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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Aqui em Mafra chove!

 

O dia hoje amanheceu chuvoso aqui por Mafra!

Já estamos habituados :) 

Agosto sem dias de chuva não é Agosto. Já assim era nos tempos em que era miúda, e ia para a praia com o meu pai, muitas vezes com chuva, outras com trovoada. 

Diz quem estava acordado que, esta madrugada, já caía a chuva miudinha que, ainda assim, foi suficiente para fazer ouvir as gotas a pingar dos telhados.

Quando vim para o trabalho, continuava miudinha, mas molhava. Ao almoço, o sol já espreitava mas voltou a recolher, e mais uns pingos caíram.

Diz o meu marido que no Estoril está céu limpo e calor!

 

Mafra é mesmo um mundo à parte, e com um microclima muito próprio!

Coisas que me deixam feliz

 

Ver a minha mãe pegar num livro, ao fim de vários anos sem tocar neles, e chegar ao fim de meia dúzia de horas com ele nas mãos e já ir a meio!

É certo que o livro é pequeno e de rápida leitura. É certo que ela tem uma motivação extra para o ler porque, afinal, é o livro da sua filha.

Mas, ainda assim, nunca esperei! 

Quem sabe o bichinho da leitura não volta a despertar dentro de si:)

 

Ver o meu pai surpreendido, porque não imaginava a quantidade de projectos em que a filha estava envolvida, nem tão pouco que andava a escrever livros.

E vê-lo feliz com as minhas conquistas, ao mesmo tempo que recorda e partilha as dificuldades por que passou quando editou o seu livro e o tentou distribuir pelo país fora, com uma sacola de livros às costas, a correr as livrarias, com uma sandes para matar a fome durante o dia, à boleia porque não havia dinheiro, cansado e desanimado porque todos lhe diziam que, como não era conhecido, não conseguiriam vender-lhe o livro, e a ter muitas vezes que tirar dinheiro do ordenado para pagar o investimento que tinha feito em vão. Depois disso, confessou-me agora, acabou por deitar fora o esboço de outro livro que estava a escrever.

Hoje existem outros meios, outras facilidades. Talvez hoje, o seu livro tivesse mais sucesso. Mas penso que tanto para ele, como para mim, o mais importante é termos gosto naquilo que fazemos, mesmo que sejam os familiares e amigos os únicos a apoiar!