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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Velha rotina, novos hábitos

 

Manhã do primeiro dia de aulas:

O despertador toca às às 06.20h. Levanto-me, com pouca vontade. O meu marido continua na cama. A Tica, continua na cama. 

Está frio. Tenho que vestir um casaco, e abotoá-lo até ao pescoço, porque a Tica ficou em cima do roupão.

Puxo as persianas da janela da sala para cima, Abro as cortinas da janela da cozinha. Ainda é de noite! A Tica, que entretanto já se levantou, põe-se em cima da máquina de secar para que eu a leve à rua.

Estranha estar tão escuro lá fora. Não é costume. Vai ter que esperar que clareie, e não acha muita piada à ideia. Até porque o vaso da ervas também está no quintal e está na hora do pequeno almoço.

Pequeno almoço que, quanto a mim, parece que, a estas horas, nem cai bem. 

Tenho roupa para estender, mas não me apetece nada ir lá para fora quando ainda nem sequer amanheceu.

Às 7h, chamo a minha filha. Diz-me que parece que o tempo está cinzento. Está habituada a acordar depois de o sol nascer!

Vestimo-nos a pensar que o dia vai estar quente como ontem. Pura ilusão! Está nevoeiro e um ar gélido. Esperamos que o sol venha depressa, ou arriscamo-nos a piorar da constipação.

A caminho da escola, deparamo-nos com a fila de carros em hora de ponte! Que saudades que eu tinha destas confusões (claro que não)! O que vale é que vamos a pé. E até encontramos conhecidos pelo caminho.

A escola está cheia de crianças no átrio. A minha filha entra. Agora, com o novo sistema de cartões.

Vai para dentro e eu, com tempo de sobra, dirijo-me para o trabalho, onde devo chegar meia hora mais cedo. Mas também não valia a pena voltar a casa.

E assim regressámos à velha rotina, com alguns hábitos novos aos quais ainda nos estamos a tentar adaptar! 

Dar ou não luz verde aos filhos nas saídas da escola

Enquanto os nossos filhos estão na escola primária, e vão mantendo o mesmo horário de entrada e saída, é costume optarmos para que saiam da escola acompanhados por nós, ou por alguém da nossa confiança (familiar ou não). Até porque, nesta altura, ainda são muito novos.

Mas quando se faz a transição para o 2º ciclo do ensino básico, em que cada dia têm um horário diferente, diversas horas de entrada e saída, e a idade já é diferente, surge a questão:

Devemos optar por lhes dar livre trânsito, e confiar neles, ou será ainda cedo para que eles assumam essa responsabilidade?

Para aqueles alunos que têm que passar o dia na escola, porque só têm quem os vá buscar à hora da saída, no último tempo e que, inclusive, almoçam na escola, não faz sentido conceder livre trânsito.

Mas, se até morarem perto da escola, ou se tiverem familiares a morar perto da escola para onde eles possam ir, então devem considerar essa hipótese.

Não sei se as regras são iguais para todas as escolas mas, aqui onde a minha filha anda, quando não há uma aula porque o professor falta, têm que ficar na escola para ver se há professor para dar aula de compensação. E só se não houver, é que podem sair, desde que tenham cartão verde.

Isto evita que eles sejam obrigados a permanecer na escola até que alguém os vá buscar, mesmo que já não tenham aulas. 

Até porque poderá haver escolas mais seguras, com condições e actividades para os alunos estarem ocupados, e outras em que os alunos estarão melhor fora delas.

Cabe aos pais analisar a sua situação em particular, para tomar a melhor decisão, mas posso dizer que, no meu caso, o livre trânsito foi uma boa opção.