Cavalo de Guerra
Para as pessoas mais sensíveis, amantes de animais e de lágrima fácil, cuidado com este filme!
Antes da estreia, no cinema, fiquei na dúvida se iria gostar ou não, porque não aprecio muito filmes sobre guerras. O tempo passou e nunca mais me lembrei do filme.
Entretanto, descobri que no passado sábado tinha passado na SIC. Apetecia-me ver um filme, mas decidi-me pelo que tinha dado antes "Um Anjo da Guarda". Gostei muito e, embalada, comecei então a ver o "Cavalo de Guerra".
Primeiras cenas, entre Joey (nome que deram ao cavalo) e Albert, até ao momento da separação, quando o pai o vende para os militares, e as primeiras lágrimas a cair.
Depois, a cena em que Albert recebe um caderno com desenhos do Joey, e fica a saber que o oficial que prometeu cuidar do seu cavalo faleceu.
Os maus tratos aos cavalos, a facilidade com que deles se descartam quando já não servem, a estupidez de certos humanos versus a inteligência dos animais, ou a lealdade entre os animais, também não deixam ninguém indiferente.
Temos também o sentido de protecção entre irmãos, na guerra. Ou uma trégua entre duas forças inimigas que se unem por momentos para salvar Joey.
Outro momento emocionante foi a morte do companheiro de Joey, depois do esforço a que foi obrigado a empreender, mesmo ferido. A forma como Joey o acaricia, como lamenta, como se revolta.
Já mais para o final, e quando Joey está prestes a ser abatido, a forma como Albert o chama e, assim, o salva da morte. Para depois ser obrigado a levá-lo ao leilão onde, apesar da ajuda dos colegas e superiores, o acaba por perder.
Perde-o para o avô da menina que, durante algum tempo, cuidou de Joey e do seu parceiro de guerra, antes de os arracarem brusca e dolorosamente da neta.
E quando já estamos convencidos que Albert vai ficar sem Joey, o senhor surpreende-o, e a nós, ao abdicar da sua aquisição, e oferecer a Albert o seu cavalo.
Oh meu deus, a esta altura já era extremamente difícil parar a fonte das lágrimas! E acabou em grande, com o regresso dos dois ao lar, para junto da família, sãos e salvos, e mais unidos do que nunca.
Há muito tempo que não via assim um filme tão bom, e que me deixasse com uma valente dor de cabeça, de tanto chorar! Ainda por cima com a nossa gatinha a dormir como um anjo no meu colo.
Demorei a voltar ao estado normal e, ainda agora, ao escrever este texto, me emociono ao lembrar as cenas mais fortes do filme.
Para quem ainda não o viu, eu recomendo!