Os Benshee são de Alenquer e surgiram em 2006, tendo editado, em 2009, o EP “Waiting For The Lights”.
Após um interregno de 5 anos, os Benshee regressaram em 2014, com um novo baterista e a banda completa: Diogo Caramujo (voz), Tiago Caramujo (guitarra), Hélio Ferreira (baixo) e Paulo Dias (bateria).
Estavam reunidas as condições para começar a gravar um novo álbum, que chega hoje às lojas digitais.
“There's a World Outside That Door” reúne 10 temas rock para ouvir de seguida e que não irão deixar ninguém indiferente.
De acordo com a banda “O álbum está muito mais rock do que pop, que até aqui marcava mais pontos na nossa sonoridade. Continuamos numa onda muito "british" com o uso de alguns sons eletrónicos, e os pianos "saltitantes" cheios de efeitos que são já marca do que fazemos continuam presentes.”
Para saberem mais sobre os Benshee, aqui fica a entrevista que concederam a este cantinho!
Quem são os Benshee?
Os Benshee são quatro amigos que partilham de forma muito especial uma viagem ainda com destino incerto. Somos do concelho de Alenquer e seguimos um sonho comum que nos faz sentir mais completos. Os Benshee são : Diogo Caramujo (Voz), Tiago Caramujo (Guitarra), Hélio Ferreira (Baixo) e Paulo Dias (Bateria).
Em que momento surgiu a música na vossa vida?
A música esteve sempre presente em cada um de nós desde muito cedo. Como qualquer banda começámos todos algures numa garagem a tentar tocar qualquer coisa sem saber muito bem como. Todos tivemos vários projetos antes deste que acabou por se tornar para todos um “filho” que queremos ver crescer a cada dia.
Quais são as vossas principais influências a nível musical?
As principais influências são: Coldplay e Placebo. Bandas que seguimos atentamente e que estão muito presentes nas nossas composições, mesmo que de forma inconsciente. Existem outras bandas onde vamos buscar algumas coisas, mas são essas as principais.
Os Benshee surgiram em 2006, e em 2009 editaram o EP “Waiting For The Lights”. O que vos levou a fazer uma pausa de cerca de 5 anos, e a regressar agora com um novo trabalho?
Depois do EP “Waiting for the lights” andamos ainda um ano a promover o trabalho e tocamos um pouco por todo o País, a paragem não foi tão longa, mas sinceramente não sabemos precisar bem uma data que nos trouxe um final quase triste e o recomeço. A banda estava saturada, as coisas com uma editora na altura não levavam o rumo que esperavamos e existiam “guerras” constantes entre a banda, na altura ainda com outro baterista. Optámos por dar o projeto como terminado de forma a preservar a amizade. A música deveria fazer-nos sentir bem, e naquela altura não era isso que estava a acontecer.
Como foi todo esse processo de composição e gravação dos temas para o álbum?
O processo de composição foi bem longo. Alguns dos temas já existiam embora que diferentes, e seriam para um segundo EP. Eu nunca parei de compor (Diogo Caramujo) mesmo durante aqueles anos que a banda parou; quando nos voltámos a juntar com o Paulo, já na bateria, havia muita coisa já escrita e achámos que existia material para o tão desejado álbum de estreia. Depois de decidirmos que temas seriam incluídos no álbum foi necessário um processo de “mutação” principalmente nos temas mais antigos, tivemos de lhes “lavar a cara” e dar uma roupagem nova. Somos pacientes e optámos por esperar o tempo suficiente para que as músicas soassem a algo atual.
Os Benshee afirmam que este novo álbum está muito mais rock que pop. O que vos levou a apostar numa sonoridade diferente daquela que vos caracterizava?
Não foi uma coisa pensada, foi algo que aconteceu naturalmente, e muito se deve à chegada do Paulo à bateria dos Benshee, foi sangue novo que entrou e ele chegou cheio de vontade de agarrar o projeto e de alguma forma contribuir com o que tinha para dar. Penso que essa foi uma das razões principais, a outra razão que é a maturidade de cada um, somos pessoas diferentes de há 10 anos atrás, a vida trouxe algumas lutas pessoais a alguns dos membros e isso reflete-se na música. As histórias que tínhamos para contar pediam mais “power” nos temas, e em vez de sons limpos com delay’s optámos por distorcer mais as guitarras e incluir alguns riff’s mais enérgicos. Sentimo-nos mais rock do que pop, mas a sonoridade contínua igual, somos os mesmos Benshee, mas mais crescidos.
“When I’m Gone” foi o single de estreia, que ficou disponível em formato digital a 24 de Junho passado. Sobre o que nos fala este tema?
É o tema mais calmo do álbum. Todas as letras falam de experiências não só pessoais, mas também de quem nos rodeia. A música fala de amor mas mais do que isso fala também do medo inconsciente que temos de ser esquecidos. Todos no fundo queremos ser amados e todos queremos um dia ser lembrados. O tema fala um pouco das duas coisas. É um pouco agridoce...não a escrevi (Diogo Caramujo) com um final feliz, mas cada um se vai rever nela de maneira diferente.
Lançado o álbum em formato digital, o que se segue? Têm algumas atuações agendadas nestes próximos meses?
Depois do álbum estar cá fora vamos preparar uma festa de apresentação com data e local ainda indefinido. Estamos também a tratar da parte física do CD que fazemos questão de ter neste primeiro longa duração. Os concertos ainda não estão a ser agendados, não temos pressa. Pensamos que ainda existem algumas coisas a fazer que são mais importantes nesta fase para além de tocar ao vivo, como o vídeo clip por exemplo. Procuramos também management e agenciamento... mas uma coisa de cada vez. Estamos a gostar desta fase da banda e queremos saborear tudo com calma. Desta vez não nos sentimos tão sós pois fomos abraçados pela Farol Música...e acreditem que isso é um alento enorme para o projeto.
Que sonho mais gostariam de ver realizado a nível musical?
Abrir para uma banda como os Coldplay seria pedir demais e sonhar muito alto, mas esses somos nós...portanto vamos sonhar com isso porque me parece um sonho bonito.
Muito obrigada! Votos de muito sucesso para a banda!
Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens.