Os Embaixador, cujo álbum de estreia é editado hoje em formato digital, são a banda convidada desta semana na rubrica "À Conversa com...", a quem desde já agradeço pela disponibilidade.
Para ficarem a conhecer um pouco melhor este trio que promete dar cartas no rock português, aqui fica a entrevista:
Quem são os Embaixador?
Filipe Moura (FM): Embaixador são 3 gajos do rock, que ainda por cima são amigos e que gostam de tocar juntos - eu, o Gonçalo (baterista) e o António (baixista).
Embaixador é uma banda de rock. Como é que veem o rock português na atualidade?
FM: Há muita coisa a acontecer. Muitos festivais por todo o país e muitas bandas novas. Não vislumbro qualquer tipo de “crise” criativa. Existe, sim, alguma falta de investimento, mas isso é transversal a toda a cultura… E depois temos de reconhecer que neste momento o rock não faz parte do mainstream. Há ciclos, como em tudo.
Cantar em português é requisito obrigatório para os Embaixador?
FM: Completamente. Aliás, na minha opinião é o maior fator diferenciador para a banda. As pessoas não estão habituadas a ouvir este tipo de rock mais “clássico” e cantado em português. Ficam a fazer “tilt”, lol, e recebemos muito feedback positivo nas nossas atuações por causa disso mesmo.
Em Fevereiro de 2015 lançaram o EP “Os Dedos e os Anéis”. Que feedback receberam por parte do público nessa altura?
FM: O feedback que recebemos é sobretudo nas atuações. E é aí que começámos a desenvolver a nossa base de seguidores. É rock em português, temas diretos com que as pessoas se identificam. Sem truques e isso passa para quem nos ouve/vê.
Chega hoje às lojas digitais o vosso álbum “Sombra”. Que diferenças pode o público encontrar neste álbum, relativamente ao trabalho anterior?
FM: Evolução é a palavra-chave. Tivemos mais tempo para preparar os temas antes de irmos para estúdio e, uma vez em estúdio, também tivemos mais maturidade ao gravar. Na minha opinião, tornámo-nos melhor banda devido aos concertos que demos juntos e devido a 2 anos a trabalharmos em conjunto como trio. A nível de composição, demos um “salto” e penso que as pessoas vão perceber que nos tornámos numa banda mais madura.
Este novo trabalho, à semelhança do seu antecessor, conta com produção de Paulo Miranda. Como é trabalhar com este conhecido produtor?
FM: É bom e é difícil, lol. O Paulo foi sem dúvida o 4º elemento da banda, neste disco mais do que nunca. Foram 5 dias de gravação, 8h a 10h por dia dentro do estúdio, e às vezes a paciência falta, como em qualquer trabalho, lol. Mas isso é normal e por vezes até desejável, pois ele puxou muito por nós. Notava-se que ele queria que isto fosse um grande disco e creio que conseguimos concretizar esse objetivo. Não poderia pedir mais a um produtor!
“Sufoca a Meus Pés” é o primeiro single deste álbum. Sobre o que nos fala este tema em particular, e o álbum em geral?
FM: Este tema em particular tem uma letra bastante sombria, quiçá a mais negra do nosso reportório. Contudo, como o tema é bastante “p’ra cima”, acaba por atenuar essa amargura. É algo que gosto de fazer a nível de composição, criar uma componente agri-doce. A letra é bastante pessoal, pois tem a ver com o período mais difícil da minha vida, que foi a morte do meu Pai. Relativamente ao “ambiente” geral do disco, em termos de letras, regressa aos amores e desamores, às relações de proximidade/distância, às relações de poder entre pessoas. A temática mais antiga deste mundo, relações…
Que objetivos gostariam de ver concretizados num futuro próximo?
FM: Queremos afirmar-nos no panorama nacional, como banda de referência do rock cantado em português (objetivo modesto portanto, lol). Como tal, estamos a trabalhar para marcar presença em palcos cada vez maiores onde possamos chegar a mais pessoas. Não somos uma banda virtual, somos uma banda de palco e é aí que queremos conquistar as pessoas.
Onde é que o público poderá ouvir a vossa banda nos próximos meses?
FM: Antes de mais podem seguir-nos em https://www.instagram.com/embaixador.rock/ e principalmente em
www.facebook.com/embaixador.rock!
No dia 12 de Novembro vamos estar no auditório Carlos Paredes, em Benfica, no âmbito do Lontra Fest, e no dia 25 de Novembro iremos celebrar o lançamento do disco, com uma grande festa no Pátio do Sol, na Fábrica de Pólvora. No 1.º trimestre de 2017 está prevista uma ida a Coimbra (por confirmar) e estamos a preparar o próximo Verão a nível de festivais, por isso, sigam a nossa página!
Muito obrigada, e votos de muito sucesso!
Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens.