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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A primeira reunião deste ano lectivo

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Conclusões retiradas desta primeira reunião de ano lectivo:

 

1 - A escola, para variar, está sobrelotada - temos 46 turmas de 30 alunos cada, quando a escola só está preparada para 40 turmas. Não sei se a culpa é da falta de utilização das alternativas - Colégio Miramar e Santo André, ou se o número de estudantes residentes em Mafra aumentou assim tanto.

 

2 - Em consequência desse sobrelotamento, os horários estão piores (ainda que o desta turma até seja dos piores), as horas de saída são mais tardias, e têm intervalos grandes entre disciplinas.

 

3 - Temos más instalações para as necessidades dos alunos, e as auxiliares não ajudam em nada - não existem espaços onde eles possam estar a brincar, a não ser no exterior que, nos dias de chuva não serve, e ninguém pode andar pelos corredores, o que significa que ninguém tem acesso, nos intervalos, aos cacifos nem às casas-de-banho. As auxiliares só deixam os alunos irem aos cacifos quando toca, o que pode levar os alunos a atrasos. As casas de banho disponíveis, ao pé do bar, são poucas para tantos alunos.

 

4 - Os professores pedem desculpa por mandar trabalhos de casa, porque até nem são muito apologistas dos TPC's, mas alegam que tem que ser. Há pais que se queixam da quantidade de trabalhos que os filhos levam para casa, depois de um dia preenchido de aulas, outros que acham bem que os professores mandem trabalhos, e há ainda os que aplaudem e que acham que eles têm mais que tempo para os fazer.

 

5 - A turma, ainda que diferente da dos anos anteriores, continua a ser conversadora. Os professores queixam-se que eles chegam à sala de aula agitados, e que demoram cerca de 20 minutos para que eles entrem,se sentem e se calem. E que alguns alunos gostam de opinar sobre tudo, e não têm paciência para esperar que os professores terminem de falar.

 

6 - Há a questão de agora é verão, está calor, e é complicado para os alunos estarem tantas horas naquelas salas a levar com o sol, e que depois, no inverno, para além de estarem fechados nas salas de aula são obrigados a estar fechados na escola, sem poder gastar energias, pelo que é normal que isso se reflita nas aulas, e no pouco interesse e concentração ao fim de algumas horas. 

 

7 - Alguns pais mostraram-se preocupados com a possibilidade de marcação de mais que um teste por dia, ou testes todos os dias da semana.

 

8 - Falou-se da má qualidade da comida no refeitório, que pode não ser uma questão de qualidade, mas uma questão de não estarem habituados a comida saudável, e menos condimentada, apesar de todos sabermos que comida pré-fabricada em doses industriais não é a mesma coisa que o almoço que a mãe ou a avó faz.

 

9- Gostei da directora de turma - correcta, acessível, determinada, sem manias, simpática e, muito importante, consegue fazer-se ouvir por cima das vozes dos pais!

 

 

O momento alto da reunião foi proporcionado por um pai que não se fez de rogado, e disse a todos os outros que não vale a pena estar a discutir coisas que não têm solução, que já todos conhecemos e não são novidade, e que não vale a pena estar a arranjar desculpas para os filhos, porque já todos nós fomos alunos também, e já passámos por isso, logo, só têm é que aguentar! E que têm que aprender a comportar-se, e que a educação já vem de casa. A isto se juntou o meu marido! Eu até sugeri formarem um movimento!

Isto faz-me lembrar aquelas pessoas que dizem "ah e tal, no meu tempo comíamos sopas de cavalo cansado ao pequeno-almoço, e não morremos por isso" e outras expressões do género.

Sim, eu já fui aluna, e tive que aguentar o que me estava destinado, sem reclamar. Mas não quer dizer que fosse bom. Não quer dizer que não possa mudar.

Só porque as coisas aconteceram de uma determinada forma connosco, não significa que fosse a mais correcta. E que não desejemos algo diferente e melhor para os nossos filhos. E eu, à semelhança de outros pais, queríamos melhor para eles. 

 

O momento unânime da reunião foi a da eleição do representante dos encarregados de educação: bastou o primeiro pai apresentar-se dizendo que era o presidente da associação de pais e mais um rol extenso de funções na escola, que logo todos decidiram em quem votar!

 

O momento dispensável da reunião - aquele em que os encarregados de educação do costume decidem "mandar postas de pescada" sem ninguém lhes pedir, e teimar em exibir os dotes dos seus filhos que, claro, são melhores que os dos outros.

O mistério do rato debaixo da cama!

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Ontem à noite, estávamos já deitados, quando ouvimos as gatas a assanharem-se, a rosnarem e bufarem. Acendemos a luz, mas não as vimos. Devem ter ido à sua vida. Achámos que se tinham enfiado debaixo da cama.

Ainda deitada, espreito para debaixo da cama, mas não vejo nenhuma delas. No entanto, ouvimos um barulho que parecia que estavam ali a roer qualquer coisa.

Levanto-me, pego na lanterna e espreito para debaixo da cama, do meu lado. Não vejo nada. Vou pelo lado do meu marido, e nada de gatas. O barulho, umas vezes ouvia-se, outras não. Pensei que estivessem a morder algum plástico ou algo do género.

A Becas não era, porque apareceu ao pé de mim. E, surpresa, a Amora também não, porque veio da cozinha!

Será que andava por ali algum rato debaixo da cama, e era por isso que as gatas estavam assanhadas? 

Ainda andei ali uns minutos a inspeccionar, quando digo ao meu marido "mexe-te lá na cama". Ele mexeu-se, e o barulho voltou. Quando parava, não havia barulho. Fizemos isto várias vezes.

Vou ao meu lado e mexo também. A mesma coisa.

 

 

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Conclusão: o suposto rato escondido debaixo da cama mais não era que o barulho provocado pela cama a roçar na mesa de cabeceira, sempre que nos movimentávamos na cama. Isto porque eu, para a Amora não cair, me lembrei de encostar a mesinha à cama!

Pesquisar também é uma forma de estudar?

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Eu diria que sim. E de aprender.

Ainda que seja algo a que não devemos recorrer por sistema, há trabalhos em que alguma pesquisa pode ser útil, e transmitir-nos conhecimentos que não possuíamos.

No caso específico dos trabalhos de casa dos alunos, há alguns em que os professores pedem mesmo para eles pesquisarem.

Mas, quando não é o caso, será correcto o aluno ir pesquisar a informação que não sabe? Ou é preferível não fazer o trabalho, e esperar pela correcção e explicação na sala de aula?

Eu sou a favor da pesquisa desde que, dependendo das situações, os alunos não se limitem a copiar a informação. E desde que, na sala de aula, digam aos professores que não sabiam, mas que foram pesquisar, mostrando interesse.

A minha filha trouxe na primeira semana um trabalho de inglês, que consistia em identificar capitais e cidades em Inglaterra e EUA, moeda de cada país e locais característicos. Ora, nas aulas do 5º e 6º ano, não tinham falado sobre isso, e no manual deste ano também não.

Eu sabia uma ou duas coisas, mas o resto não. Então, fizemos uma brincadeira: cada uma de nós dava uma resposta, e depois ela ia pesquisar para ver se tínhamos acertado ou não. Se calhar hoje, se lhe fizerem as mesmas perguntas, já sabe.

Ontem foi a vez de português. Tinha umas palavras cruzadas. Fez algumas, outras não sabia. Tentei ajudá-la. Mas nem a mim me ocorriam algumas palavras como, por exemplo, um conjunto de camelos. Claro que a curiosidade nos dá para ir pesquisar. E assim descobriu que se tratava de uma cáfila. E por aí fora.

Se é errado? Talvez os professores não gostem. Mas eu prefiro a atitude curiosa, à indiferente que diz "não sei, não faço" e trabalho arrumado!