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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Como tudo muda à medida que o tempo avança

Há uns anos atrás, era uma alegria quando a minha filha ia bater, de porta em porta, a pedir o "Pão por Deus". O ano passado, como o 1 de Novembro calhou a um dia de semana, e já não era feriado, foi com a professora e com a turma que o fez.

Este ano, calhou a um sábado, mas já não foi a mesma coisa. Até porque a minha filha está mais velha. E com os anos a passarem, essa tradição vai deixando de fazer sentido para ela (pelo menos do lado de fora da porta). 

O ano passado, esteve na escola primária e, como todos os anos, comemorou o São Martinho com a assadura das castanhas e jogos tradicionais.

Este ano, já na nova escola, a frequentar o 5º ano, essa data passou em branco. Um dia como outro qualquer, enquanto que na antiga escola foi lá um grupo musical cantar para as crianças. 

Isto parece lembrar que o tempo de diversão na escola já não existe as para crianças que estão no 2º e 3º ciclo do ensino básico. Agora é tempo de estudo para eles. A diversão fica para os mais pequenos. Nem mesmo aquela música que se ouvia assim que chegávamos à escola (e que, de certa forma, alegrava o dia), existe nesta nova escola. 

Antes, entre o Dia de Todos os Santos e o de S. Martinho, comia meia dúzia das típicas e deliciosas broas que todos os anos a minha mãe comprava. Este ano, comi uma e não valia nada.

O tempo vai avançando, as prioridades vão alterando, as tradições vão-se esbatendo, e nós continuamos por cá para assistir e acompanhar essa mudança.

Até o Natal, que é a única época do ano que ainda consegue ter alguma importância para nós, e preservar algumas das tradições, parece já não ter o mesmo significado que outrora.

As mudanças são necessárias e fundamentais, é certo, mas eu nunca fui muito apreciadora delas. E há mudanças, como estas, que me entristecem, e me deixam nostálgica...