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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Nada se repete…

 

 

A natureza está em constante mudança, em ciclos que se vão sucedendo…Não pára…Não volta atrás…

E, tal como a natureza, a nossa vida segue o mesmo princípio, o mesmo rumo…

Os momentos de mudança da minha vida foram, para mim, os melhores que vivi. Gosto desses picos em que tudo se transforma, em que tudo dá uma volta de 180 graus. Não me agrada tanto quando, após o pico, volto a caminhar cá em baixo até que uma nova subida surja…Mas seria impossível viver a vida só com picos, ou subir e descer, permanentemente, a alta velocidade…

Há que aproveitar tudo com a calma e o tempo necessário, sem atropelar nenhuma fase.

Compreendi também, que qualquer momento na nossa vida, é único!

Por mais que se tente repetir, voltar atrás e tentar vivê-lo de novo, por mais que se tente voltar a sentir as mesmas emoções…simplesmente não conseguimos!

Será sempre um novo momento, uma nova visão das coisas, novos sentimentos, que não têm que ser necessariamente melhores ou piores, mas apenas diferentes.

É normal, quando determinados momentos se tornam inesquecíveis, sentirmos saudades, desejar que nunca acabassem, que fossem permanentes…

Mas talvez, se assim fosse, não lhes atribuíssemos o valor que hoje representam!

Viagem ao mundo da Barbie

 

 

“Chamo-me Barbara Millicent Roberts, mais conhecida por Barbie, e nasci a 9 de Março de 1959. Filha de Ruth e Elliot Handler, vim ao mundo já adolescente e tenho, até hoje, sobrevivido com sucesso ao passar dos anos, juntamente com o meu namorado Ken, e toda a minha família e amigos, que fiz ao longo de todo este tempo.

Acompanhando sempre a época, tanto no vestuário como no corte de cabelo, sempre vivi no mundo da moda, sendo a primeira a ser maquilhada e a receber acessórios.

A minha influência, nos dias de hoje, é visível e marcante, ao ponto de existirem comparações e apelidarem de Barbie alguém que, como eu, é loira ou se veste de rosa. Digamos que criei um padrão de beleza, valorizando a preocupação com a estética, e não é raro muitas meninas e adolescentes se quererem parecer comigo.

Mas gostava, acima de tudo, que me vissem como uma mulher inteligente, amiga, companheira, meiga e politicamente correcta!”

 

Na verdade, cada vez que oiço uma pessoa apelidar alguém de Barbie, o primeiro pensamento que me ocorre é o da “típica loira, burra, e fútil”, que só pensa em moda e pouco mais!

Mas, depois de ter visto todos os DVD´s de desenhos animados da Barbie, percebi que ela pode ter uma influência muito mais importante e valiosa sobre as adolescentes e mulheres.

Em cada filme, há uma mensagem – uma moral da história, um pensamento, um ensinamento, que nos mostra que existem valores e sentimentos preciosos que nunca devem deixar de existir dentro de nós.

A importância da verdadeira amizade, do verdadeiro amor, da liberdade, do nosso próprio valor, da confiança, da coragem…

Lembro-me de uma conversa que me marcou neste último filme, e que dizia respeito ao que era necessário para se ser um princesa – “não é uma coroa que faz de ti uma princesa”. A escola pode, através de aulas de etiqueta, de boas maneiras, de dança e outras, estimular a confiança. Mas confiança sem carácter de nada vale. Muitas alunas aqui têm confiança, mas falta-lhes carácter! (e aqui não pude deixar de pensar que provavelmente é o que acontece com os políticos!) Tu tens carácter, mas falta-te confiança, dizia ela à Barbie.

Por isso, por muito disparatado que possam achar uma mulher de 32 anos adorar filmes da Barbie, é a mais pura verdade, e não tenho vergonha de o dizer.

Pode até ter, e tem, muita fantasia. Mas tem também um fundo de realidade e aposto que se virmos bem, existe um pouco de nós em alguma das suas diversas personagens, existe um pouco da nossa vida em alguma das suas histórias!

