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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Noite Agitada

 

 

Diz-se que as noites foram feitas para dormir, mas por vezes é difícil pôr em prática essa teoria!

E o problema nem foi o de me deitar tarde. Até me deitei relativamente cedo.

O que aconteceu é que não me deixaram aquecer o lugar na cama. Estava eu no meu primeiro sono quando acordei, ao som da minha filha a soluçar, e tive que me levantar para ir ver o que se passava.

Embora desconfiasse que era do joelho, que ela tinha esfarrapado na escola, não era desse mal que ela se queixava, mas sim do ouvido. Pensando que era de estar sempre deitada naquela posição, disse-lhe para se virar para o lado oposto e tentar dormir. Voltei para a cama.

Minutos depois, ouvi-a novamente! Levantei-me e pus umas gotas que a médica tinha receitado a semana passada (e cujo tratamento já tinha terminado), para ver se resolvia a questão. Voltei para a cama.

Como não há duas sem três, mal tinha acabado de me deitar, já ela chorava com dores! Levantei-me e, desta feita, dei-lhe uma colher de Brufen.

Eram quase 2 horas e, dali a pouco mais de quatro, estaria o despertador a tocar. Prevendo que ia ser uma noite a saltitar de um quarto para o outro, resolvi praticar uma noite de co-sleeping!

Peguei nela ao colo, levei-a para a minha cama, e foi remédio santo! Adormeceu agarrada a mim e só acordou de manhã, quando a fui chamar!

Já a mesma sorte não tive eu, que além de ter demorado a adormecer, ainda tive que aturar um despertador maluco que teimou em me acordar de 3 em 3 minutos!

Está mais que visto que era uma noite predestinada a não dormir!

Quando os pais tentam comprar os filhos

 

"Mckenna era uma menina que sempre fora habituada a ter tudo o que queria.

Os seus pais tinham um trabalho que lhes ocupava a maior parte do dia. Entre os papéis, os telefonemas e as saídas constantes para resolver problemas, pouco sobrava para estarem em família.

Num certo dia, Mckenna precisou de falar com eles sobre algo que a incomodava. Para variar, a única resposta que obteve, depois de uma tentativa frustrada de conversação, foi "querida, o que tu quiseres diz, que o papá compra".

Não era, de todo, o que ela queria ouvir. Mas que poderia ela esperar, se ela própria nunca se preocupou com nada que não fosse material, e se foi sempre essa a forma de os pais a recompensarem?"

 

Quem não conhece casos de pais que, pelos mais variados motivos, se vêem obrigados a estar durante longos períodos de tempo afastados dos filhos e, quando voltam, tentam compensar com presentes?

Quem não conhece casos de pais que, para evitar as típicas birras dos seus filhos e não se chatearem, acabam por os conseguir calar com recurso a prendas?

Se a situação em si já é grave, e prejudicial para estas crianças, torna-se ainda pior quando mãe e pai têm posturas diferentes em relação ao mesmo assunto. Quando um diz que sim e o outro diz que não, quando um concorda e o outro discorda. 

A criança toma consciência que, de cada vez que uma resposta não lhe agradar de um lado, pode contar com o outro lado para satisfazê-la.

Quem o faz, está a contribuir para que uma das partes passe a não ter autoridade nenhuma sobre o filho, passe a não ser tida em conta nas decisões, e seja considerada a "má da fita", enquanto a outra parte, que satisfaz sempre todas as vontades e pedidos, ganha pontos e fica bem vista! 

Muitas vezes, esta "arma" é utilizada como trunfo, em casos de filhos de pais separados.

A mãe não pode comprar aquilo, o pai compra! O pai não compra porque considera que não é necessário, a mãe dá!

É triste quando o amor, o respeito, a consideração e admiração de um filho têm de ser "comprados" com recurso a bens materiais e dinheiro. Tal como é triste que esse pai ou essa mãe se torne um modelo para os filhos, simplesmente porque lhes satisfaz todos os caprichos.

Educar uma criança para que cresça e se prepare para a vida e para o mundo, para que tenha regras, valores, e saiba o que é realmente importante, não é fazer e dar tudo o que eles querem.

Dinheiro nenhum substitui o amor que os pais podem e devem dar aos filhos. Presentes nenhuns substituem momentos únicos que podem ser vividos em família. Nada compensa todas aquelas horas e dias que nem sequer se lembraram que os filhos poderiam precisar dos pais. 

Como é óbvio, não me estou a referir aqueles que, por amor aos filhos e para lhes proporcionar melhores condições de vida, se vêem obrigados a fazer determinados sacrifícios como trabalhar longe, ter menos tempo disponível para estar com eles, nem tão pouco aos pais que gostam de mimar os filhos de vez em quando com um ou outro presente.

Refiro-me sim, aqueles que só se lembram de ser pais por conveniência, quando lhes apetece, ou que acham que basta ter dinheiro para honrarem o estatuto de pais!

 

 

Ao acordar...

 

 

 ...gostaria de abrir a minha janela e ver...

 

O Lado Bom da vida!

Ver tudo o que tenho, o que já conquistei, o que poderei ainda vir a concretizar...

Os sonhos que já realizei e aqueles que ainda poderei realizar...

O sol que me enche de energia, o mar que me transmite paz, campos de flores que me dão alegria...

Ver no meu horizonte a razão de todos os dias me levantar, e viver da melhor forma que conseguir, aproveitando o que a vida tem de melhor nesta breve passagem que aqui faço!

E, quando me voltar, perceber que esse lado Bom, também está dentro de mim, nas pessoas que tenho ao meu lado, nos mais puros sentimentos, nos mais simples gestos, nos mais inesperados momentos...e que nem sempre preciso abrir a minha janela para o descobrir! 

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