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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Sequestro

 

Uma jornalista que vive para o trabalho, que coloca acima de qualquer emoção, mas que ainda poderá surpreender muito com as suas atitudes ao longo da trama.

Um casal de namorados ao estilo Romeu e Julieta, com a diferença que apenas o pai dela é contra. Um pai tirano que revela que sentimentos é algo que não habita em si.

Um nascimento complicado e arriscado, numa estação de serviço, no meio de um assalto. Um vaqueiro que se transforma em obstetra. Um casal de idosos em lua-de-mel.

O final engloba romance, famílias felizes e criminosos punidos.

É um livro que se lê bem, e que recomendo!

Para além das normas

Quando estamos perante uma situação nova na nossa vida, temos a tendência a procurar informação sobre o assunto, a pedir conselhos, a dar ouvidos a quem já passou por uma experiência semelhante, e a nos guiarmos por aquilo que é considerado a norma, a regra, o padrão.

E não digo que seja, de todo, errado. Afinal, se tivermos uma referência, algo que nos possa ajudar ou elucidar, sentimo-nos mais preparados para atravessar essa nova etapa, e menos preocupados com as inúmeras dúvidas que nos pudessem atormentar.

No entanto, há que ter em conta que cada caso é um caso, e que as ditas normas, regras, padrões e referências, não são verdades absolutas. São apenas um mero registo ou indicador daquilo que é usual. Mas como em tudo na vida, existem excepções. Excepções essas que se traduzem em, perante situações idênticas, acontecerem factos diferentes, haver várias alternativas e acções distintas que se podem pôr em prática.

E que não podem, de forma alguma, ser consideradas anormais, menos apropriadas, indesejadas ou até evitáveis, apenas porque não correspondem à norma.

Por isso mesmo, embora possa informar-me e esclarecer-me sobre determinado assunto, e ouvir conselhos de alguém, nenhuma outra pessoa que não eu poderá decidir as minhas acções. Ninguém tem o direito de condenar determinado acontecimento ou facto, só porque não se encaixa nos padrões.

 

Sinto-me...

... como uma flor a murchar!

 

 

Habituada a estar grande parte do tempo num belo jardim florido, apesar das intempéries a que estou sujeita, sentia-me bem e estava feliz.

Nem sempre posso ser regada como deveria, mas costumo aguentar-me durante esses períodos, até que a água me volte a devolver a vivacidade.

Por vezes, flores mais pequenas são arrancadas e levadas, mas dali a pouco, novas flores voltam para me alegrar e compor o jardim!

Mas, com o tempo, as coisas tornam-se mais difíceis… E começamos a perder a nossa força.

Depois de um momento complicado, quem cuida de uma parte de mim, ficou impedido de o fazer. E eu vejo-me impedida de lhe dar o que ele precisa para que tudo volte a ser como antes.

Depois de umas pisadelas, sem água e sem companhia, sinto-me a secar e a murchar, aqui “presa” neste jardim…  

Ele sabe, ou deveria saber, como estou. Também ele se sente preso numa teia que não criou, e que não o deixa vir até ao jardim. Também ele está triste por não poder cuidar da sua flor.

Ainda assim, e porque sei que nenhum de nós tem culpa pela situação em que nos encontramos, tento não deixar transparecer a tristeza que me invade, a fraqueza que de mim se apodera. Tento manter-me erguida, apesar da eternidade que me parece o retorno à normalidade.

Só que ele, não sei bem porquê, deu-me a entender que preferia ver-me murcha e triste por não estar com ele, do que me encontrar aparentemente bem na sua ausência…

E então, as poucas forças que me restavam desapareceram…  

Sintonia

Amanheceu…

Ela acordou. O relógio marcava 11.30. Pela primeira vez em muitos dias, e apesar dos pesadelos, tinham conseguido dormir até mais tarde. Levantou-se. O sol brilhava num magnífico céu azul, que em nada lembrava o dia anterior, cinzento e chuvoso.

Tinha algumas coisas para fazer, para pôr em ordem, mas não muitas, e sabia que ia ter tempo disponível para se dedicar à escrita, para poder ver um filme ou começar a ler o último livro que tinha trazido da biblioteca. Ia ter tempo para si.

Apesar disso, não era um dia muito feliz. Nunca poderia ser, quando duas pessoas que se amam são obrigadas, por circunstâncias da vida, a estarem afastadas…

E ali estava ela, envolvida em pensamentos, em imagens de momentos já vividos, em memórias de brincadeiras e alegrias, recordações de um amor que cada dia era mais forte…

Tentava ocupar-se com as suas tarefas, distrair-se com a natureza que lhe lembrava a cada instante que a primavera tinha chegado, mas os pensamentos voltavam, as imagens retornavam, e o desejo de que tudo fosse diferente não a deixava…

 

 

Amanheceu…

Ele olhou para o telemóvel. Tinha uma mensagem dela. Será que já estava acordada? Ligou-lhe…

Falaram dessa vez, e outra, e outra… Também ele queria prolongar aqueles instantes. Já que não podiam estar juntos, pelo menos falavam.

Mas sabia que não era a mesma coisa… Nada poderia substituir a presença dela. E enquanto se tentava conformar com a realidade, não conseguia afastar da sua mente tudo o que de bom já tinham vivido, tudo o que já tinham passado juntos, e como seria bom estarem ao lado um do outro agora.

 

Ela tinha saudades dele…

Ele sentia a falta dela…

E ambos, apesar da distância que os separava, sem saberem, estavam em sintonia!...

Sintonia de gestos, sintonia de pensamentos, sintonia de sentimentos…como duas almas gémeas…

Como um espelho que reflecte dois cenários diferentes, com duas pessoas diferentes, mas cujas histórias se completam…

Já é Primavera!

As primeiras flores começam a decorar os troncos até então despidos!

 

 

O sol brilha no céu azul, os passarinhos cantam, e a natureza chama por nós!

 

 

As pessoas saem à rua e enchem as explanadas. As crianças brincam na relva, andam de bicicleta, divertem-se nos parques infantis! As camisolas de gola alta e os casacos de inverno, dão lugar aos vestidos e roupas mais frescas.  Afinal, as temperaturas até fazem lembrar o verão!

 

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