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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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A minha primeira "não autorização"

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Está desvendado o mistério acerca da viagem da turma - será a Salamanca e Paris.

Pelo menos, de acordo com o papel que uma outra professora lhes entregou, já que a directora de turma, que foi quem começou por organizar tudo, não sabia de nada!

 

E logo por aqui se vê a organização. Primeiro, a directora de turma envia um recado na caderneta, a falar do mealheiro de turma para realização de uma actividade ou passeio, sem especificar onde nem quando. É suposto os pais assinarem a dar ou não dar autorização para algo que nem sabem bem o que é.

Entretanto, devido ao comportamento da turma, ficou em standby.

Uns dias depois, a minha filha diz que sempre vai haver, e mostra-me a folha com o roteiro da viagem, entregue pela professora de português. Mais tarde, na aula com a directora de turma, esta diz não saber nada sobre o assunto!

 

Mas, adiante. Seria uma viagem de 7 dias, com início em Salamanca, partindo depois para Paris, onde ficariam os restantes dias.

 

A viagem, ao contrário do que poderíamos pensar, não seria feita de avião, mas sim de autocarro. Duas noites, inclusive, seriam passadas em viagem. Iriam apenas 2 motoristas. Não é que faça grande diferença na decisão tomada, mas a verdade é que, se a vontade de a autorizar já não era muita, esta questão só veio aumentar os meus receios.

Já fiz uma viagem de autocarro de Mafra até Sevilha, e sei bem o quanto custam horas e horas de viagem num autocarro. Uma pessoa já não tem posição para estar sentado, quanto mais deitado, e a paisagem não ajuda muito!

 

Quanto à visita, propriamente dita, seria a diversos museus, monumentos, Torre Eiffel, travessias de barco, espectáculos e, o melhor de tudo, à EuroDisney!

 

 

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Sempre autorizei a minha filha a ir aos passeios escolares, de ida e volta no mesmo dia. O receio há sempre, e o perigo também, mas sabia que ao final do dia estava de volta.

Esta será a primeira vez que não vou dar autorização para uma visita de estudo ou viagem, como lhe queiram chamar. E acreditem que me custa muito não deixá-la ir. Não é daquelas decisões que se tome de ânimo leve, até porque sei bem que seria uma oportunidade única, e uma coisa diferente. Por muito que, por nossa conta, queiramos levá-la a esses mesmos lugares, não seria a mesma coisa. Mas o receio fala mais alto. E não consigo satisfazer-lhe este desejo, por mais que ela queira.

Por outro lado, embora seja eu o encarregado de educação, nestas coisas não sou só eu a mandar, e o pai dela também não lhe dá autorização para a viagem. O meu marido também está de acordo com esta decisão.

 

Sim, se formos temer tudo, o melhor é não sair de casa. Sim, há muitos acidentes de autocarro, mas também poderia haver de avião, ou até mesmo um acidente de carro a caminho da escola ou outro qualquer, afinal o perigo está em qualquer lado. Sim, poderia acontecer-lhe alguma coisa lá, mas também pode acontecer cá, à porta de casa se for preciso. Sim, os professores não vão estar lá com mil e uma atenções a cada uma das crianças, mas nem nós, por vezes, como pais o estamos, e acontecem coisas mesmo nas nossas barbas. sei disso tudo.

 

 

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Mas é a minha filha. E eu, simplesmente, não consigo neste momento, e sendo ela tão nova, depositar já a responsabilidade pela sua segurança e vida nas mãos de terceiros. E não, não me sinto mais aliviada e com a sensação de assunto arrumado e posto para trás das costas por ter tomado esta decisão. Acho que vou andar a remoer nisto até tudo passar. Mas foi a decisão que, como mãe, achei mais acertada.