Os Bridgertons
O que posso dizer sobre os Bridgertons?
Gosto desta família! Acima de tudo, pelo seu carácter e pela sua união.
Violet Bridgerton - a mãe - ficou viúva cedo, com oito filhos para criar. O que fez. E não podia ter feito melhor!
É uma mulher sábia, generosa e determinada. Determinada a casar todos os seus filhos, mas sempre privilegiando a felicidade de cada um deles, em detrimento das aparências, tradições e conveniências.
As filhas - Daphne, Eloise, Francesca e Hyacint - são mulheres especiais, cada uma com as suas características próprias.
Daphne mistura coragem com inocência, valentia com serenidade.
Eloise é, talvez, a mais faladora das irmãs! E a melhor atiradora de todos os irmãos! Adora escrever cartas e foi dessa forma que conheceu o homem da sua vida.
Hyacint é arisca, também faladora (não tanto como a irmã) e diz sempre aquilo que pensa. É desembaraçada, teimosa, persistente e um pouco rebelde.
Francesca é, das quatro irmãs, aquela que menos tem em comum com os restantes irmãos. É a que mais se afasta do grupo, com o qual não se identifica. Não aprecia o rebuliço e a agitação que se vive em casa da mãe e, por isso, mesmo depois de ficar viúva muito jovem, preferiu manter a sua independência. Com um enorme desejo de ser mãe, vai sofrer durante algum tempo até ver o seu sonho realizado.
Os filhos - Anthony, Benedict, Colin e Gregory - formam um quarteto digno de respeito! São capazes dos maiores disparates, mas também dos maiores feitos! Casmurros e teimosos, armam-se em durões mas têm um coração de manteiga.
Anthony teve que ser quase um pai para os seus irmãos mais novos. É o mais velho e, por isso, todas as responsabilidades recaem sobre ele.
Benedict é o eterno apaixonado, o príncipe dos contos de fadas.
Colin é o bon vivant, e passa a maior parte do tempo a viajar.
Gregory revela-se o mais corajoso de todos, ao enfreitar meio mundo para ficar com a sua amada.
Colin e Gregory têm em comum o facto de estarem sempre com o estômago a roncar!
Quanto às noras e genros de Violet Bridgerton, vêm de todos os estratos sociais, mas são tratados sem qualquer distinção entre eles.
Agrada-me que a autora tenha criado mulheres que, não sendo perfeitas ou bonequinhas de porcelana, nem as mais recomendáveis aos olhos da sociedade londrina têm, no entanto, qualidades mais valiosas. E tenha mostrado através dos seus livros que elas também têm o direito de serem felizes.
Em todas as histórias, de uma forma geral, as mulheres são mais sensatas que os homens.
É impossível afirmar qual dos livros gostei mais, mas a história da Francesca foi a que menos me cativou. Tal como ela, parece-me o livro mais deslocado em relação aos restantes.
O que me fez rir mais - a história da Hyacint!
O que me fez sentir como se estivesse a ler um policial - a história do Gregory - uma surpresa atrás da outra e parecia que o final feliz nunca chegaria.
E não podia deixar de destacar o livro onde é revelada a identidade da misteriosa Lady Whistledown - a história do Colin.
Ao lermos os livros, quase somos teletransportados para as próprias cenas,como se fizessemos parte delas.
Difícil é sair delas e voltar á nossa realidade!