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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

À Conversa com Luísa da Silva Diniz

 

Foto de Reencontro com o Amor.

 

Luísa da Silva Diniz nasceu em Lisboa, a 5 de Fevereiro de 1970, e tem no seu marido Carlos, e nos filhos Inês e André, os maiores impulsionadores desta sua aventura pela escrita.

Formada em Contabilidade, desenvolve a sua atividade profissional na área financeira e contabilísticam reservando a paixão pelos livros para os seus tempos livres.

Confessa-a uma leitora ávida e compulsiva que, de tanto ler, sentiu vontade de experimentar a escrita, dando origem ao seu primeiro romance “Reencontro com O Amor”.

Fiquem a conhecer um pouco melhor a autora, Luisa da Silva Diniz, nesta conversa que agora partilho convosco!

 

 

 

 

 

Quem é a Luísa da Silva Diniz?

Sou uma mulher de 46 anos, casada e com dois filhos.

A minha formação académica dá-se na área das ciências sócio económicas, tendo um bacharelato em Contabilidade e Administração e uma licenciatura em Auditoria e Revisão de Contas, através da qual exerço a minha profissão na área fiscal, contabilística e financeira na empresa que possuo com uma sócia e amiga.

Gosto das coisas simples da vida como ver um belo pôr-do-sol, passar uma tarde numa bela praia ou saborear um dos muitos manjares maravilhosos com que nos deparamos desde norte a sul do país.

Nos tempos livres, que faço para que sejam cada vez mais, adoro ler e escrever. São o meu passatempo de eleição e com o qual desanuvio do stress do dia-a-dia.

 

 

Como é que a escrita surgiu na sua vida?

Tendo uma profissão relacionada com números, só virando-me para as letras consegui obter a fuga que necessitava.

Assim, a escrita surge como um escape às exigências profissionais constantes e é uma forma eficaz de conseguir expor ideias e sentimentos que, de outra forma, seria muito mais difícil.

Todos temos momentos em que nos deparamos com dificuldades e problemas na vida e cada um de nós busca a forma mais adequada ao seu caso para lidar com eles. Eu optei pela escrita que, de alguma forma, para mim, é terapêutica, calmante e me dá a paz e tranquilidade que necessito para me afastar da loucura dos nossos dias e gozar das coisas simples que tanto prazer me dão.

 

 

Normalmente, as pessoas que pretendem escrever livros, ou já o fizeram, são pessoas que também gostam muito de ler. Considera que estas duas paixões são, inevitavelmente, inseparáveis?

Sim, sem dúvida. Sou uma leitora compulsiva, lendo, em média, cerca de 10 livros por mês.

Sou incapaz de sair de casa sem levar comigo um livro, mesmo que volte para casa sem lhe tocar ou mesmo sabendo que as probabilidades de o fazer são reduzidíssimas.

Não imagino a minha vida sem livros à minha volta e cada novo livro que compro, e que são muitos, é sempre especial.

É uma paixão com muitos anos, à qual juntei a da escrita, mais recentemente, mas que se tornaram inseparáveis. Assim, agora, não há dia que sai de casa sem um livro para ler e o meu caderno onde escrevo o que mais tarde espero venha a ser o meu novo livro.

 

 

Que géneros literários mais gosta de ler?

Sem sombra de dúvida, romance. Gosto de romances actuais, romances históricos e romances eróticos. De preferência, romances com final feliz porque histórias trágicas já temos a cada virar de esquina ou a cada troca de canal. Gosto de uma história de amor que me faça suspirar e que me transmita aquela sensação de felicidade e um sorriso no rosto a cada página que viro.

 

 

Considera que o apoio da sua família teve um papel essencial na concretização do seu primeiro projeto literário?

Isso é uma verdade irrefutável. Sem o apoio do meu marido e dos meus filhos, esta história não teria saído do meu caderno. Foram eles que me incentivaram, desde o primeiro dia em que perceberam o que eu estava a fazer e que me impulsionaram a seguir em frente. Todo o apoio que me deram, aos mais diversos níveis foram de extrema importância para a concretização deste projecto. Há momentos em que nos sentimos mais inspirados e, como tal, não são os melhores para se parar e ir fazer o jantar, logo, houve sempre alguém que o fizesse, de modo que, nunca ninguém passou fome em casa. Muitas vezes, os meus filhos me “picaram” dizendo que “ainda só escreveste isso?” e riam. Foram também estas brincadeiras uma bela forma de incentivo. E quando, pela primeira vez, cada um deles leu a história e me deu o seu parecer, foi o maior incentivo para continuar. Por isso, a eles agradeço todo o apoio e amor que me deram e dão todos os dias.

