Tenho uma relação muito especial com os livros
Filha de um homem que, desde pequena me despertou o gosto pela leitura, que tantas vezes me levou com ele à Biblioteca Municipal, incentivando-me a escolher livros que me interessassem, não foi difícil criar este hábito tão saudável e construtivo.
O meu pai já leu muito, ainda hoje lê, e muito embora tenha apenas a 4ª classe, posso afirmar com toda a certeza que ele é um homem culto!
Um homem que já escreveu, ele próprio, um livro. Não se preocupou se as vendas não foram famosas, ou se não teve sucesso. Era o livro dele, sobre o que ele quis escrever.
Quanto a mim, houve uma época da minha vida em que "devorava" livros - nessa altura tinha tempo de sobra para me dedicar a esse prazer, e fazia-o diariamente.
Quer fossem livros oferecidos, requisitados na biblioteca, ou emprestados, havia sempre um para me acompanhar.
Na sua maioria, eram romances ou policiais, ou sobre temas e situações problemáticas da vida.
Os romances faziam-me sonhar, viajar, criar as minhas próprias histórias!
Já os policiais, davam-me adrenalina, suspense, mistério e deixavam-me presa até ao final!
Mais tarde, deixei a leitura em standby, durante alguns anos até que, com a maternidade, recomecei a ler, desta vez livros de histórias infantis à minha filha.
Mas o regresso em grande devo-o a dois escritores - Vladimir Nabokov e Jeff Abbott, respectivamente, com Desespero e Pânico! O primeiro, oferecido, despertou o bichinho adormecido. O segundo, que comprei, foi acabou por ser o primeiro de uma estante que encheu ao longo dos últimos 3 anos!