Blogmas - Dia 24 - Como preferem passar o Natal?
A) Na vossa casa
B) Em casa de familiares ou amigos
A) Na vossa terra
B) Viajar para outro destino
A) Com a família toda
B) A dois
c) Sozinho(a)
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A) Na vossa casa
B) Em casa de familiares ou amigos
A) Na vossa terra
B) Viajar para outro destino
A) Com a família toda
B) A dois
c) Sozinho(a)
Sónia Miranda é médica veterinária desde 1998, exercendo desde então clínica de animais de companhia.
É diretora clínica do Hospital Veterinário do Baixo Vouga (HVBV), responsável pela cirurgia de tecidos moles, ecografia e endoscopia, funções que exerce também na Policlínica Veterinária de Aveiro e no Hospital Veterinário Universitário de Coimbra (HVUC).
Com a sua família, vive a sua cadela Goya!
Inês Fonseca iniciou a sua atividade profissional como médica veterinária em 2005, no grupo Hospital Veterinário Baixo Vouga, em clínica de animais de companhia, onde se dedicou sobretudo às áreas de medicina interna, diagnóstico por imagem e cardiologia. Integrou, em outubro de 2014, a equipa do Hospital Veterinário Universitário de Coimbra e, mais recentemente, do Centro Veterinário de Berna, em Lisboa. É membro da SPCAV (Sociedade Portuguesa de Cardiologia Veterinária).
São elas as autoras do livro Cool Dog, um guia completo para quem tem ou quer ter um cão, dividido em 10 capítulos, que vai permitir aos donos acompanhar de modo informado as diversas fases da vida do seu cão, e ajudar a disfrutar do maravilhoso privilégio que é ter um cão como amigo e companheiro.
Sónia e Inês, agradeço desde já a vossa disponibilidade para participar na minha rubrica “À Conversa com…”.
Começo então por perguntar, como é que surgiu a ideia deste livro?
O convite surgiu da Leya, para elaborarmos um livro com informação clínica organizada e adequada ao público geral. Há muita informação sobre cães, mas o Cool Dog é uma compilação de várias temáticas relacionadas com o cão, na perspetiva de duas médicas veterinárias. Os conteúdos abordados, as opiniões, dicas e conselhos baseiam-se na nossa prática clínica diária, nas
questões colocadas pelos nossos clientes e nas suas dúvidas e inseguranças. Então, porque não reunir todos estes esclarecimentos e organizá-los de maneira a poder ser consultados em casa? Obviamente que sempre numa perspetiva clínica e não substituindo a ida à clínica veterinária. Este livro pretende ajudar o leitor a compreender melhor cada etapa da vida do seu melhor amigo e os cuidados a ter em cada uma delas.
Pela vossa experiência, enquanto veterinárias, consideram que as pessoas nem sempre estão bem informadas, ou preparadas para assumir a responsabilidade de ter um animal de estimação?
A falta de informação é um dos principais motivos para uma inadaptação e mesmo desilusão na adoção de um novo cachorro.
Ter um cão como parte integrante da família é uma experiência sensacional! Os cães são incomparáveis no que toca à sua devoção, lealdade e amizade incondicional ao Homem. Mas a decisão de adotar ou adquirir um companheiro de quatro patas deve ser bem ponderada e planeada. Falamos de vidas que merecem todo o nosso respeito e que para além da felicidade que geram em seu redor, exigem também responsabilidades, gastos, tempo e muita dedicação.
Antes de se levar um cão para casa deve-se fazer uma reflexão sobre o tema e deve haver um compromisso de proporcionar-lhe uma vida digna e feliz, tal como ele merece! A informação e a ponderação, em família, de todas as boas razões para querer ter um cão, confrontando-as com outros aspetos menos positivos. É fundamental que exista consenso familiar, que todos os membros da casa estejam motivados a receber o novo elemento e se comprometam a apoiar, contribuindo para a sua educação e bem-estar ao longo do tempo. Neste sentido, oferecer um cão a um amigo ou familiar, sem antes ter a certeza de que estes estão preparados para assumir essa responsabilidade é muito arriscado. A adoção ou aquisição de animais de companhia “por impulso” está totalmente desaconselhada e contribui, de certa forma, para que os casos de abandono se perpetuem. Ter um cão não é apenas um privilégio é uma responsabilidade.
Quais são os principais casos que vos costumam chegar às mãos? Doença, maus tratos, negligência?
Como trabalhamos em meio hospitalar, lidamos mais com patologias de animais geriátricos, problemas de medicina interna, acidentes, urgências e também com profilaxia. Mais raramente temos casos declarados de negligência ou maus tratos, temos sim alguns casos que poderiam ser evitados se o dono estivesse mais alertado para poder fazer a sua devida prevenção. No nosso guia por exemplo, são abordadas questões práticas, que visam a segurança dos animais em casa e em viagem, os principais cuidados de medicina preventiva e ainda um guia de primeiros socorros, que pretende alertar e preparar as pessoas, passo-a-passo para os principais perigos do dia-a-dia.
Existem pessoas que gostam verdadeiramente de animais e gostariam de ter um animal de estimação, ou já têm, mas nem sempre têm condições financeiras que permitam cuidar deles da melhor forma. Consideram que deveria haver mais incentivos/ benefícios para estas pessoas?
Gostaríamos de ver as entidades públicas com um papel mais efetivo e organizado nesta área. Seria interessante uma parceria eficaz entre municípios, associações de ajuda a animais abandonados e famílias carenciadas com real e desprendido interesse em ter um animal de estimação. Obviamente que os médicos veterinários que exercem na privada, numa situação organizada também poderiam participar, pois a maioria já o faz diretamente com estas associações.
É errado considerar um animal de estimação como um amigo, ou mesmo um membro da família?
Não só não é errado, como é natural que quem tenha um animal de estimação e que conviva com ele diariamente no seio da sua família, que desenvolva um afeto que possa ser equiparado a um membro da família, sem perjúrio para
todos os afetos nutridos entre os vários elementos desta família. Há espaço para relações entre pais e filhos e entre donos e animais de estimação.
As receitas do vosso livro revertem também para a Associação Beira Aguieira de Apoio ao Deficiente Visual que tem por objetivo promover o apoio e a integração social, cultural e profissional do deficiente visual, e que tem como principal resposta social a Educação de Cães-guia para Cegos. Os cães guia fazem mesmo a diferença na vida um invisual?
Reconhecendo a importância destes cães na sociedade, a venda do livro contribuirá para apoiar a ABAADV. Um cão de assistência, como é o caso do cão guia para cegos, pode ajudar estas pessoas a ultrapassar as barreiras sociais, mudando a perspetiva que a sociedade tem delas e até a perspetiva que os incapacitados têm sobre si próprios.
Como apaixonada por gatos que sou, e autora dos blogs “O Blog da Tica” (a minha gata) e “Clube de Gatos do Sapo Blogs” (dedicado a todos os felinos), não poderia deixar de perguntar: poderemos esperar para breve o livro Cool Cat?
Provavelmente sim. Após esta experiência positiva, temos vários projetos em mente e não podemos negar que o livro Cool Cat é um deles.
Mais uma vez, muito obrigada, e muito sucesso nas vossas carreiras!
Estamos na semana de Natal e, por isso mesmo, a rubrica "À Conversa com..." chega mais cedo.
É já amanhã, às 10 horas, que vou estar à conversa com Sónia Miranda e Inês Fonseca, autoras do livro Cool Dog.
Garanto-vos que foi uma das entrevistas que mais prazer me deu fazer, e espero que também gostem!
Ontem foi mais um dia bastante ocupado.
Levantámo-nos cedo, o meu marido para ir fazer exames, e eu para ir à cabeleireira.
Almoçámos e despachámo-nos depressa porque tínhamos que ir ao El Corte Inglés - o meu marido ia lá levantar o dorsal para a corrida de sábado. Pensámos nós que, saindo de casa cedo, também chegaríamos cedo. Até porque ia ajudar o meu marido num trabalho que ele tem que fazer.
Puro engano! Não sei o que se passa neste dias mas as filas de trânsito tem-nos dificultado a vida. Em plena tarde de um dia de semana, e de trabalho, uma viagem que deveria demorar 40 minutos levou cerca de duas horas! Já para não falar da confusão, dos disparates de alguns condutores, e da falta de civismo de outros. Já no estacionamento, e para garantir um lugar, tivemos que ir para o piso -4.
A esta altura já a minha filha e eu tínhamos o estômago a dar horas, o que nos fez ter que gastar dinheiro num lanche não previsto, no 7º piso. Os elevadores estavam a abarrotar, o que nos obrigou a ir encolhidos, que nem sardinha em lata.
Com tudo isto, e já com o dorsal na mão e a barriga aconchegada, regressámos a casa, onde chegámos às 19h, ou seja, uma tarde perdida.
Só lá tinha ido uma vez, há muitos anos, porque estacionámos lá para eu ir fazer um exame numa clínica próxima. Esta foi a segunda vez mas, sinceramente, não me convidem para ir ao El Corte Inglés. Prefiro mil vezes o Colombo, ou o Vasco da Gama, que têm menos confusão!
Não acho mal que se façam campanhas de solidariedade no Natal, mas experimentem fazê-las também, com maior frequência, ao longo de todo o ano.
Não é só no Natal que os sem abrigo precisam de uma refeição especial, roupa e calçado.
Não é só no Natal que as crianças precisam de brinquedos, e que as famílias mais carenciadas gostariam de dar presentes aos filhos.
Não é só no Natal que as mães com dificuldades financeiras precisam de apoio para ajudar a cuidar dos seus bebés.
Não é só no Natal que os diversos projectos educativos precisam de financiamento, e as instituições de ajuda.
E por aí fora...
Pode até ser que escolham esta altura do ano, pelo espírito solidário que a época evoca, ou pelo facto de as pessoas terem mais dinheiro, e que as angariações feitas agora durem até à mesma altura do ano seguinte, mas a ideia que fica é que só se lembram de quem precisa, e que essas pessoas existem, no Natal.