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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Que resposta se dá a isto?!

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Na última reunião de pais, falava a directora de turma com os pais acerca do comportamento da turma. 

Não é uma questão de serem mal educados para os professores, ou casos de indisciplina grave. São sim, de forma geral, muito conversadores.

Nesse dia, por esse motivo, tinham sido convidados a sair de uma aula dois alunos. Uma das mães perguntou se, por norma, apenas eram expulsos da aula os alunos que provocavam a situação. 

A professora respondeu:

 

"Nem sempre o aluno que vai para a rua é aquele que se portou pior na aula. O que acontece, por vezes, é que determinados alunos vão-se portando mal, e o professor vai aguentando.

Depois, um outro pode até fazer uma coisa mínima, mas é nessa altura que o professor enche as medidas, e acaba por ser esse a pagar por todos!"

 

Ou seja, 2 ou 3 alunos fazem porcaria quase toda a aula. Um outro tem o azar de fazer um disparate, e é ele que vai para a rua, enquanto os outros permanecem na aula.

Será justo? 

 

 

 

Desamores, de Manuel Soares Traquina

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Amizades que se vão perdendo com o passar dos anos

 

Casamentos por conveniência, negócios e estatuto

 

"Arranjinhos" entre pais que teimam em escolher o melhor partido para as filhas

 

Paixões arrebatadoras por alguém que já é comprometido

 

Amores não correspondidos

 

Ciúmes exagerados ou total indiferença entre casais

 

 

Soa-vos familiar? 

Tudo isto está presente nesta obra de Manuel Soares Traquina. 

Desamores traz aos seus leitores 6 pequenas histórias, umas com finais mais felizes, outras nem tanto.

 

O ser humano é complexo, e consegue transpôr essa complexidade para as suas relações, sejam elas de que espécie forem.

 

 

Pelo que tenho vindo a observar nos últimos tempos, tenho tendência a desconfiar de amizades repentinas em que, de um momento para o outro, duas pessoas se tornam melhores amigas, para dali a dois dias nem se falarem. No entanto, até mesmo em amizades mais consolidadas isto pode vir a acontecer. Por muito que essas pessoas queiram manter os laços criados na infância ou na adolescência, a vida e muitas das decisões que vão sendo tomadas já na fase adulta, acabam por deitar por terra essa intenção. E o afastamento é inevitável. Por vezes, o contacto é mesmo cortado de vez, restando a resignação e a saudade de bons tempos que passaram, e já não voltam.

 

 

Também os casamentos por conveniência, e os "arranjinhos" perduram ao longo de gerações, seja por questões financeiras, títulos, negócios em conjunto, estatuto ou, simplesmente para afastar uma terceira pessoa, que não consideram digna dos filhos. Para que serve tudo isto?

Para manter as aparências que, salvo raras excepções, não passam disso, de aparências. De uma fachada para esconder o verdadeiro carácter, a verdadeira natureza dos intervenientes, e todo um mundo que apesar do dinheiro, consegue ser mais pobre que aquele onde vivem os que não o têm.

De que serve um bonito e influente casal na fotografia se, na intimidade, não passam de estranhos? De que serve alguém endinheirado, se lhe falta carácter?

O preço a pagar por estes erros é muito alto. E, depois, será tarde demais para arrependimentos.

 

 

E as aventuras? O que dizer das aventuras?

Por vezes os casais passam por fases complicadas, que podem levar a que um dos membros, ou ambos, se deixem levar pelas circunstâncias. No entanto, outros haverá que não precisam de "desculpas", e que fazem dessas aventuras o seu modo de vida. Mas seria bom avisarem o parceiro de aventura, até para que não haja surpresas e desilusões, que tudo o que viverem não passará disso mesmo - uma aventura com os dias contados.   

 

 

O ciúme é outro inimigo das relações. E existem mesmo pessoas que ultrapassam os limites, transformando o ciúme em obsessão, sentimento de posse. Mesmo não sendo um casal feliz, não admitem sequer a hipótese do divórcio. E resolvem tratar do assunto da pior forma "se não és meu/ minha, não serás de mais ninguém".

Valerá a pena? O que ganham com isso? Terão prazer na infelicidade dos outros, e na sua própria?

 

 

No extremo oposto, temos as relações em que a rotina se instalou de tal forma, que o casal passa a ser uma dupla de estranhos a viver juntos. Por vezes, nem eles próprios percebem no que se transformou essa relação. Os gestos de amor e carinho tendem a desaparecer, e a sua ausência torna-se algo tão habitual que nem se estranha. A chama há muito se apagou, mas eles continuam a viver como sempre porque, aparentemente, nem deram pela falta desse calor.  

 

 

Haverá, no meio de todos estes sentimentos e relações complicadas que se criam e alimentam, alguém que, de facto, consiga perceber que vale a pena sair da sua zona de conforto, e lutar pela felicidade, pela amizade, pelo amor?

 

Ou viveremos nós numa época de "Desamores"? Descubram-no, neste livro de Manuel Soares Traquina, e tirem as vossas próprias conclusões!

 

 

Sinopse

"A minha Luísa tinha casado.

Não esperou por mim.

Tinha casado com outro. Era de outro. Senti-me abandonado, viúvo, morto.

O que senti foi que a sua mão ficou de repente inerte e o seu olhar parado, fixado em mim, um olhar muito ansioso. Chamei-a, não reagiu. Tentei levantar-me para chamar a enfermeira, mas nesse momento tive a sensação de que flutuava; o chão sumira-se e toda a realidade se esfumava.

Então, vi-me de mão dada com a minha Luísa a flutuar, sem destino, por entre as nuvens.

O tipo, de quem se divorciara recentemente, era uma besta. Infernizara-lhe a vida e chegou a bater-lhe, conforme confessara à Patrícia. Deixara-o, mas ele continuava a pedir-lhe que regressasse. E a parva a confessar que ainda gostava dele. Um dia ainda a via no jornal, vítima de um caso trágico de violência doméstica."