Falta de consideração
Há alguns anos, foi criado um novo itinerário dentro da vila, e atribuído um pequeno autocarro para o percorrer.
Aparentemente, a ideia era transportar aqueles que não tivessem outra forma de se deslocar, para determinados locais na vila, como o Intermarché, o centro de saúde, o Parque Desportivo e outros, com diversos pontos de paragem pelo caminho.
Como qualquer transporte público, também este tem que ser pago, e bem pago. Um bilhete custa mais de 1 euro, independentemente do percurso que se faça.
E, como qualquer transporte público, está sujeito a atrasos e outros contratempos bem comuns.
A diferença é que, ao contrário dos outros veículos da mesma empresa de transporte, que fazem outros intinerários, este é um caso permanente de queixas por quem lá anda. Com toda a razão!
Não são raras as vezes em que o autocarro avaria, sem que seja prontamente substituído. Mas se o é, não tarda a que o substituto vá pelo mesmo caminho. Ou seja, é sempre imprevisível saber se haverá autocarro ou não. Por outro lado, em termos de condições, deixa muito a desejar. Cheguei a ir num deles, e entrar água da chuva lá dentro.
Quanto aos atrasos, principalmente no primeiro horário, são constantes. O que, de certa forma, não sei se estará relacionado com quem o conduz. A verdade é que, durante as férias, sempre que vinha para o trabalho, o autocarro passava por mim no horário que deveria passar. Mas bastou começar as aulas, e mudar o motorista, para vir sempre com 10 ou 15 minutos de atraso.
Resultado: o meu pai carregou o passe para a minha filha ir para a escola de autocarro, uma vez que este ano entra mais tarde, e ela tem que ir mais cedo a pé, porque o autocarro nunca vem a horas. Dinheiro gasto para nada.
O que mais me irrita é que parece que este autocarro é um favor que a empresa faz às pessoas e, como tal, deviam era dar-se por satisfeitos em vez de reclamar. Até porque não tem adiantado muito reclamar.
Mas não é nenhum favor. As pessoas pagam por este serviço, e é suposto este serviço ser tão bem prestado como os restantes.
Se não lhes compensa ou não lhes dá lucro, acabem com ele. Mas se o têm, ao menos façam-no bem. E mostrem alguma consideração pelas pessoas que vos pagam!