Feita de Lua, dos Rua da Lua
Brevemente, a entrevista aos Rua da Lua, aqui no blog!
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Brevemente, a entrevista aos Rua da Lua, aqui no blog!
João Ferreira e Ricardo Gomes conheceram-se em 2011, quando entraram para a Universidade Lusíada, para estudarem Jazz. João, desde logo mostrou a Ricardo, a vontade de ter uma banda de rock, mas essa vontade só se viria a materializar em 2014, altura em que João começou a gravar algumas ideias que havia tido para temas da futura banda.
Para vocalista, convidaram André Peixoto, um vizinho amigo que já tinha cantado em algumas bandas. Chamaram também João Ferrão para o baixo, e David Rodrigues, um colega do curso de Jazz, para a bateria.
Com um álbum já escrito, a banda entrou em estúdio em 2015, para gravar o seu primeiro trabalho, que verá a luz do dia, na sua edição digital, em Junho deste ano.
O primeiro single retirado desse álbum é “Better Safe Than Sorry”, um tema que fala sobre a falta de confiança existente nas relações e eventual desilusão quando se tem uma perceção mais profunda da natureza do outro.
São eles os convidados de hoje da rubrica “À Conversa Com…”,a quem desde já agradeço pela disponibilidade!
Quem são os Crimson Hall?
Os Crimson Hall são um grupo de pessoas que procuravam um meio para canalizar as suas criações e, que dada esta necessidade, se juntaram para criar este veículo através do qual se podem expressar e falar sobre a sua visão do mundo.
Como é que surgiu este nome para a banda?
Haha... Curiosa essa pergunta... Bem foi um processo bastante complicado... Precisávamos de um nome para este projecto e pusémo-nos a pensar. Um de nós disse que para algumas pessoas a única forma de expressão artística era pintar uma parede, da sua casa, de vermelho... Aquilo ficou... Começámos a ponderar Crimson que é carmesim e Wall, parede, Crimson Wall soava bem, mas, numa busca pela net descobrimos que já existia... Ficámos desolados, entretanto de Crimson Wall a Crimson Hall foi uma evolução muito rápida! Hahaha!
Quais são as vossas principais influências a nível musical?
Acho que cada um tem as SUAS influências o André tem o Brit Pop nós temos o rock nas suas mais diferentes facetas e eu o Ricardo e o David estudámos jazz.
Porém, na minha opinião, é essa variedade que gera o nosso som. Obviamente temos referências que enquanto banda são conceptualmente importantes como Queens Of The Stone Age, Foo Fighters, The Strokes, Faith no More, Ornatos Violeta, entre outras....
Os Crimson Hall são, essencialmente, uma banda de rock?
Sim! Totalmente! Agora dentro do rock podemos ir a zonas diferentes, por exemplo com o single Better Safe Than Sorry estamos mais numa área rock americano, mas, por exemplo o nosso próximo single que sairá aquando do lançamento do disco tem uma componente mais pop rock algures entre a "balada" e a canção rock mais friendly. E o disco mostrará mais facetas nossas ainda por descobrir, é um disco que claramente terá três ou quatro ambientes diferentes nas canções que acabarão por nos definir enquanto grupo.
Alguns de vocês conheceram-se na Universidade Lusíada, onde estudavam jazz. Até que ponto o jazz e o rock podem interligar-se?
Sim! No nosso caso na atitude performativa. Sendo a improvisação a característica mais vincada do jazz, nos Crimson Hall é sempre reservado um espaço para a criatividade momentânea na altura da performance dos nossos temas. E isto manifesta-se de diferentes maneiras na forma como damos vida aos temas em determinada altura, pelo que estes nunca soarão 100% iguais em concertos, vai sempre haver aquele detalhe que variará consoante o que sentimos nesse dia. Obviamente neste tipo de grupo a caixa dentro da qual cada um se move é menor do que seria num contexto puramente improvisacional. Outra coisa que o facto de estudarmos jazz nos trouxe e que usamos activamente na construção da nossa música são as opções, talvez técnicas, mais variadas que pomos ao serviço do nosso trabalho.
No passado dia 22 de Abril lançaram, nas plataformas digitais, o primeiro single daquele que será o vosso álbum de estreia, intitulado “Better Safe Than Sorry”, um tema que fala sobre a falta de confiança nas relações e eventual desilusão. Na vossa relação enquanto banda, também preferem jogar pelo seguro, para não terem surpresas inesperadas e pouco desejadas, ou gostam de arriscar?
Normalmente nós só tomamos riscos calculados, no seio do nosso projecto tudo foi clarificado desde início, todos sabem o seu papel e todos têm uma noção bastante clara do que devem dar à banda e do que a banda lhes poderá dar de volta, os sacrifícios e benefícios são divididos. Por isso acho que a expressão "Better Safe Than Sorry" se aplica aqui. Depois de tudo isto definido e interiorizado podemos só usufruir da música que fazemos e da amizade que nos liga.
Os vossos temas são todos em inglês, ou haverá músicas cantadas também na nossa língua?
Para já nesta fase e neste disco é tudo inglês mas temos o maior respeito pela nossa língua e adoramos vários artistas que se expressam em português, pelo que não pomos de parte gravar coisas em português.
O lançamento do álbum de estreia está previsto para Junho deste ano, em formato digital. Quais são as vossas expectativas relativamente ao vosso primeiro trabalho enquanto banda?
O que realmente desejamos é que a nossa música chegue ao maior número de pessoas possível, para que elas possam decidir se gostam de nós ou não, se não chegar até elas nunca saberemos se lhes agradamos ou não... E também tocar a nossa música, o mais possível, para toda a gente.
Já têm algumas atuações agendadas, ou preferem aguardar pela chegada do álbum?
Sim! Tivemos 5 de Maio concerto de apresentação do single no Popular Alvalade e dia 7 de Maio um showcase no Clube Knock Out.
Muito obrigada!
Saibam mais em https://www.facebook.com/crimsonhallband/
Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens.
A edição de ontem do programa "E Se Fosse Consigo" falou-nos de violência no namoro.
As vítimas eram, quase sempre, jovens adolescentes mulheres, tal como aconteceu na cena simulada.
E eu começo a ter que dar razão, quando afirmam que o programa é tendencioso. Porquê?
Porque este problema da violência no namoro não é exclusivo do sexo feminino.
Existem muitos rapazes que também são vítimas de violência por parte das suas namoradas. Não têm, também eles, direito a protecção, a defesa, a dar o testemunho da sua experiência?
Gostava que essa outra face da moeda tivesse sido mostrada, falada, discutida. Gostava de ter visto uma simulação inversa, e perceber até que ponto haveria alguém pronto a defender um rapaz que estivesse a passar pela mesma situação daquela rapariga.
Até que ponto haveria alguém que percebesse que o sexo masculino nem sempre é o vilão, e que um rapaz/homem também pode sofrer tanto ou mais nas mãos de uma mulher, que uma mulher nas suas mãos...