Desde os tempos em que era um mero concorrente do Ídolos, sempre gostei da humildade e simplicidade que demonstrava além, claro, da bela voz e da forma singular como interpretava cada música.
Depois de se ter sagrado vencedor dessa edição, aproveitou da melhor forma a oportunidade que lhe foi dada, mas com os pés assentes na terra.
Não teve sede de fama, nem de sucesso instantâneo. Não quis gravar os seus álbuns de forma apressada, com êxitos temporários ou música da moda para vender.
Foi compondo as suas próprias músicas, ao seu ritmo, e preparando trabalhos à sua medida.
Pode não ser aquilo que muitas pessoas gostariam de ouvir, mas foi o caminho que ele escolheu, com que se identifica, e que mostra a pessoa que é.
Este ano, presenteou os seus seguidores com o álbum “E Tudo Gira”. Falo-vos de Filipe Pinto, que aceitou o convite para participar nesta rubrica, e dar a conhecer um pouco mais de si e do seu percurso ao longo dos últimos anos, e a quem desde já agradeço pela disponibilidade!
Quem é o Filipe Pinto?
O Filipe é um músico e cantautor português que também nutre interesse pelas questões ambientais...
Como é que surgiu a tua paixão pela música?
Desde a infância recordo a musicalidade vivenciada em ambiente familiar, e apesar de todos não termos qualquer tipo de formação quase todos cantam lá em casa...
Consideras que o facto de teres vencido o programa de talentos “Ídolos” foi fundamental para lançar a tua carreira musical?
O programa foi importante para mim na medida em que me fez compreender a importãncia que a música tem em mim e revelou ser um “cartão de visita” para o trabalho que hoje realizo enquanto cantautor.
Como prémio, tiveste um curso de seis meses na London Music School. Os teus álbuns são o resultado do teu talento e da aprendizagem que este curso te proporcionou?
Tudo o que tenho vivido nestes anos reflete-se nas canções que vão surgindo...Cada uma com uma história e um propósito...Tenho tido a felicidade das pessoas, de uma maneira geral, reagirem bem aos projectos.
Como é que te sentiste quando finalizaste o teu primeiro trabalho “Cerne” e o deste a conhecer ao público?
Missão cumprida, foi óptima a sensação de ter conseguido finalizar da forma como queria e que toda a equipa me possibilitou.
Sendo licenciado em Engenharia Florestal, decidiste conciliar a tua preocupação com o ambiente com a tua música, e sensibilizar a população, sobretudo os mais jovens, para esta causa, através de um livro, um jogo e um CD + DVD “O Planeta Limpo de Filipe Pinto”. Como foi essa experiência?
Tem sido, pois o projecto já decorre à 3 anos e tenho crescido muito com os mais novos como ser humano. Esta área de sensibilização ambiental é outra das minhas valências que certamente irei potenciar em paralelo com a música.
Em que é que te inspiras para escreveres as tuas músicas?
No quotidiano, nas sensações que vou tendo...Nos sonhos,nas histórias que ouço...Na música que ouço independentemente de géneros ou gostos...
Tenho a ideia de que és um artista que não tem “sede de fama”, nem de sucesso instantâneo. Gostas de ir compondo as tuas próprias músicas, ao teu ritmo, preparando um trabalho à tua medida, e não êxitos temporários ou música da moda, só para vender. Na tua opinião, e estando eu correta nesta avaliação, consideras que esse fator é uma vantagem para a tua carreira musical, ou limita, de certa forma, o público-alvo?
Tudo o que tenho realizado na música é fruto do meu trabalho e de toda uma equipa que acredita em mim. Os projectos e o tempo em que são realizados variam consoante os imprevistos, ou a procura de aperfeiçoamento, ou busca de inspiração ou simplesmente por outros projectos que surgem pelo meio e dão cor ao percurso musical...Devo ao público que me acompanha essa verdade e transparência na forma de trabalhar...
“E Tudo Gira” é o teu mais recente trabalho, lançado este verão. Que feedback tens recebido por parte do público?
O disco foi lançado pela Sony Music a 1 de julho, dois dias antes do meu aniversário e naturalmente foi um presente antecipado muito importante que tem tido o apoio do público e de alguns meios de comunicação... A ideia do disco é a superação de barreiras e não fazer adormecer o sorriso...
Estiveste, no final de Agosto, a atuar na Ericeira, no programa Praias Olímpicas. Onde vamos poder ver e ouvir o Filipe Pinto nos próximos meses?
Estarei agora em digressão pelas Fnacs Leiria, Coimbra, Viseu, Chiado, Cascais, Vasco da Gama e já poderão ouvir ao vivo dia 12 Novembro em Ponte de Lima.
Mais info: www.filipepintooficial.com
Obrigado pela entrevista!
Muito obrigada, Filipe! E votos de muito sucesso!
Nota: Esta conversa teve o apoio da Vachier & Associados – Produção de Espectáculos, Lda., que estabeleceu a ponte entre o Filipe e este cantinho.