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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

RX - Sofia Margarida

 
 
 
Considera-se mulher mas, por outro lado, muito menina. E mimada.
Tem como paixões os números, ou não fosse ela formada em contabilidade e gestão financeira, e os trabalhos manuais em feltro como, certamente, já tiveram oportunidade de ver no seu blog!
Adora animais, principalmente cães, e afirma que, se não tivesse escolhido Contabilidade, poderia ter ido para Medicina Veterinária.
É a Sofia Margarida que vai hoje passar pelo RX:
 
 
 
 
 
Culinária - Aprendi tarde a cozinhar, mas gosto muito do prazer de cozinhar e descobrir! Gosto de ir petiscando tudo antes de estar pronto, gosto de arriscar, gosto de cozinhar com calma, gosto de cozinhar para amigos e familiares, não gosto de cozinhar só para mim...

Sonhos - Sou muito familiar, sonho em constituir família, em ter a minha casa de sonho, o meu atelier, uma casa cheia, cheia de animais.. Mas adorava ter possibilidades de conhecer o mundo, viajar é um sonho que me faz suspirar!
 
Mãos - trabalhadoras! É assim que me costumam chamar... São fundamentais para realizar a minha paixão, a costura em feltro.
 
Contabilidade - a minha área. Adoro tanto números como adoro as linhas e os feltros. Áreas distintas mas que me dão imenso prazer e me equilibram, de um lado a lógica do outro lado a criatividade.
 
Cães - O meu "ponto fraco". Não posso ver um e não correr atrás para lhe fazer festas, ou para me derreter por completo. Sou mesmo doente por cães. A situação mais engraçada que já tive foi enquanto estudava e vivia numa casa alugada e trouxe da rua três cães abandonados por caçadores, a minha senhoria ameaçou expulsar-me quando lá foi e viu a quantidade de "inquilinos" novos que tinha  em casa. Eu avisei-a que assim íamos ficar os quatro desalojados e ela teve pena (não sei se de nós, se da renda que recebia por mês) e lá continuámos graças ao apoio dos meus colegas de universidade que me ajudavam a alimentá-los e a tratar deles. Eu tive de sair de casa, mas não tive possibilidades de os trazer comigo, mas com tanta insistência, a minha senhoria deixou-os ficar e eles ficaram a cargo dos próximos estudantes que lá ficaram, e pelo que sei até agora sempre foram bem tratados!
 
Fadas - São os seres sobrenaturais que mais adoro, carregam uma energia boa, amável, brincalhona...
 
União - Algo que prezo muito. Não encontro algo mais bonito. União, companheirismo, cumplicidade entre todos. Acho que é um dos factores mais importantes e que tanto nos falta.
 
Chocolate - (já me estou a babar) Não posso ouvir falar em chocolate. Sou perdida de amores, seja preto, castanho, branco, com frutas, sem frutas...  aiiii!!
 
Livros - uma paixão descoberta recentemente. Graças às minhas queridas do Clube das Pistosgas que Lêem, aprendi o que era o prazer da leitura. e a elas agradeço isso. Gosto de ler um pouco de tudo, pois ainda me estou a descobrir no meio dos livros.
 
Criança - Algo que quero continuar a ser - uma criança por dentro. Também é a pensar nelas e para elas que faço a maioria dos meus trabalhos.
 
 
 
Muito obrigada, Sofia!

 

Masterchef Júnior - o episódio mais esperado de sempre!

 

 

Como estava prometido, ontem pudemos assistir à prova de repescagem, que permitiria a entrada a dois ex concorrentes. Tive pena de a Carolina e o Pedro Jorge ficarem em pares diferentes, o que significava que, entrando novamente o Pedro Jorge, a Carolina ficaria de fora. E talvez merecesse mais que a Gabriela. Mas isto é apenas a minha opinião pessoal, claro.

 

 

 

Tudo começou com um belo passeio até Alcobaça, e uma visita guiada ao Mosteiro de Alcobaça. Naquele dia, os mini chefs estavam de folga!

 

 

 

Acho espectacular a forma como o Manuel Luís Goucha lida com estes miúdos, e o conhecimento que lhes transmite em cada episódio. Foi, sem dúvida, o melhor guia que poderiam ter!

 

 

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Vestidos a rigor, pareciam pequenos príncipes e princesas, mas o meu destaque vai mesmo para a pequena Leonor, que estava linda e parecia mesmo da realeza. É uma miúda mesmo querida, linda e muito talentosa, pelo que disse o tio Manuel, no final, sobre ela. 

 

 

 

A prova de repescagem consistia em cada par cozinhar um determinado prato, e o par que cozinhasse o melhor voltava a entrar. O menu seria servido aos mini chefs, aos jurados, e a 4 convidados especiais, entre eles Ana Sofia, Diogo Amaral, Sílvia Rizzo, e o Presidente da Câmara de Alcobaça.

E, terá sido impressão minha, ou os convidados estavam ali demasiado sisudos e sérios no meio daquelas crianças, como se preferise estarnoutro sítio qualquer menos ali?

 

 

 

Terminado o banquete, e escolhido o prato vencedor - a sobremesa - confeccionada pelo Pedro Jorge e Gabriela, estava de volta ao programa aquele que tanta tinta, e lágrimas, fez correr ao longo da semana, com a sua saída inesperada.

 

 

 

Mas, enquanto o Pedro Jorge estava feliz pelo regresso, o Gonçalo disse adeus ao programa e à tão desejada vitória, juntamente com a Leonor.

