Apercebo-me que a minha filha cresceu quando...
...nas idas à praia, ano após ano, vai trocando os baldes, as pás e as formas para bolos de areia, por jogos de raquetes e cartas, e leitura de livros!
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...nas idas à praia, ano após ano, vai trocando os baldes, as pás e as formas para bolos de areia, por jogos de raquetes e cartas, e leitura de livros!
Este ano tínhamos como meta ultrapassar o recorde do ano passado de toques de raquetes de praia. E foi alcançada! O problema é que agora, duvido que mais alguma vez consigamos ultrapassar a nova marca, ou sequer repeti-la: depois dos 535 toques de 3ª feira, chegámos aos 653 toques ontem à tarde.
E, da minha parte, uma valente dor no braço!
Começa a ser cada vez mais complicado à medida que elas vão crescendo e se tornando pequenas mulheres!
Eu que o diga!
Ainda ontem fomos os três a uma festa popular aqui da zona. Como gostamos os três de dançar, costumamos dançar à vez, ou seja, eu danço uma música com o meu marido, outra com a minha filha, e assim sucessivamente.
Mas acabo por nunca estar descontraída porque os meus olhos estão sempre postos na minha filha. É certo que não podemos estar sempre a pensar no pior, mas basta uma distracção para o pior acontecer. Nunca nos afastamos mais que uns metros dela, mas mesmo assim, é preferível estar sempre com atenção.
Ontem, por exemplo, numa dessas músicas que estava a dançar com o meu marido, a minha filha sentou-se no banco, à espera da sua vez. Quando olho para lá, vejo um rapaz com um aspecto não muito recomendável, a fumar, sentado ao lado dela. Disse logo ao meu marido - "fica de olho nela", e fomos imediatamente dançar para o lado onde ela estava.
Já depois de termos saído da festa, o meu marido disse-me que o tal rapaz já tinha feito sinal a outro e apontado para a minha filha. O que isso quereria significar, não sei nem quero saber.