Ricochete
De todos os livros da autora, este sempre foi o que menos me inspirou.
Talvez, por isso mesmo, tenha sido o último a comprar e o último a ler.
Logo no início, confirmam-se as minhas iniciais suspeitas - não prende logo o leitor, nem conseguimos perceber o que têm aquelas primeiras páginas a ver com a história.
Só um pouco mais à frente tudo vai começar a fazer sentido, e a história começará então a entusiasmar.
Temos um policial de "pelo na venta" que, num julgamento, faltou ao respeito ao juiz por ter libertado um criminoso e que, mais tarde, vai ter que investigar o crime ocorrido entretanto em casa do mesmo. Duncan vai ter a sua tarefa dificultada, e quebrar muitos códigos de ética, por se ter apaixonado desde a primeira vez que a viu, pela esposa do juiz, autora confessa do crime, alegando legítima defesa.
Elise, é uma personagem cujo passado não abona muito a seu favor, mas ser uma assassina interesseira e calculista é algo óbvio demais para ser verdade. No entanto devo dizer que a mim, tal como a Deedee (parceira de Duncan na investigação), sempre me pareceu suspeita. Com a diferença que Deedee a considerava com toda a certeza culpada, enquanto que eu, por momentos, como Duncan, quis dar o benefício da dúvida.
O marido de Elise, o juiz Cato Laird, sempre tão protector e amoroso com a sua jovem esposa, e sempre tão aparentemente correcto no exercício das suas funções, pode ser alguém bem diferente dessa máscara.
Resta saber quem matou quem, e quem quer matar quem. Quem é inocente e culpado, quem diz a verdade e quem mente, e que segredos estão na origem de todo este enredo!