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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Querem ver que sou eu que estou errada?!

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Por certo já ouviram aquela história do condutor que ia muito bem na autoestrada, quando ouviu na rádio a notícia de que ia um veículo em contramão e comentou "Um não, muitos!".

Para ele, apesar de ser o dito condutor que ia em contramão, os outros é que estavam a ir em sentido contrário.

 

Esta semana, já por 3 vezes estou na passadeira, para atravessar, e os condutores, simplesmente, ignoram-me, como se eu fosse invisível ou transparente.

Um deles, ontem à noite, até abrandou e eu, parva, antecipadamente, agradeci. E não é que o parvalhão continua a andar, faz-me parar a meio da passadeira para ele passar, e ainda olha para mim como se eu tivesse acabado de cometer uma loucura!

 

E já não é o primeiro que olha para mim, quando atravesso a passadeira, com uma expressão entre o incrédulo e o assustado. Outros, fingem que não vêem e viram a cara. Outros ainda, depois de terem passado, pedem mil desculpas por não me terem visto!

 

Se calhar, sou eu que estou errada e, afinal, as passadeiras não foram feitas para os peões, mas sim para os carros!

Falha minha! Peço, então, desculpa a todos os condutores pelo transtorno de fazer das passadeiras o meu meio mais adequado para atravessar uma estrada!

À Conversa com Jorge Courela

As Canções Do Professor Jorge

 

 

O convidado de hoje da rubrica "À Conversa com..." é músico, educador musical e autor dos livros e álbuns “Zé Maria Catatua” e “Capitão Miau Miau”, que têm encantado tantas crianças pelo país fora!

Falo-vos do professor Jorge Courela, que lança agora um novo trabalho, temático, intitulado "As Canções do Professor Jorge - Volume I". 

Este álbum conta com 9 canções, escritas ao longo de 7 anos de sessões de música em creches e pré-escolar, e que irão acompanhar as principais datas festivas, como o Natal, o Dia da Criança, Dia da Mãe e outros.

Para conhecerem um pouco mais o seu trabalho, leiam a entrevista!

 

 

 

 

 

 

Quem é o Jorge Courela?

Eu sou uma pessoa como todas as outras, apaixonado pela vida, amante das artes, um eterno aprendiz.

 

 

O Jorge é professor de música no ensino pré-escolar. Como é que as crianças encaram a música nessas idades?

As crianças na creche e no pré-escolar encaram a música de uma forma muito simples, ou gostam, ou não gostam. Não querem saber se é jazz, sinfónico, reggae, rock ou pop, a música não é mais do que uma onda, uma vibração. Elas estão totalmente libertas de pré conceitos, e isso é extremamente libertador.

 

 

 

 

 

 

Que papel poderá ter a música no crescimento e aprendizagem das crianças?

A música se for bem usada na nossa sociedade, no dia-a-dia das escolas, centros comerciais, restaurantes, rádio, tv etc fará de todos nós seres humanos mais evoluídos física e espiritualmente, acabará com todo e qualquer desequilíbrio. Os povos na antiguidade sabiam disso e viviam em consonância com esse conhecimento. A música tem o dom de nos elevar e envolver num abraço de paz e verdadeira harmonia. Se todos nós aprendêssemos a moldar o nosso tom de voz, à nossa volta só haveria amor, tolerância e compaixão por todos os seres.

 

 

Como é que surgiram as músicas que, mais tarde, vieram a fazer parte dos seus álbuns?

Depende dos álbuns, no caso do Miau e do Catatua o primeiro passo foi escrever um guião como se de uma longa-metragem se tratasse. Depois desenhei os esboços a carvão, fiz o estudo de cada personagem e de cada cenário. Colei tudo na parede do escritório e fiquei a olhar para aquilo durante vários dias, semanas. Por fim as ideias começaram a surgir ao ponto em que a transbordar vi-me obrigado a sentar-me finalmente ao piano.

