sentimos, cada pessoa tem a sua maneira de o fazer. Muitas vezes não é aquela que gostaríamos, nem tão pouco aquela que nós usamos. Mas será que, quando se gosta, mesmo mostrando-o de diferentes formas, não o estamos a mostrar na mesma?

Perante uma determinada realidade, situação, facto, adversidade ou acontecimento, podem haver diversas reacções. 

É como se nos apresentassem uma meta, à qual podemos chegar por diferentes caminhos - uns escolhem o mais longo, outros o mais curto, uns escolhem o mais direito, outros o que tem mais curvas, mas no fim, todos lá chegam!

O amor é assim! A amizade é assim! Qualquer sentimento é assim! Mas, quando é verdadeiro, conseguimos transmiti-lo, e as pessoas sentem-no!

Quem nos conhece bem, sabe a forma própria que temos de demonstrar aquilo que sentimos. Conhece bem o valor dos nossos sentimentos!

E não terá motivos para duvidar deles!

 

 

 

Posts de Ouro 2011

 

 

Os nomeados são:

 

 

 

1 - Comédia

 

a) - Promoção de Fim de Semana (29/10/2011)

b) - Hoje Sinto-me... (31/10/2011)

c) - Para desanuviar...a história do piolhinho (08/11/2011)

d) - Farta de Chuva (15/11/2011)

e) - Descascaram a Palmeira (02/12/2011)

f) - Escapadinha de Natal (23/12/2011)

 

2 - Família

 

a) - Pais demitem-se (14/10/2011)

b) - Já a formiga tem catarro (28/10/2011)

c) - Vida de Mãe de Estudante (30/10/2011)

d) - Quando os filhos têm vergonha dos pais (30/11/2011)

e) - Protecção Excessiva ou Prevenção - uma linha ténue (01/12/2011)

 

3 - Educação

 

a) - Acordo ou Desacordo Ortográfico (24/09/2011)

b) - Alguém sabia? (02/10/2011)

c) - Vida de Mãe de Estudante (30/10/2011)

 

4 - Ética

 

a) - Quando a decisão é nossa (23/08/2011)

b) - Barrigas de Aluguer (24/10/2011)

c) - Uma Questão de Vida (02/11/2011)

d) - Aborto - Uma Opção Válida? (07/12/2011)

 

5 - Actualidade

 

a) - Portugal em Insolvência (12/09/2011)

b) - A lógica do Ilógico (09/12/2011)

 

6 - Intervenção Social

 

a) - Discriminação (09/10/2011)

b) - Quando somos o nosso maior inimigo (07/11/2011)

c) - Não acontece só aos outros (14/11/2011)

d) - Saturday Night (19/11/2011)

e) - Bullying - Uma Dura realidade (22/11/2011)

f) - Tráfico Humano (05/12/2011)

g) - A Medula Óssea (26/12/2011)

 

7 - Reflexões/ Divagações

 

a) - Divagação do Dia (19/10/2011)

b) - Reflexão do Dia (04/11/2011)

c) - Frase do Dia (12/11/2011)

d) - Lições de Vida (28/12/2011)

e) - Frase do Dia (29/11/2011)

f) - Balanço Final (30/12/2011)

 

8 - Vida

 

a) - Auto-Estima - O Grande Desafio (11/12/2011)

b) - Sonhos - Entre o Devaneio e a Realidade (17/12/2011)

c) - A Utopia dos Finais Felizes (20/12/2011)

d) - Lições de Vida (28/12/2011)

e) - Balanço Final (30/12/2011)

 

9 - Ficção

 

a) - Sonho de uma tarde de outono (26/11/2011)

b) - Noite Calma (27/11/2011)

c) - Fábulas ao Amanhecer (04/12/2011)

 

10 - Romance

 

a) - Casamento (21/10/2011)

b) - Emoções de Adolescentes (16/11/2011)

c) - Paixão e Amor (29/12/2011)

 

11 - Pessoal

 

a) - Há dias assim... (26/10/2011)

b) - Hoje Sinto-me... (31/10/2011)

c) - Perdida no Tempo (10/11/2011)

d) - Em Busca de Objectivos (21/12/2011)

e) - Defeito ou Feitio (22/12/2011)

 

Se tivessem que escolher, em qual (ais) votariam? Começa hoje a sondagem na qual poderão participar, aqui mesmo n'O Meu Canto.

As primeiras votações decorrem de 27/01 a 12/02, e as restantes, que irei colocar em 12/02 terminarão a 29/02.

Recordações...

 

“Está na hora de te desfazeres de todas as minhas coisas. Não precisarás de nenhuma delas para te lembrares de mim…Eu estarei sempre contigo, na tua memória, no teu pensamento, e no teu coração! É aí que me guardarás e recordarás…”

 

Quando li isto, pensei: se eu estivesse no lugar dela, não sei se iria conseguir cumprir esta missão.

É certo que não precisamos de recordações (materiais) para nos lembrarmos daqueles que amamos, nem para os mantermos presentes no nosso pensamento e no nosso coração.

Mas também é verdade que, até mesmo as recordações materiais, podem ter um valor sentimental.

E eu sou daquelas pessoas que gosto de guardar tudo: a rolha de uma garrafa de espumante, aberta naquela ocasião especial, o postal do dia dos namorados, objectos preferidos, aquela velha peça de roupa…

Podem ser apenas meros objectos, mas cada um deles tem a sua história, e cada um deles faz-nos relembrar sentimentos e emoções que fizeram, em algum momento, parte da nossa vida e da nossa própria história!

