Que nervos!
Não é que o raio da gata ontem tirou a noite para me chatear, para me testar, para me esgotar a paciência!
Já não me bastava ter passado por isso com a minha filha (que felizmente anda mais calma), tinha agora que vir a D. Tica também.
Cheguei a casa, varri a areia que tinha espalhado do caixote, voltou a espalhá-la. Varri novamente, espalhou novamente. Em seguida, lembra-se de brincar com a ração. Ponho-a de volta no prato, ela tira tudo do prato. Ponho outra vez, tira outra vez.
Com a brincadeira, entorna a água. Encho-lhe a caixa com água, derruba-a. Volto a enchê-la, torna a entorná-la.
Para completar, resolveu fazer do sofá da entrada a sua nova casa de banho. E, justamente quando eu estava a pôr as capas acabadinhas de enxugar na almofada, faz-me chichi no sofá. O que me obrigou a ter que lavá-lo e secar com o secador do cabelo, para não criar bolor.
Além da valente palmada que levou (que depois até me fez pena), estive quase para a pôr na rua, tal foi o estado em que me deixou.
Não sei se é ciúmes, necessidade de atenção, ou qualquer outra coisa. Mas eu é que não estou para andar chateada e ter ainda mais trabalho.
A sorte dela é eu gostar tanto daquela pequenina traquina, que ainda me dou ao trabalho de tentar perceber o que a leva a ter este comportamento rebelde, que nunca vi na gata que tive durante 17 anos.