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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Am I Still Alive?

 

Estarei viva?

Ainda respiro, o coração bate, o cérebro funciona…

Estarei a dormir?

Não me parece…Os olhos estão abertos e o corpo cansado…

Estarei anestesiada?

Impossível. Movimento-me constantemente…

No entanto, durante estes últimos tempos, não sei onde nem como estive…

Como mãe, a tentar acompanhar todos estes dias a minha filha, neste momento mais complicado que está a passar com esta doença inesperada. Os dias são passados como enfermeira, a analisar pernas e pés, pintinhas e manchas novas que possam surgir, verificar se as mais velhas estão a desaparecer, e observar a evolução geral. São passados como professora, com fichas e trabalhos nos diversos livros escolares, a preparar a minha filha para as fichas que se avizinham, e tentar que não saia prejudicada por estar tanto tempo sem ir à escola. São passados como encarregada de educação que sou, em comunicação frequente com a professora, a estudar a melhor solução para minimizar a ausência.  

Como dona de casa, a tentar manter a casa em ordem - dividida entre limpezas, almoços e jantares, roupa para lavar, secar e passar a ferro, loiça para lavar e arrumar, e compras para fazer.

Como trabalhadora, a tentar ser politicamente correta: embora a minha vontade fosse ficar em casa, a verdade é que o dinheiro me faz falta, e precisam de mim aqui.

E assim se instaurou, de mansinho, uma rotina em que não havia lugar para a mulher, para o romance, para o amor…Apenas existiam duas pessoas preocupadas, à sua maneira, com uma criança, passando os dias entre casa e hospital. Apenas existiam duas pessoas saturadas, cujas conversas não iam além das refeições, da falta de dinheiro, da falta de descanso. Duas pessoas que se comportavam como mãe e padrasto de uma criança, amiga e amigo um do outro.

A mulher? Essa, foi anulada. E o pior é que, quanto mais tempo passava, menos me lembrava dela. Habituei-me, de tal maneira, a não vivê-la, que já nem sentia falta dela. Não sentia falta nem necessidade de me sentir mulher, de me sentir atraente…Ou talvez pensasse que já não seria assim, que não conseguiria trazê-la de volta…que estava morta…

Mas não está, e é preciso que ela volte a ocupar o seu lugar. Um lugar que é seu, por direito. Afinal, ainda tem muito para viver, muito para dar e receber, e muito tempo para ser amada, e para amar!

 

 

Tesouro escondido

 

Por vezes, na nossa vida, encontramos um tesouro!

Um tesouro que para nós é muito valioso, que nos faz sentir bem e felizes. Não falo de um tesouro material, mas de algo mais precioso e importante para cada um de nós.

Durante os primeiros tempos dedicamo-nos, com todas as nossas energias, à nossa riqueza.

Mas, sem estarmos à espera, surgem novos acontecimentos na nossa vida, e temos que direcionar os nossos sentidos no que se revela prioritário.

Colocamos, então, o nosso tesouro bem guardado no baú.

Acontece que, quando várias situações se vão sucedendo, atiramos com elas para o mesmo baú. Uma atrás da outra, vão enchendo a nossa arca. Quando damos por isso, temos um baú atulhado e nem sabemos onde está o nosso tesouro!

Está connosco, é verdade. Continua onde nós o deixámos, é certo. Mas, com tantas coisas por cima, torna-se difícil vê-lo ou chegar até ele.   

Não nos esquecemos dele, simplesmente a correria e os problemas do dia-a-dia, que aparecem sem aviso, desviam a nossa atenção.

Só quando temos um tempo para nós, em que podemos fazer uma pausa, nos encorajamos a revirar o nosso baú, em busca do tesouro que, sem querer, escondemos debaixo de tudo o resto.

E, nessa altura, percebemos que ainda produz o mesmo efeito em nós, tal como nos primeiros tempos em que o encontrámos!

Dia da Mãe

 

Hoje e sempre, parabéns a todas as mães!

Porque não é apenas neste dia que elas cumprem o seu papel, mas todos os dias da sua vida.

Ser mãe é a melhor experiência da nossa vida, mas também a mais exigente. A mais difícil mas, também, a mais compensadora!

 

 

 

Os Cinco Magníficos

 

Estarei doida por querer gastar quase 100 euros na compra de 5 livros? Provavelmente estou...

Mas a verdade é que gosto de todos e, cada vez que vou às compras, lá estão eles a tentar-me! A mim e à minha carteira!

Para já, aproveitei uma promoção da Fnac e mandei vir os 3 primeiros. Os outros, por enquanto, vão ter que esperar...

 

 

Valeu a pena!

 

Não se pode dizer que o júri não esteja a fazer a sua função. Mas não posso deixar de referir que, na minha opinião, têm havido algumas injustiças, e escolhas que me fazem lembrar sucessivas tentativas de atirar boias de salvação, a quem não consegue nadar mais do que nadou até agora. Talvez consigam ver lá bem no fundo que a pessoa consegue fazer melhor, mas a verdade é que outros não tiveram as mesmas oportunidades. Uns, são imediatamente rejeitados. Outros, pelos mesmos erros ou piores até, continuam lá.

E se há quem salte de alegria por seguir em frente, também há quem se sinta desolado por ficar pelo caminho.

Como em todos os programas deste género, haverá candidatos que terão sucesso, outros de quem nunca mais ouviremos falar e alguns que nos marcam por determinados motivos.

Um deles foi, sem dúvida, o João - candidato humilde que, embora tenha feito uma boa prestação, não se adequava, segundo Manuel Moura dos Santos e restantes jurados, a este tipo de programa. As críticas até nem foram muito negativas, e o João soube ouvi-las como quem recebe conselhos para evoluir no futuro, e aceitá-las.

Tal como para tantos outros, o seu sonho talvez terminasse ali. Mas João tinha um sonho muito maior que ser o próximo ídolo de Portugal: uma prótese ocular, que nunca teve a oportunidade de ter por não ter dinheiro. E esse sonho, vai mesmo ser realizado!

O concurso não lhe deu fama, não o deixou seguir além da primeira fase. Mas, para o João, já valeu a pena ter participado!  

 

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