À medida que os vamos de novo descobrindo, um a um, voltamos a reviver cada uma dessas experiências, regressando a um passado que desejávamos não ver apagado.

Pegar em todas essas lindas lembranças, e colocá-las em caixotes, sabendo que nunca mais voltaremos a vê-las (porque a pessoa a quem pertenciam não está mais entre nós para usufruir delas, e nos incumbiu dessa penosa tarefa), não seria, pelo menos para mim, nada fácil!

Embora compreenda que acaba por ser benéfico dar esse passo, para podermos seguir com a nossa vida, é um facto que, quando amamos, custa sempre desfazermo-nos de algo que pertencia a pessoas para nós tão especiais e importantes, não pelo seu valor material, mas pelo valor emocional!

Nós por cá, e eles por lá!

 

 

Em forma de resumo dos vários acontecimentos dos últimos dias, temos então a assinalar:

 

1 - O Pobre Destino de Aníbal Cavaco Silva - pobre senhor que, não fossem as poupanças feitas ao longo de uma vida, não teria agora, com a sua fraca reforma, como fazer face às despesas quotidianas! O que vale é que os portugueses são um povo solidário e uniram esforços para, apesar da crise, contribuírem com uma moedinha para salvar esta família da pobreza! Há dias (e palavras) infelizes para algumas pessoas!

 

2 - O Pobre Destino de Francesco Schettino - então não é que o senhor, com o seu navio a afundar, no meio de toda a confusão e pânico que se instalou, teve a infelicidade de cair num bote salva vidas?! Infelizmente, depois desse trágico acontecimento, não lhe foi possível retornar ao navio e comandar as operações de salvamento! Assim nasce um herói! Da cobardia!

 

3 - O Pobre Destino de Valeri Bojinov - cheio de boas intenções e com toda a sua modéstia, querendo aliviar o seu colega de tão grande responsabilidade, decidiu carregar ele o pesado fardo de marcar o penalty. Quis o destino que falhasse o alvo e, agora, ao invés de lhe valorizarem a boa acção, instauraram-lhe um processo disciplinar! Não há condições... Há jogadores que ainda não perceberam que uma equipa é constituída por 11 jogadores, e não apenas por um, e que há que respeitar os colegas e quem comanda a equipa!

 

4 - O Fabuloso Destino do Sporting - não venceu ainda nenhum jogo em 2012, mas nem por isso baixa os braços! Decidiu dedicar-se às artes decorativas do corredor de acesso aos balneários da equipa visitante no Estádio de Alvalade, tranformando-o num lindo campo de girassóis, com direito a borboletas! E depois de ter ouvido falar do oleão que, com um nome tão pomposo, até poderia ter descendência sportinguista (o'leão mostra a sua garra), imagino que seria bom para o Sporting dedicar-se também à reciclagem! De jogadores, quem sabe...

 

Por hoje é tudo!

 

   

Ironia do destino?

Acabei de ler, no domingo passado, este livro da Cecelia Ahern, e não pude deixar de pensar "foi uma excelente compra"!

Embora eu não me veja totalmente reflectida na personagem Holly Kennedy, a verdade é que, em certos aspectos, somos parecidas.

Revejo-me em algumas situações, sentimentos e características que me fazem utilizar este livro como uma espécie de guia, com ensinamentos que posso aplicar na minha própria vida!

Quando estou numa situação mais desconfortável, lembro-me da noite de karaoke da Holly, e como ela sobreviveu e encarou o palco e o público, depois daquele ataque de pânico!

Lembro-me de como a Holly, mesmo sem muita segurança, enfrentou a sua entrevista para emprego, dizendo algumas coisas que, muito provavelmente, em vez de abonarem em seu benefício, a desvalorizavam. Mas foi ela própria e, talvez por isso mesmo, com todos os eventuais disparates e "calinadas", foi ela a escolhida!

A Holly poderia ser qualquer uma de nós, com os seus medos, as suas dúvidas, as suas inseguranças, o seu desespero, a sua apatia, as suas pequenas vitórias de cada dia, as suas frustrações, os seus sentimentos...Está longe de ser a filha perfeita, a mulher perfeita, a amiga perfeita, diria até que estaria longe de ser a esposa perfeita. Mas todos gostam dela exactamente como é, compreendem-na, estão com ela e tentam ajudá-la a seguir em frente com a sua vida.

Ao longo do livro, ela vai perceber que as pessoas podem mudar. Vai surpreender-se, pela positiva, com algumas delas, e pela negativa, com outras. Ela própria, em determinados momentos, não vai agir da melhor forma com as suas amigas, talvez se torne até um pouco "egoísta", se assim se pode chamar. Mas consegue perceber que a vida não pára, e que apesar da infelicidade dela, as pessoas não podem abdicar das suas vidas para a consolarem a tempo inteiro. Essas pessoas não podem deixar de ser felizes porque ela não o está a ser.

Ao longo de um ano, uma sucessão de acontecimentos (familiares, casamento de uma amiga, gravidez da outra, novo emprego, aventuras inesperadas e caricatas, provas duras e difíceis de superar), vai mostrar a Holly que é possível sobreviver depois da perda do seu pilar, através da construção de novas bases, novas motivações e objectivos. 

Apoiada pelos "dez mandamentos" e por quem realmente se preocupa com ela, Holly vai dar um novo rumo à sua vida, sabendo que haverá dias mais felizes e outros mais tristes, que vai haver momentos em que irá abaixo, mas outros em que se levantará com força.

E um dia, certamente, reencontrará o amor!