No caso d`As canções do professor Jorge foi diferente, as ideias foram todas surgindo em ambiente de sala de aula, nas sessões de música, a cantar os padrões rítmicos, melódicos, no contacto com as educadoras, as suas e as minhas necessidades pedagógicas.

 

 

Para além do trabalho no ensino, o Jorge costuma dar alguns espetáculos musicais. São experiências enriquecedoras?

Muito enriquecedoras, muito divertidas, muito emocionais.

Na realidade ainda não sei bem quem sou a nível profissional, se educador musical, autor, ou artista, penso que não interessa muito definir, quem ouve e vê o meu trabalho sente que ponho o coração em tudo o que faço. Isso é a minha verdade.

 

 

 

 

 

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“Zé Maria Catatua” e “Capitão Miau Miau” são dois álbuns da sua autoria, lançados este ano em formato digital. Que feedback tem recebido do público em geral, e das crianças em particular?

Desde muito cedo aprendi que existe a possibilidade de não agradar a toda a gente e isso não quer dizer que não se esteja a fazer um bom trabalho, até agora tenho recebido o carinho de muita gente, centenas de crianças e de pais, mas também acredito que hajam pessoas que não sintam a minha música, o mercado felizmente tem opções para todos os gostos e idades. No geral penso que está a ser bastante positivo, o meu público contacta-me através das redes sociais e eu faço questão de responder a todos.

 

 

 

 

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“Capitão Miau Miau – O Musical” está em cena no Teatrosfera desde o dia 1 de outubro. Qual é a sensação de ver as suas histórias e músicas transformarem-se num musical, e as suas personagens ganharem vida?

É um grande privilégio, uma honra, uma oportunidade magnífica. É a segunda vez que está em cena, foi o público que pediu. Houve pais que viram a peça duas e três vezes quando esteve em cena em 2013 no Centro Cultural da Malaposta e quiseram ver outra vez no Teatroesfera. A equipa de atores é magnífica, a encenação extremamente dinâmica e tudo este trabalho praticamente sem apoios, os atores construíram uma companhia de raiz, cheia de alma, coração e verdadeiro amor à arte do teatro. O público sente.

 

 

 

 

 

 

No passado dia 02 de dezembro foi lançado, em formato digital, o álbum “As Canções do Professor Jorge – Volume I”, composto por nove músicas. Sobre o que nos falam elas?

No geral falam sobre afetos, sentimentos, emoções, memórias.

É um trabalho bastante emocional que me obrigou a voltar atrás e a fazer as pazes com a minha infância. Também tem todos os estilos musicais que ouvia enquanto criança, o rock, o samba, a pop, o soul.

 

 

 

 

 

 

“O Natal do Capitau Miau Miau” é o primeiro single retirado deste trabalho. Como são os Natais do Jorge Courela? Com muita música?

Os meus Natais são muito recolhidos na companhia de quem mais amo, a família, a minha mulher, a minha filha, eventualmente pedem-me para cantar, acabo sempre por levar a guitarra meio contrariado…(riso)

 

 

No domingo, 18 de dezembro, pelas 16 horas, o Jorge estará presente no Teatroesfera para apresentar este novo álbum. Onde é que o público poderá ouvir o Jorge futuramente?

Estarei a fazer concertos, festas de aniversário, batizados, encontros com o autor por todo o país, sei que estarei em alguns programas de rádio e televisão, onde me quiserem receber lá estarei.

 

 

Quais são os seus objetivos para 2017, a nível profissional?

Em 2017 vou lançar algumas canções em formato digital que não couberam n`As canções do professor Jorge Volume 1, canções essas que farão parte de um Volume 2, vou também consolidar a estrutura que tenho vindo a criar de espetáculo para conseguir chegar a todas as crianças que gostam do meu trabalho.

Portugal não é só Lisboa e Porto, é um país lindo e tem pessoas maravilhosas em todo o lado. Tenho ainda outro projeto a acabar mas é surpresa.

 

Muito obrigada, Jorge!

 

 

Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens.