Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

À Conversa com Marta Sousa

 

 

Marta Sousa estudou gestão de ambiente e, posteriormente, tradução de inglês e francês na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Apaixonada desde sempre pela leitura, sentiu a necessidade de conhecer e reconhecer novos autores lusófonos, decidindo produzir e editar, durante 3 anos, a Revista Escrita Criativa (posteriormente Sonho de Escrever), um conceito que considerou fazer falta em Portugal, e que já existia em outros países.

Através desta revista, deu a conhecer vários autores, bem como espetáculos em Portugal e no Brasil.

Este ano, Marta Sousa editou o seu primeiro livro "Caminhos Controversos", e para nos falar um pouco mais sobre ele, aceitou o convite para estar aqui na rubrica "À Conversa com..." desta semana.

Espero que gostem!

 

 

 

Quem é a Marta Sousa?

Boa pergunta. Eu vejo-me como uma pessoa comum, atenta a questões sociais e ecológicas mas calma, sossegada e que segue os seus sonhos ao seu ritmo.

 

Quando é que descobriu o gosto pela escrita?

Desde nova que gosto de inventar histórias, desde que brincava com a minha irmã em minha casa re-inventava as histórias das novelas e desenhos animados que víamos e brincávamos seguindo o guião da minha história. A escrita veio muito depois, quando era adolescente e os meus sentimentos transbordavam e então via na escrita como um meio de os acalmar.

 

A Marta produziu e foi editora, durante 3 anos, da Revista Escrita Criativa (posteriormente Sonho de Escrever). Considera que ainda faz falta, na atualidade, uma maior divulgação dos nossos autores ainda desconhecidos do público?

Sim, claro que sim. Embora, atualmente, já haja uma maior abertura aos livros de autores lusófonos, ainda considero que faz falta uma revista ou um meio que dê a conhecer os novos livros que todos os dias chegam às nossas livrarias., de forma a que, deixem os leitores escolherem qual o livro que mais gostam, para uma compra mais consciente. Sendo que este meio de divulgação deverá ser igual para autores conhecidos e desconhecidos. Afinal de contas, é estranho para um autor desconhecido ter muitas vendas, o leitor tem que conhecer a sua forma de escrever e as suas histórias para o seu interesse despertar e, aí sim, este autor ter boas vendas. Os autores que não são figuras públicas tem uma grande dificuldade no início por esta razão.

 

Na sua opinião, os leitores estão hoje mais abertos a novos autores ou continuam a preferir aqueles que já conhecem e gostam?

Acho que cada vez mais os leitores estão mais abertos e recetivos aos autores lusófonos mas, claro, que ainda tem reticências aos novos autores, o que é natural, preferindo os autores já conhecidos.

 

Quais são as suas principais referências a nível literário?

Neste livro, não posso dizer que segui nenhuma referência literária intencionalmente. No entanto, os meus autores portugueses preferidos são Camilo Castelo Branco e Júlio Dinis que também tem histórias com personagens simples, de forma semelhante às personagens do meu livro. Também gosto imenso dos livros de Jane Austen e de autoras estrangeiras atuais como Sherrilyon Kenyon e Colleen McCoullough.

 

Que qualidades ou considera mais necessárias para quem se quer aventurar no mundo da escrita?

A principal e fundamental qualidade necessária para quem se quer aventurar no mundo da escrita é o amor pela escrita. Escrever sempre e tudo que sinta, ou veja, ou tudo que pensa. Depois desenvolve-se as outras qualidades necessárias, seja por aprendizagem autónoma, ou em cursos e/ou com auxilio de outras pessoas.

 

 

 

“Caminhos Controversos”é o seu primeiro livro. Que críticas tem recebido por parte dos leitores?

Até o momento as críticas têm sido bastante positivas. A história é bastante simples e leve e fácil de ler, excelente para arrancar alguns sorrisos ao leitor.

 

Na sua opinião, os caminhos controversos fazem parte integrante das nossas vidas e fazem-nos valorizar mais o que alcançamos ao percorrê-los, ou seriam dispensáveis?

Na minha opinião, os caminhos controversos fazem parte integrante da nossa vida e ajudam-nos a evoluir a cada dificuldade superada tornando-a uma lição aprendida. É uma das mensagens que espero transmitir no meu livro. E é assim que vejo a vida.

 

Se pudesse escolher um(a) autor(a) que tenha lançado recentemente o seu primeiro livro, para recomendar aos seus leitores, quem seria?

Infelizmente, depois de terminar a revista não tenho tido muitas informações de novos autores. Mas não me esqueço dos autores que escreveram para a revista constantemente como Ana Maria Teixeira, Lucília Guimarães e Diogo Canudo, entre outros. Tenho seguido alguns autores, como por exemplo, Raul Minh´Alma, que recentemente lançou o seu livro Fome também pela Chiado Editora. Fora este, conheço outros autores que ainda não se aventuraram na publicação de livros mas que quando publicarem os seus livros terei todo o gosto em ajudar na divulgação. Acredito que cada escritor tem uma forma diferente de escrever e de tocar o coração dos leitores e, por isso, a competição é uma mera ilusão.

 

Vamos poder contar com mais obras assinadas pela Marta Sousa no futuro?

Gostaria muito mas ainda não está nada certo.

 

Muito obrigada, Marta!

Obrigada pela entrevista e votos de sucesso para o seu Blog!

 

 

Esta conversa teve o apoio da Chiado Editora, que estabeleceu a ponte entre a autora e este cantinho.