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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Carta para a Tica - Parte II

 

 

"Querida Tica, 

Ontem, finalmente, voltaste para casa!

Quando o teu dono me ligou à hora do almoço a dizer que estavas em casa, quase nem acreditei. Mas, quando corri para ver com os meus próprios olhos, lá estavas tu à janela da sala, como se nunca tivesses deixado de lá estar.

Voltaste, sã e salva. Pela tua própria pata! E entraste pelo mesmo sítio por onde tinhas fugido.

O que aconteceu nesta tua aventura, nunca vamos saber. Mas sei que vinhas atordoada, exausta e com muito frio. Fome, não tinhas. Apenas petiscaste, antes de te enroscares na nossa cama completamente tapada com cobertores e edredons, e fechares os olhos (saudades da caminha dos donos).

Ali ficaste toda a tarde, até quase às 22 horas. Houve alturas em que temi que estivesses doente, ou algo pior. Não te mexias. Mas quando abriste os olhos, ainda que por segundos, sosseguei.

E fiquei surpresa e contente por te ver caminhar até à cozinha para comeres, já mais restabelecida.

Mas ainda não tinhas recuperado totalmente. Não te apetecia brincar nem fazer mais nada que não fosse receber muitos miminhos e deitares-te de novo. 

Emocionei-me quando miaste daquela forma tão intensa para mim, como que a pedir para eu me despachar depressa que me querias só para ti e quando, no meio de toda a atenção que estavas a receber do dono e da Inês, saltaste para o meu colo e ajeitaste-te a dormir (saudades do velho roupão da dona).

E depois de te ter levado para a nossa cama, ali dormiste toda a noite, ao meu lado, tal como no sonho que tive na noite anterior. Desta vez, era mesmo verdade!

Hoje, ainda não estás a 100%, mas já começas a voltar à tua rotina normal - comer ervinhas, estar à janela, miar para ir à rua (não te serviu de emenda)!

Voltaste, e estás de novo na tua casa, e com a tua família! Benvinda de volta, Tica!"

Não vou votar!

 

 

Nem domingo, nem em qualquer outra eleição, enquanto não houver algo ou alguém forte e credível quanto baste para me fazer levantar do sofá e dirigir-me a uma mesa de voto.

Como diz Raquel Abecasis, nos tempos difíceis que vivemos, e em que o desencanto com a política e os políticos é cada vez maior, a última coisa de que precisamos é de compromissos que já não enganam nem as crianças. É por isso que os portugueses têm cada vez menos razões e vontade de ir votar, em quem tem por eles tão pouca consideração.

 

Ver artigo completo aqui - http://pagina1.sapo.pt/detalhe.aspx?fid=82&did=148954&number=2152