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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Pesadelos

 

Se eu fosse um gato, pelo menos duas vidas já tinha gasto numa só noite!

Depois de um primeiro pesadelo, em que morri, voltei a ter outro, e voltei a morrer.

Já não é a primeira vez que sonho com a minha morte. E, automaticamente, sempre que isso acontece, os meus últimos pensamentos antes de morrer são: "Já não vou ver mais a Inês...". É uma sensação horrível. Felizmente, acordo, e percebo que tudo não passou de um sonho.

 

Mas, imaginando que isso pudesse vir realmente a acontecer, mais do que não poder ver mais a minha filha, a minha preocupação e apreensão seria com a vida que a esperaria daí em diante. 

Tem os avós aqui ao lado, com quem convive diariamente desde que nasceu, e eu ficaria muito mais descansada se ficasse com eles, que têm melhores condições para ficar criar e educar uma criança.

Mas ela tem um pai. Por morte da mãe, tem toda a lógica que ela fique com o pai. E, aí, a sua vida iria sofrer uma grande mudança.

Em primeiro lugar, porque o pai não tem as melhores condições financeiras para ter uma criança a seu cargo, quando nem a si próprio se consegue sustentar.

Alimentação saudável, não existiria! As porcarias que come nos dias que está com o pai passariam a ser a regra. 

Passaria a viver num ambiente em que o tabaco está constantemente presente, o que lhe iria a longo prazo prejudicar a saúde.

Apoio nos estudos, seria para esquecer. Alguma vez o pai dela se iria dar ao trabalho de pesquisar, tentar perceber a matéria, arranjar-lhe fichas  ou prepará-la para uma prova? De andar em cima dela, ver se tinha os trabalhos feitos e corrigi-los se fosse o caso, puxar por ela para ter boas notas? Não me parece...

A educação também não seria a melhor, nem o pai um bom exemplo a seguir.

Provavelmente, deixaria a filha aos fins de semana em casa dos avós para poder sair à noite e namorar, hoje com uma, amanhã com outra...

E nem quero imaginar mais nada porque todas estas suposições fazem-me perceber como faço falta à minha filha, e como é importante que me mantenha ao seu lado por muitos e longos anos!