À Conversa com os Rua da Lua
Fazem parte da “Rua da Lua”, Carlos Lopes, Tiago Oliveira, Manú Teixeira, Rui Silva e Tatiana Pinto.
Entre estes “moradores”, desde logo se estabeleceu uma química que os uniu, e que lhes proporcionou a inspiração para começarem a elaborar as suas composições originais.
São quatro instrumentistas de Acordeão, Guitarra Clássica, Contrabaixo e Percussão, a que se juntou uma cantora algarvia, e todos eles têm diversas proveniências musicais, desde música clássica à mais tradicional, passando também pelo fado.
Dizem eles que, na Rua da Lua, “as histórias são terrenas, quotidianas, evocam memórias e futuro, fazem a leitura de modos de estar e sentir, que se materializam quando cantados e aplaudidos por quem ouve”.
O CD de estreia “Rua da Lua”, inclui nove temas originais e ainda duas versões de temas bem conhecidos da música portuguesa.
Os “Rua da Lua” aceitaram participar nesta rubrica, e vêm falar um pouco mais sobre o seu projeto e o primeiro CD da banda.
Quem são os Rua da Lua?
A Rua da Lua é composta por 5 elementos: Tatiana Carmo (voz), Rui Silva (contrabaixo), Manu Teixeira (percussão), Carlos Lopes (acordeon) e Tiago Oliveira (guitarra).
Como é que surgiu a ideia de formar esta banda?
A banda surgiu do encontro de músicos de várias áreas e influências (fado, jazz, música tradicional portuguesa, entre outras), procurando solidificar e afirmar uma sonoridade original e de cariz acústica e portuguesa.
Foi também importante uma série de concertos que fizemos em 2009\10, em que suportavamos musicalmente uma companhia de bailado contemporâneo, permitindo apurar o conceito instrumentistico e a presente linguagem do grupo.
Porquê Rua da Lua para nome da banda?
A rua porque é um local de passagem, de influências várias, de muitas músicas. A lua porque é sinal de sonho, de inspiração, de magnetismo e misticismo. Tudo isso e mais faz a Rua da Lua. E também porque existe uma rua em Sintra com esse nome, no fundo também representa de onde somos, da região de Sintra, da região saloia!
Como caracterizam o vosso estilo musical?
É sobretudo acústico, com alguma carga dramática e mística, típica do povo português. Mas isso depois o público é que decidirá onde nos enquadrar.
Rua da Lua é também o nome do vosso primeiro trabalho. Sobre o que nos fala?
Fala-nos de diversas histórias e vivências comuns; amores e desamores, encontros e desencontros, mas sempre com a preocupação pela língua portuguesa e pelo gosto pelas boas canções. De realçar o excelente trabalho da letrista que também deu rumo e poemas ao grupo, a Eugênia Ávila Ramos.
Consideram que há espaço no panorama musical português para projetos como o vosso, ou ainda faltam oportunidades?
Há espaço sim, mas temos sempre de ser capazes de nos superar e também criar as nossas oportunidades. O mercado, a música e a indústria musical em Portugal mudaram muito nos últimos 15 anos. Hoje há muita oferta, muitos discos e por vezes isso facilita a promoção e divulgação dos grupos e da arte. Contudo, também tem as suas desvantagens, às vezes o excesso de informação torna difuso e difícil o caminho de um grupo.
Teremos de ser capazes de ir criando o nosso espaço em Portugal mas também além fronteiras.
Que feedback têm recebido por parte do público?
O feedback tem sido excelente! As pessoas têm gostado dos concertos e do disco. Acham interessante a mistura de influências, os arranjos e a envolvência que procuramos criar nos concertos.
Quais são os vossos planos para este ano? Que objectivo gostariam de ver concretizado?
Os objectivos passam por promover e dar a conhecer o disco e o grupo ao maior número de pessoas possível. Também a realização de concertos e eventos ao vivo são importantes para dar a conhecer o grupo.
Outro objectivo importante e que já estamos a trabalhar nele, é a pré produção de um novo disco. Mesmo com este disco acabado de ser editado, é sempre bom pensar o futuro e ir trabalhando em novas ideias!
Muito obrigada!