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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Ricochete

 

De todos os livros da autora, este sempre foi o que menos me inspirou.

Talvez, por isso mesmo, tenha sido o último a comprar e o último a ler.

Logo no início, confirmam-se as minhas iniciais suspeitas - não prende logo o leitor, nem conseguimos perceber o que têm aquelas primeiras páginas a ver com a história.

Só um pouco mais à frente tudo vai começar a fazer sentido, e a história começará então a entusiasmar.

Temos um policial de "pelo na venta" que, num julgamento, faltou ao respeito ao juiz por ter libertado um criminoso e que, mais tarde, vai ter que investigar o crime ocorrido entretanto em casa do mesmo. Duncan vai ter a sua tarefa dificultada, e quebrar muitos códigos de ética, por se ter apaixonado desde a primeira vez que a viu, pela esposa do juiz, autora confessa do crime, alegando legítima defesa.

Elise, é uma personagem cujo passado não abona muito a seu favor, mas ser uma assassina interesseira e calculista é algo óbvio demais para ser verdade. No entanto devo dizer que a mim, tal como a Deedee (parceira de Duncan na investigação), sempre me pareceu suspeita. Com a diferença que Deedee a considerava com toda a certeza culpada, enquanto que eu, por momentos, como Duncan, quis dar o benefício da dúvida.

O marido de Elise, o juiz Cato Laird, sempre tão protector e amoroso com a sua jovem esposa, e sempre tão aparentemente correcto no exercício das suas funções, pode ser alguém bem diferente dessa máscara.

Resta saber quem matou quem, e quem quer matar quem. Quem é inocente e culpado, quem diz a verdade e quem mente, e que segredos estão na origem de todo este enredo! 

Festas de pijama

 

A minha filha já foi, por duas ou três vezes, convidada para festas de pijama em casa de colegas da escola. Não a deixei ir.

Porque ainda é muito nova e tem muito tempo pela frente para dormir fora de casa, porque as colegas moram longe e não tenho como levá-la nem buscá-la (a não ser que o marido esteja de folga), porque não conheço bem os pais das colegas e tenho receio, enfim, são algumas das "desculpas" que lhe dou, e a mim mesma, para não a autorizar a ir às festas.

Na semana passada, recebeu um novo convite, desta vez da menina que conheceu na praia neste verão. E, sorte a minha, calhava na noite que ela ia passar com o pai. Não precisei de uma desculpa.

Mas se assim não fosse, mais uma vez os meus receios falariam mais alto. Se nunca a deixei ir a uma festa de pijama com colegas da escola com quem convive há cerca de 4 anos, e cujos pais, ainda que muito mal, conheço, como poderia deixar a minha filha passar a noite em casa de pessoas que vi meia dúzia de vezes na praia? Ainda por cima, a mãe da menina é escocesa e, inconscientemente, veio-me à memória o desaparecimento da Maddie. E junto a isso, as notícias que todos os dias nos chegam, de crianças abusadas por vizinhos, por amigos da família, por pessoas que nunca pensaríamos.

Claro que o perigo pode estar em qualquer lado, e não posso, simplesmente, fechar a minha filha numa redoma para que não lhe aconteça nada de mal.

Por isso, resolvemos fazer uma visita à menina no passado fim-de-semana. Só lá estava a mãe. O pai trabalha até tarde. Depois de conversarmos um bocadinho, deixámos a Inês lá durante cerca de uma hora, para brincarem as duas. Correu bem e a Inês gostou. E eu fiquei um bocadinho menos receosa, e a ponderar dar uma resposta positiva da próxima vez que a convidarem.

A dança é uma arte ou um desporto?

 

É sabido que a dança é uma forma de expressão artística através do corpo, mas também é verdade que determinadas danças são tão eficazes como uma aula de educação física. O corpo movimenta-se, exercita-se, queima calorias...E, para quem gosta, dá mais prazer do que, por exemplo, fazer exercícios monótonos com máquinas ou andar a correr atrás de uma bola!

A questão surgiu ontem, ao ver a minha filha dançar em casa. Perguntei-me: por que é que nunca incluiram a dança nas aulas de educação física e desporto? E logo vem a resposta: porque não é um desporto! Mas surge a dúvida: será que não é mesmo?

Ainda que não seja, tem benefícios e objectivos muitas vezes semelhantes. Em termos de exercício, não vejo como é que, por exemplo, num jogo de vólei, se podem queimar mais calorias que a dançar.

E mesmo que não a incluam nas actividades físico desportivas (que para mim faz mais sentido), podiam sempre colocá-la como disciplina opcional. Há tantas outras que não interessam a ninguém. Pelo menos ensinavam um pouco de arte!