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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O Dr. Palhaço - Fernando Terra

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Como já aqui contei, há uns anos atrás a minha filha teve que ficar internada no hospital de Torres Vedras, devido a uma doença que, até esse momento, nunca tinha ouvido falar - Púrpura de Henoch Schonlein.

Apesar de não ser nada de grave, ficou no hospital cerca de uma semana, num quarto isolado, onde estava sozinha. Como se isso não bastasse, só se podia levantar para ir à casa de banho. O resto do tempo, tinha que estar deitada na cama. Até mesmo para comer. Isto porque o único tratamento, para além de medicação para as dores, era descanso absoluto.

E assim passámos ali as duas os dias, tendo como entretimento a televisão, livros para ler, o Magalhães dela, que só podia usar alguns minutos de cada vez, e os estudos, para não perder o ano.

Ela brincava e dizia que estava num hotel de 5 estrelas. E, de facto, a sua situação era melhor que muitos casos que vemos por esses hospitais fora. Mas, ainda assim, não deixaram de ser dias monótonos, em que teria sabido bem uma visita de uns senhores de bata branca e nariz vermelho, mais conhecidos por Drs. Palhaços!

 

Fernando Terra, autor do livro "O Dr. Palhaço" e também ele um desses doutores quis mostrar, através deste livro, como é um dia na vida de um doutor-palhaço, e como é que estes profissionais lidam com todos os pacientes que visitam, e gerem as emoções que determinadas situações lhes despertam.

Esta obra conta com uma introdução escrita por Michael Christensen, o primeiro Doutor Palhaço do mundo, e director do Big Apple Circus Clown Care Unit, em Nova York.

Após uma primeira parte do livro, a título de pequena autobiografia do autor, Fernando Terra passa então a descrever um dia de trabalho no hospital, com a sua parceira.

Neste livro ficarão a saber que, para se ser palhaço, neste caso doutor-palhaço, não basta contar umas piadas, ter umas roupas engraçadas ou fazer truques. É um trabalho mais difícil do que possam imaginar, mas não se pode negar que, na maioria das vezes, muito compensador e gratificante.

Se têm curiosidade em conhecer melhor este mundo, e saber, por exemplo, porque é que:

 

- os doutores-palhaços têm que fazer uma espécie de aquecimento antes de iniciarem a sua missão

- é de extrema importância a relação entre estes profissionais e médicos e enfermeiros, e a informação que lhes é transmitida sobre cada um dos doentes 

- o primeiro quarto a ser visitado é sempre o último da lista

- algumas frases são proibidas ao lidar com os pacientes

- o improviso é uma valiosa ferramenta

- os doutores-palhaços trabalham em duplas

 

não deixem de ler este livro, que desvenda estes e outros segredos e curiosidades sobre um trabalho que nos é cada vez mais familiar. 

 

 

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A segunda edição vem em formato bilingue, podendo os leitores optar pela metade escrita em português, ou pela metade escrita em inglês.

 

Estou rodeada de malucos!

 

Estou sentada na sala de espera, a tentar entreter-me com alguma coisa enquanto não sou chamada, quando se senta um homem ao meu lado. Tem ar de hippie.

Ao fim de uns minutos, oiço rir. Olho para o lado, e vejo que é o dito homem que está a rir sozinho, soltando uma gargalhada de vez em quando, vá-se lá saber porquê!

 

Ontem recebi um email a pedir o meu contacto telefónico. Envio pela mesma via, e vou à minha vida. Umas horas depois, vejo que tenho um novo email, a perguntar se me podem ligar. Digo que sim, embora já vá com algum atraso. Respondem novamente por email, a dizer que só podem ligar a partir das tantas horas. Volto a responder que não há problema. Não recebo nenhuma chamada.

Hoje, a seguir ao almoço, tenho mais um email a perguntar se podia ligar. Volto a responder que sim. Ninguém liga!

Só podem estar a gozar com a minha cara! Não era mais fácil ligarem-me logo de uma vez, se querem falar comigo?!

 

Ultimamente tenho a sensação de que só lido com malucos. Daqui a pouco, sou eu que fico louca. (ainda mais!)