Algo de bom que delas podemos retirar, e transportar para o nosso mundo!

Que dias...

 

Estava tão contente: era o meu último dia de trabalho da semana, ia ter quatro dias de férias, ia estar com a minha filha e com o meu namorado!

Na verdade, tinha combinado com o meu namorado que ele vinha cá dormir e almoçava connosco na sexta-feira, mas depois lembrei-me que ainda havia uma pizza que tinha ficado de reserva, e então disse-lhe para vir jantar!

Mas o dia já tinha ameaçado temporal, logo de manhã, no trabalho. Chego a casa dos meus pais, para ir buscar a minha filha que fica lá nas férias enquanto eu estou a trabalhar, e começo logo a ouvir queixas e reclamações. Nada que eu já não esteja habituada, porque conheço bem a minha filha! E ela, desde o dia de Natal que não tem facilitado.

Seguimos então para a minha casa - a minha filha vai para a sala ver desenhos animados com o meu namorado e eu, divido-me entre as arrumações do costume e a correcção dos trabalhos de casa que ela tinha feito à tarde, enquanto a pizza está no forno.

Na sala, já se nota o cheiro, mas falta tão pouco para acabar de corrigir...Não sei se alguém mais o sentiu, mas ninguém se levantou, tal como eu.

E, quando chego à cozinha, já a cheirar-me a esturro, deparo-me com uma pizza em carvão! Que lindo serviço!

Convido o meu namorado para jantar e estrago-lhe o jantar. E ainda fiquei chateada porque ele se recusou a comer a pizza!

Na verdade, acho que estava mesmo chateada era comigo própria, porque quando penso em alguma coisa, corre sempre mal.

Talvez se fosse eu até aproveitasse algum pedacinho da pizza, mas não seria isso que serviria de jantar.

Como já estava aborrecida e sem paciência, mal a minha filha começou a queixar-se que a carne tinha uma gordurita, peguei no prato e deitei tudo fora!

Podia ser que assim estivesse melhor. Às vezes a fartura faz mal.

Claro que quando cheguei à cama, já mais calma, me arrependi de ter agido impulsivamente e de me ter chateado por causa do jantar.

Há dias em que uma pessoa pensa que não vale nada, que não está cá a fazer nada, e nem consegue ser feliz nem fazer os outros felizes.

Fui mãe e nem consigo fazer com que a minha filha se porte bem, trate bem os avós e não faça birras, se calhar nunca devia ter sido, se não sei ser mãe.

E com o meu feitio, o mais certo será eu ainda acabar sozinha.

Sim, fiz um grande drama, mas naquele dia acabei por me sentir mesmo um lixo, depois de ter levado com tudo em cima.

No dia seguinte, acordei com uma enorme dor de cabeça, quase como se estivesse de ressaca, e sem vontade nenhuma de sorrir. O tempo tinha passado e não aproveitei nada como era suposto. 

Tinha marcado com a cabeleireira ir là à tarde, mas à última hora não atendeu porque estava doente. E já o meu namorado não aproveitou essas horitas para dormir, antes de ir trabalhar.

E só de pensar que a minha chave de casa desapareceu por causa disso mesmo. Para ele poder entrar em casa, disse-lhe para ficar com a chave que costumo ter sempre na porta. Mas quando foi ver, não havia chave, nem na porta, nem com ele, nem em lado nenhum. Lá teve que fazer uma cópia nova e gastar dinheiro.

A minha filha estava farta de andar de um lado para o outro e eu também.

Pelo menos, consegui fazer um jantar decente nessa noite, para me desculpar pelo da noite anterior.

E para completar, depois de passar o último dia do ano entre compras e cabeleireira, uma passagem de ano na cama a ver televisão e um primeiro dia do ano a fazer limpeza à casa, que mais posso eu desejar?!

Que dias...

 

 

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