Retrato dos jovens de hoje
Vou levar a minha filha à escola todas as manhãs, passando obrigatoriamente pela secundária. E logo aí, não contando com muitos dos exageros, e extravagâncias utilizadas pelos estudantes para marcar a diferença, houve duas estudantes que se destacaram, de forma negativa: - uma delas vestia algo que me pareceu tratar-se de uns calções, mas a denominação mais apropriada seria cuecas! Sem collants opacos por baixo, umas leggins, nada. E ali estava uma boa parte do traseiro visível para quem quisesse olhar;
- uma outra, chegou à escola com um vestido que mais parecia para uma festa de gala, mas nem por isso elegante, e demasiado pintada o que em nada agradaria à vista de quem se cruzasse com ela.
Já uma noite, numa zona de bares, o que não faltavam era miúdas a acharem que já são mulheres. Miúdas que não hesitam em vestir o mínimo de roupa possível mesmo que estejam a morrer de frio, só para exibirem o corpo aos rapazes que por ali andam. Eles agradecem!
E no passado fim de semana, a aproveitar as diversões do Luna Park aqui na vila, o meu marido, que estava a andar nos carrinhos de choque com a minha filha, foi abordado por uma rapariga a perguntar se tinha fichas que lhe desse para ela andar! A mesma rapariga, veio mais tarde fazer-me a mesma pergunta. Vi que, juntamente com uma amiga, também abordou outras pessoas que ali estavam, provavelmente pelo mesmo motivo. É preciso ter lata!
Querem andar sem gastar dinheiro, afinal, o mais certo é não o terem. Mas se não têm, vão trabalhar para ganhá-lo, que é isso que nós fazemos! E se são novos para trabalhar, peçam aos pais, ou a quem é responsável por eles. Para podermos andar tivemos que gastar o nosso dinheiro que, sabe deus como, nos custou a ganhar. Acaso temos cara de Madre Teresa de Calcutá?! Duvido :)
Um detalhe curioso é que essa mesma rapariga estava a fumar. O que me leva a imaginar dois cenários possíveis - ou preferiu gastar o dinheiro no tabaco em vez de o gastar nas diversões, ou também "cravou" os cigarros!
O que me leva a imaginar que, em vez de "geração rasca", os jovens de hoje começam a pertencer à "geração crava": eu cravo, tu cravas, ele crava...