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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Coisas que só me acontecem a mim VII

 

Estava eu com medo de hoje não conseguir mexer as pernas à custa da corrida de ontem, mas afinal as minhas dores foram outras, e começaram antes disso.

No sábado fui a pé às compras e trouxe os sacos para casa. Não me apercebi que tenha carregado muito peso, acho que já cheguei a trazer sacos mais pesados, mas a verdade é que deve ter sido essa a asneira que fiz.

No sábado à noite, deitei-me cedo, até porque estava a ficar com uma daquelas dores de cabeça e tinha que estar em forma para domingo. Demorei a adormecer porque estava calor e não conseguia estar de maneira nenhuma, mas lá consegui. Quando acordei a meio da noite, a dor de cabeça tinha passado. Mas mal conseguia mexer o pescoço!

No início, pensei que tivesse dado algum mau jeito, de noite, com tantas voltas a tentar adormecer. Mas depois lembrei-me que deve ter sido das compras. O resto da noite foi passado entre o adormece/ acorda, com calor, e com dores horríveis cada vez que me mexia, na zona entre o pescoço e os ombros.

No domingo de manhã, ou só olhava para a frente, ou tinha que virar o corpo todo para olhar para os lados. Cada vez que o carro passava por uma lomba, lá vinha mais uma dor. Se alguém me tocava, a mesma coisa.

Felizmente, foi melhorando ao longo do dia. E não fiquei tão mal das pernas (talvez porque uma parte do caminho foi feita a caminhar), apesar de os meus músculos estarem hoje a acusar o exercício.

Considerações sobre a Corrida da Criança

e para todas, em geral:

 

N.º 1 - Ainda que na brincadeira, não dá jeito nenhum correr presa a quem quer que seja! Na Corrida da Criança, tínhamos que nos unir uns aos outros (cada equipa ou dupla) com um laço, para que ninguém ficasse para traz, e para incentivar o espírito de equipa. A intenção era boa, mas na prática, as coisas não resultam muito bem.

 

N.º 2 - Não dá jeito nenhum correr com mochilas às costas! A manhã adivinhava-se memorável e de festa, e não queríamos perder nada desses momento. Por isso, toca de levar máquina fotográfica, telemóvel, lenços de papel (para o caso de ser necessário), a carteira, os óculos de sol, etc. Tudo numa mochila pequena que encontrei lá por casa. Mas uma das alças do raio da mochila rebentou, tive que correr com ela só presa de um lado, a segurar para não rebentar a outra, com a fivela sempre a roçar no braço da Inês, e quando passei ao meu marido, tive um trabalhão para me desenvencilhar dos laços que nos ligavam. 

 

N.º 3 - Caminhada e corrida juntas, é para esquecer! Quem ia caminhar, ia do lado direito. Quem ia correr, do lado esquerdo. Na prática, não resulta. Saímos todos ao mesmo tempo, pelo que tínhamos gente à nossa frente a caminhar, que nem sempre se mantinha à direita, e era difícil passar à frente e correr estando presos uns aos outros.

 

N.º 4 - Correr preso, só com bastante espaço. Num carreiro estreito, como havia no percurso, três pessoas a correr presas, sem se atropelarem é difícil. Houve uma altura em que a Inês teve que se desviar para o meu lado, tropeçou no meu pé e ia caindo. Houve alturas em que, para passarmos à frente, o meu marido e a minha filha encolhiam-se e ficavam à minha frente, logo, eu não conseguia correr. Se houvesse mais largura, podíamos ir os três, lado a lado, sem nos atropelarmos uns aos outros.