 

 

 

 Foto de Reencontro com o Amor.

 

 

“Reencontro com o Amor” é o seu primeiro romance. Que história é que ele conta?

Como o título diz, é uma história de reencontros com o amor, nas suas mais diversas vertentes. É o reencontro com as raízes, com o amor pelo país natal, pelo mar, pelo sol, pelo clima, as flores.

É o reencontro com a amizade e as amigas de toda a vida.

E é o reencontro com um amor de adolescência.

Nesta história, além dos reencontros com o amor, imperam os valores e os sentimentos, mostrando como a amizade, a confiança, o respeito são essenciais a uma vida e a relações felizes.

 

 

Que feedback tem tido por parte dos seus leitores?

As reacções têm sido bastante positivas. Quem gosta de romances, está a gostar de ler este livro e todos me dizem que já estão ansiosos pelo próximo. Claro que, acima de tudo, este livro é um romance e escrito para quem gosta deste tipo de literatura. É a esses que espero dar o prazer de lerem esta história.

 

 

Na sua opinião, quais são as principais dificuldades com que se deparam os atuais autores, que pretendem ver as suas obras publicadas?

A maior dificuldade que temos é que nos dêem uma oportunidade. Não somos conhecidos nem temos um historial para mostrar, o que não quer dizer que não possamos ter uma história agradável para ler e ser lida, se nos derem essa hipótese. Para isso, precisamos de ter a oportunidade para publicar e a ajuda para divulgar e chegar aos potenciais leitores, o que nem sempre é fácil, visto que, os lugares de maior destaque seja nas livrarias físicas, seja nas online, vão para os autores reconhecidos, nacional e internacionalmente.

 

 

Hoje em dia, é possível um autor viver exclusivamente da escrita?

Acredito que, para os mais conhecidos isso seja possível, no entanto, para os novos, se é isso que pretendem, terão um longo caminho pela frente.

No meu caso em concreto, esse nunca foi um objectivo, logo, não é um assunto em que me tenha debruçado.

O meu maior objectivo é escrever histórias que os leitores gostem de ler, e que lhes dê prazer nessa leitura, tal como eu tenho prazer em cada livro que leio. É uma retribuição de tudo o que recebo dos autores que leio.

Obviamente que, se algum dia conseguir viver exclusivamente da escrita, será a cereja no topo do bolo, permitindo-me fazer de uma paixão, um meio de vida e o que será o mesmo que dizer que terei alcançado o meu maior objectivo: agradar aos leitores que lêem as minhas histórias.

 

 

Os leitores podem esperar por novas obras da Luísa para breve, ou neste momento está apenas focada na promoção deste primeiro romance?

Espero, em breve, conseguir trazer mais uma história aos leitores. Estou a trabalhar nela, ao mesmo tempo que promovo este meu primeiro romance, até porque, nos livros que tenho em mente para o futuro, espero contar as histórias das amigas da Rita, a protagonista de Reencontro com o Amor. Além disso, o gosto pela escrita não acaba e, quando se gosta, há uma necessidade permanente de escrever o que nos faz continuar com novas histórias.

 

 

Se lhe fosse pedido que recomendasse um livro de um autor português ainda pouco conhecido do público, quem escolheria?

Haverão muitos autores e muito bons que, infelizmente, são ainda pouco conhecidos do público e eu sinto-me uma ignorante neste campo. No entanto, li os livros de uma autora que não me parece muito conhecida, visto não a ver por aí nas livrarias, e da qual gostei muito e o seu nome é Linete Landim.

 

Muito obrigada, Luisa!

 

 

Eu é que lhe agradeço. Muito Obrigada!

 

 

 

*Esta conversa teve o apoio da Chiado Editora, que estabeleceu a ponte entre a autora e este cantinho.