Se não se morre da doença, morre-se da cura
Dia 17 de Abril de 2012, começo a minha estadia no hotel de 5 estrelas "Centro Hospitalar de Torres Vedras", como acompanhante da minha filha, do qual acabámos por sair a 23 de Abril, com o atestado na mão para entregar à Segurança Social.
Desde essa altura, e até 23 de Maio, já foram 4 os atestados que entreguei, com o intuito de me pagarem a prestação/ subsídio correspondente a assistência a familiar doente.
Dois deles já foram processados, os outros estão em fila de espera. Quanto ao pagamento, não têm previsões de quando será feito! Provavelmente só em Junho. Provavelmente, tudo de uma vez.
A justificação é estarem com falta de pessoal. E, pelos vistos, de dinheiro!
Mas se eles estão, mais estou eu!
Ora, no mês de Abril só recebi o ordenado referente a 17 dias de trabalho. Este mês de Maio só vou receber, na próxima semana, o ordenado referente a 8 dias.
Durante todo este tempo tive que me deslocar com a minha filha ao hospital para consultas semanais.
E, como é óbvio, não vivemos do ar!
Agora pergunto-me, como é que os senhores, que "fazem o favor" de dar esta compensação, para os familiares que prestam assistência a menores em caso de doença, pensarão que nós sobrevivemos, enquanto não nos é pago esse subsídio, se dele dependermos e não tivermos outra solução temporária?
É caso para dizer - não morremos da doença, morremos da cura!