 

N.º 5 - Quando se corre em duplas ou equipas, em que nem todos os membros têm a mesma preparação física e resistência, e nos termos acima mencionados, não se pode pensar em cortar a meta nos primeiros lugares, nem em tempos de prova. O meu marido, que está habituado a correr (na véspera foi fazer outra prova, de 10km), queria ver se fazíamos o percurso todo a correr. Queria passar à frente dos que estavam no nosso caminho mas é mais fácil passar uma pessoa que três e, como estavamos presos, era só puxões nos braços uns dos outros. Depois, a Inês dizia que queria caminhar porque estava cansada. Ele, insistia para ela fazer um esforço. Ela estava feliz por estar a participar, mesmo que fosse só a caminhar. Ele, com o seu espírito competitivo e para quem 2km eram um aquecimento, queria correr e cortar a meta o quanto antes. É complicado. Mas, no fim, a Inês acelerou e cortámos a meta, quando ainda vinha metade dos participantes atrás de nós! 

 

 

Militares nas escolas - boa medida ou nem por isso?

 

Se um dia destes os vossos filhos se depararem com um militar na escola, não fiquem surpreendidos. É que resolveram ir buscar aqueles militares (das Forças Armadas) que se encontram na reserva, para fazer vigilância dentro das escolas, principalmente, nos recreios e junto à vedação escolar.

A sua função será, essencialmente, "impedir agressões entre os elementos da comunidade escolar", explicou o Ministério da Educação e Ciência (MEC). Estes militares irão assim complementar o trabalho desenvolvido por agentes da PSP e GNR no âmbito do Programa Escola Segura.

Para além disso, vão zelar pelo cumprimento das regras na escola, pela conservação e gestão dos equipamentos da mesma por parte dos alunos, e fiscalizar o estado de conservação das infraestruturas e equipamentos da escola, detectando danos ou falhas no seu funcionamento.

A colocação destes militares vigilantes irá depender das necessidades de cada estabelecimento de ensino, tendo em conta a sua localização, população, dimensão e problemáticas associadas.

As escolas garantem assim, de acordo com o MEC, a defesa dos direitos das crianças e jovens que as frequentam, e onde os militares prestarão serviço, e protecção contra qualquer forma de abuso, detectando ilegalidades e infracções às regras de cada escola.

Mas nem todos estão de acordo com esta medida. Muitos, consideram-na absurda porque estes militares não têm qualquer formação para lidar com os estudantes, e podem não saber actuar da forma mais conveniente em determinadas situações. De facto, foram treinados para lidar e combater o inimigo, podendo reagir com atitudes resultantes desse treino, que em nada beneficiam o ambiente e a resolução dos problemas entre alunos, e entre alunos, professores e funcionários, nas escolas.

Mas, por outro lado, talvez seja uma mão mais forte que faz falta em algumas dessas escolas, um pulso firme, alguém que imponha respeito. 

Na escola da minha filha costumam estar no portão da entrada, uma vezes, um funcionário (que já tinha estado antes na escola primária e que já todos conhecemos) e, outras vezes, funcionárias. A diferença entre a forma como são controladas as entradas e saídas, comportamento dos alunos naquela área e o respeito e cumprimento das regras são visíveis.

As funcionárias (mulheres na casa dos 30/ 40 anos) deixam fazer tudo e parecem ter medo dos jovens mais velhos. Estão ali mais a cumprir o horário, a desejar que tudo corra tranquilamente e a receber o seu salário ao fim do mês.

O dito funcionário (único homem na escola nessa função), não deixa passar nada. É extremamente simpático e atencioso, mas não deixa que lhe pisem os calos. Nem tolera mau comportamento e faltas de respeito. Se alguém não leva cartão, repreende. Se são os mesmos de sempre, que ele já conhece, chateia-se a sério e avisa-os que da próxima vez não entram nem saem.

Há escolas em que os auxiliares fingem que não vêem o que se passa, para não sobrar para o lado deles. Porque não querem correr riscos. 

Isto é só um exemplo de como, nem sempre, um auxiliar de acção educativa consegue controlar os problemas existentes nas escolas.

Agora, se com os militares, vai haver uma forma errada de lidar com os estudantes, se vai haver abusos e violência da parte deles como forma de evitar ou pôr fim a abusos e violência entre a comunidade escolar, não sei.