Desmoralizada
No passado fim-de-semana, ao procurar no caderno a matéria de geografia que a minha filha tinha dado, e iria sair no teste, deparo-me com a anotação de um trabalho de grupo, cujo prazo de entrega já tinha passado.
A minha filha já não se lembrava que o tinha para fazer, e nem sequer grupo tinha! Lembrava-se vagamente de alguém ter entregado qualquer coisa à professora, mas não associou ao trabalho.
Que coisa mais estranha... Tem um trabalho de grupo mas não formou logo um grupo. Ninguém lhe disse nada. E, depois, para geografia, um trabalho sobre direitos humanos? Será que se enganou na disciplina?
Ela diz que não era engano, que era mesmo para geografia. Por isso, mesmo já tendo passado o prazo e não tendo grupo, comprei-lhe a cartolina para ela fazer sozinha o trabalho, além de estudar para o teste. Mais valia entregar fora de prazo, mas mostrar que o tinha feito, do que não apresentar nada.
De qualquer forma, nas duas semanas que a professora deu, também não havia qualquer hipótese de ter sido feito, um vez que foram semanas com vários testes.
Foi uma tarde inteira de trabalho, mas na segunda-feira, lá o levou para entregar. Fez uma introdução ao tema e colocou em caixinhas de texto alguns direitos que escolheu. Estava mesmo bonito.
À vinda da escola, diz-me:
"Mãe, tenho uma má notícia para dar. Vou ter que fazer um novo trabalho de geografia, aquele não serve. É só para falar de um direito, e tem que ter uma imagem."
A sério?! Tanto trabalho e tempo perdido para nada?!
O que vale é que, afinal, pode fazer sozinha, e têm mais uma semana para entregar todos os trabalhos.