Vitória justa e mais que merecida!
Nem queria acreditar quando a Catarina abriu o envelope e mostrou o nome da Deolinda!
Depois de tanta polémica relacionada com as más escolhas dos mentores e votações do público, e quando já todos acreditávamos que o programa tinha sido planeado, desde o início, para a vitória do Pedro, por todos os motivos que já referi anteriormente, foi com uma enorme euforia e sentimento de que foi feita justiça, que celebrei a vitória da Deolinda.
Desde o dia em que a ouvi na prova cega, que disse que ela era o grande trunfo do Mickael, e uma séria candidata à vitória. O seu percurso foi sempre recheado de grande actuações, que lhe valeram a presença na grande final.
Tenho pena que ela, de facto, assente as suas escolhas musicais sempre dentro do mesmo estilo mas, ao contrário do que aconteceu na passada semana quando cantou com o Mickael, desta vez gostei muito de a ouvir cantar em português, com o David Carreira e o Pedro.
Se tivesse que escolher a melhor actuação da Deolinda em todo o programa seria, sem dúvida, a primeira actuação dela de ontem, com "I Will Always Love You" da Whitney Houston. Até me atrevo a dizer que, se a Whitney ainda estivesse entre nós, teria que ter cuidado com a Deolinda!
Quanto aos restantes concorrentes, e começando pela Sérgio que, para mim, deveria ter disputado a final com a Deolinda, esteve igualmente bem no seu registo lírico. Na sua primeira actuação, fiquei com aquela sensação que estava a assistir ao vivo a uma ópera.
Mas o que realmente gostei de ver foi o Sérgio sair do seu registo habitual e cantar num estilo totalmente diferente, da forma como o fez com o Rui Drumond, mostrando a sua versatilidade, e provando que tem uma vez espectacular.
O Pedro esteve, ontem, melhor que na gala passada. Gostei de o ouvir nas duas primeiras actuações. Não tem uma voz poderosa, mas consegue transmitir emoção enquanto canta. No entanto, quando passa das baladas para músicas mais ritmadas, em que também quer interagir com o público e dançar, as coisas não resultam tão bem. Não gostei muito de o ouvir cantar Goo Goo Dolls.
Pessoalmente, não tenho nada contra o Pedro, e ele não tem culpa de o público gostar e votar nele, e com isso o ter levado até à final. Assim como não tem culpa que o Anselmo, ao ver que o Pedro movia uma enorme legião de fãs, o tenha escolhido para ver se conseguia uma segunda vitória no The Voice Portugal. Mas gostei que tenha sido a Deolinda a levar a melhor, porque o merecia.
Quanto à Patrícia, esteve bem, mas talvez não consiga passar as emoções como os restantes, ou criar uma maior empatia com o público e, por isso, ficou em quarto lugar. Ao contrário do que disseram os mentores, fiquei com a sensação que a música Aleluya não a favorece muito. Gosto de a ouvir num tom mais grave e rouco.
Destaque ainda para as actuações de Ana Moura, David Carreira (eu nada semelhante ao irmão) e Rui Drumond, e para a belíssima música da Aurea, bem como o momento protagonizado por alguns concorrentes da equipa da Marisa no palco com os Amor Electro.
Pela negativa, destaco as várias gafes que os apresentadores cometeram.
Não sei se esta final foi melhor ou pior que a da edição anterior. A única que vi foi aquela em que ganhou o Denis Filipe, com o mentor Rui Reininho, e estava a torcer por ele.
Desta vez, queria que fosse a Deolinda e, para grande surpresa minha, foi ela a vencedora! Parabéns Deolinda!