Tive pena que a Leonor tivesse saído, mas penso que foi justo, uma vez que existem concorrentes mais fortes. Já em relação ao Gonçalo, lamento mas gostei que tenha ficado por aqui. Por muito conhecimento que tenha, e use termos pomposos, falta-lhe colocar isso na prática, falta-lhe humildade, espírito de equipa, camaradagem. Como disseram os jurados, ele acha-se (ou fizeram com que ele se achasse) tão bom, e tem tanta ânsia de o provar e fazer pratos tão elaborados, que acaba por se esbarrar.

Nem sei como é que ele ontem conseguiu elogiar um prato de um colega - a lasanha do João Mata - e parece-me que também a entrada do banquete. Até fiquei parva! Querem ver que o miúdo está a mudar?

Não está. E a prova disso veio no final quando, depois de os jurados criticarem o seu prato, diz que espera que os pratos dos colegas estejam ruins, e quando afirma que tem pena de sair porque gostava de chegar à final com o Tomás, mas ser ele a ganhar, claro!

 

Hoje, a opinião é unânime e quase todos os espectadores estam duplamente felizes: pela tão aguardada saída do Gonçalo, e pelo tão aguardado regresso do Pedro Jorge. 

E o episódio de ontem terá sido, provavelmente, o melhor e mais esperado de sempre!

 

Imagens http://www.tvi.iol.pt/masterchef/

Quem tem boca vai a Roma, de Rosana Antonio

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"Quem tem boca vai a Roma", costuma-se dizer. Que é como quem diz, quem quer uma determinada coisa, deve ir à luta para consegui-la, e não ficar à espera que ela aconteça por obra do destino.

No caso deste livro, este ditado pode quase ser aplicado à letra, já que todas as histórias falam de alguém que, num determinado momento da sua vida, quiseram deixar os seus países de origem, rumo a Itália, e acabaram por ir para a Roma!

Os motivos que levaram nove personagens diferentes até esta cidade, são os mais variados, mas todos têm um ponto comum: mudar de vida.

Algumas histórias acabam bem. Outras, nem por isso.

Em algumas, Roma acaba por ser apenas um ponto de passagem durante alguns anos, findos os quais o regresso à terra natal, ou a partida para outro destino, se torna inevitável.  

Ao longo deste livro, o leitor ficará a conhecer um pouco das histórias de Raquel, uma brasileira do interior de Minas; Catarina e Manuel, ela oriunda da Guiné Bissau e ele de Portugal; Natali, venezuelana, e Olivier, da Eslováquia; Alice, uma jovem brasileira do Paraná; Sofia; Denise; Ruth, uma colombiana; Edna, de Lençóis; e Rosana, a autora do livro.

E, independentemente do desfecho de cada história, e do possível arrependimento pela decisão tomada, nenhuma destas pessoas seria a mesma, e saberia o que o destino lhes havia guardado, se não tivessem tentado.

Afinal, quem não arrisca e se mantém na sua zona de conforto pode estar mais seguro, mas também nunca saberá o que haveria além daquilo que tem e vive.

 

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Também esta obra mantém a característica de ser bilingue, contendo as histórias contadas em italiano! 

Filhos da Mãe, de Rosana Antonio

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Mais um livro acabadinho de ler - Filhos da Mãe, de Rosana Antonio.

infelizmente,existem muitos "filhos da mãe" por este mundo fora, não só entre portugueses e brasileiros, mas mesmo entre povos de outras nacionalidades e, até mesmo, no mesmo povo. 

Como se costuma dizer, "anda meio mundo a tramar outro meio".

No entanto, é especificamente sobre estes dois povos - português e brasileiro - que a autora se focou, em mais um livro dividido em duas partes.

De um lado, 5 histórias de portugueses que viveram na pele o preconceito do povo brasileiro, a discriminação, as dificuldades de integração e aceitação.

Desde uma situação grave de bullying que vitimou uma jovem estudante portuguesa, a uma cilada armada pelo futuro cunhado a um português, com consequências graves, só para evitar o casamento dele com a irmã, ou ainda a um preconceito de parte a parte, que consegue ser ainda mais forte que a eventual homofobia que os dois apaixonados da história pudessem sofrer, podemos encontrar um pouco de tudo nestas primeiras histórias.

 

 

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Virando o livro ao contrário, encontramos então 5 histórias sobre o preconceito sofrido pelos brasileiros em terras lusas, sobretudo contra as mulheres brasileiras.

É sabido que os homens conseguem, por vezes, ter atitudes machistas para com as mulheres, e que as próprias mulheres, muitas vezes, se tentam tramar umas às outras por inveja ou qualquer outro motivo. Aqui neste livro, podemos ver como isso se aplica também às mulheres brasileiras, que são muitas vezes tratadas como prostitutas ao serviço de qualquer um. 

Desde histórias de terror com taxistas portugueses, a um episódio que levou mesmo a uma acusação por homicídio e pena de prisão, podem encontrar nesta obra um pouco de tudo.

 

Em todas estas histórias existem personagens que se fingem amigas ou que até, num determinado momento, o são, mas que aproveitam a primeira oportunidade para rebaixar e hostilizar, fazer mal, tramar, incriminar e sabe-se lá que mais, simplesmente porque não gostam dos outros devido às suas origens.

São mentalidades nem sempre fáceis de mudar, principalmente, quando essa discriminação lhes foi incutida pelos pais e gerações anteriores, estando já demasiado enraizada.

Aqui em portugal, por exemplo, é muito frequente termos este tipo de atitudes não só contra os brasileiros, mas também com outros povos que nos chegam, como ucranianos, moldavos, africanos e chineses. É também já bem conhecida a aversão dos portugueses pela etnia cigana.

Há uns tempos atrás escrevi um artigo sobre o multiculturalismo em Portugal, que mostra como ainda é difícil para um povo aceitar alguém de fora no seu país - multiculturalismo em Portugal

Este livro é mais uma prova disso.