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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A lupa de alguém, de Anabela Neves

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Primeiro, conheci o blog.

Mais tarde, a autora!

E, agora, foi a vez de ler o livro, inspirado no dia-a-dia de uma operadora de caixa, e da relação entre estes profissionais, e os clientes que frequentam os hipermercados.

 

De entre as situações abordadas neste livro, destaco as seguintes, que também já me aconteceram:

 

Respeitar o espaço de cada um - não tanto na hora de pagar, no que diz respeito à privacidade para marcar o código multibanco, mas até mesmo na fila, onde cheguei a estar com os clientes de trás com os carrinhos encostados a mim, ou ao meu lado, em vez de esperar na fila. Já chegou a acontecer a cliente de trás começar a "acomodar" melhor as nossas compras, e a tentar fazer quase o trabalho da operadora, para ela própria se despachar. Já cheguei a ter ainda os sacos do lado de cá, enquanto arrumo trocos e talões, e estar já a cliente seguinte em cima de mim, a fazer pressão para desocupar porque agora é a vez dela.

 

Quando a caixa está fechada - já me aconteceu dirigir-me a uma caixa e a operadora avisar-me que ia fechar, e para me dirigir a outra caixa. De seguida, vejo nessa dita caixa, que ia fechar, um outro cliente a ser atendido. Abordei a operadora, que se desculpou com o facto de que eu tinha um carrinho cheio, e aquele cliente tinha poucas compras. Isso para mim não faz sentido. Se é para fechar, fecha para todos. Desta vez, não me calei e foi das poucas que reclamei da funcionária. Nunca mais fui a uma caixa onde ela estivesse.

 

Os cupões de desconto - confesso que não vou muitas vezes ao Continente, mas quando vou, vejo os talões que tenho e, de acordo com aquilo que vou comprar, se algum deles serve. A maioria, por norma, vai para o lixo logo ali. Para a caixa, só levo os que me interessam. Poupa-se tempo e trabalho a ambos - operadora e cliente.

 

Estar ao telemóvel na caixa - confesso que já me aconteceu estar a falar ao mesmo tempo que estou na caixa, e ir colocando os produtos no saco, e tirando dinheiro para pagar ao mesmo tempo. Espero não ter causado, ainda assim, transtorno para os restantes clientes.

 

As prioridades - já me aconteceu estar numa caixa prioritária, no tempo em que as havia, sem me ter apercebido de que o era, com as compras no tapete, e a cliente atrás de mim invocar a prioridade, tendo eu me desviado, para ela passar. Logo atrás, mais um casal com 2 filhos pequenos, e eu a pensar "onde me vim meter, se aparecer aqui uma dúzia de clientes, passam todos à frente". Felizmente, esse casal não quis exercer o seu direito. Se tivesse as compras no cesto, era mais fácil. Mas estar a tirar as compras do tapete para colocar no cesto e ir para outra caixa, também não fazia sentido.

 

Há muitas mais situações com que todos nós, certamente, nos identificamos, mas para isso têm que ler o livro, ou acompanhar a autora em A lupa de alguem

 

Como em tudo o que são trabalhos, em que existe contacto com o público, é necessário uma pessoa mostrar simpatia, disponibilidade, fazer um pouco de ouvinte, conselheira, psicóloga até, mostrar-se prestável. Mas há limites, e os clientes também têm que perceber que, quem ali está atrás da caixa não é um robot, é um ser humano como eles, e só porque está a trabalhar e lhe pagam para o fazer, não tem que aturar tudo ou fazer de criado para todo o serviço, só para manter os clientes satisfeitos.

 

Por outro lado, também há clientes que marcam pela positiva, e que tornam os dias de trabalho mais suportáveis e agradáveis, fazendo a diferença. 

 

Acho que tudo se resume a respeito, tolerância e educação. Se cada um de nós fosse munido de um pouco destes três ingredientes, evitavam-se muitas situações como as relatadas neste livro.

 

É este o sistema de saúde que temos em Portugal

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O meu pai esteve quase um ano à espera de uma consulta de oftalmologia no hospital público, para futura cirurgia às cataratas.

Ontem foi, depois de vários adiamentos, o dia da consulta.

 

"O senhor tem uma grande catarata. Quer avançar para a cirurgia?"

"Claro!"

"Muito bem. Então dirija-se ao gabinete "x" para tratar de tudo."

 

O meu pai assim fez.

A funcionária explicou-lhe que iria fazer o primeiro exame em outubro, outro em novembro, e os restantes talvez só para o ano.

 

"Então e quando é que é marcada a cirurgia?"

"A cirurgia será marcada 8 meses depois de termos todos os exames!"

 

É este o sistema de saúde público em Portugal. 

Como é óbvio, quem pode, tem mesmo que se virar para o privado se quiser resolver os problemas de saúde a tempo.

 

É triste...

Ao Fechar a Porta, de B.A. Paris

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O que posso dizer deste livro?

Lembra-me aquele ditado "Quem está no convento é que sabe o que vai lá dentro".

Lemos a sinopse, e pensamos de imediato "alguma coisa se passa".

Começamos a ler o livro e pensamos "O Jack é um sacana controlador, que não deixa a mulher fazer nada sozinha".

É sufocante não poder almoçar sozinha com as amigas, não ter o seu próprio dinheiro, o seu próprio telefone, o seu próprio endereço de email, uma caneta que seja ou um bloco de notas na mala, e por aí fora.

Mas, será só isso que aquela porta esconde? Ou existirão outros segredos mais macabros? Será Grace, de facto, a vítima que aparenta, e o Jack o mau da fita que a autora dá a entender?

 

Confesso que esperava muito mais desta história, e muito mais da Grace, embora não faça ideia se, no lugar dela, não faria o mesmo. No final, sim, teve a minha aprovação, pela forma como deu a volta, escapando impune.

Surpreendeu-me que a chave para tudo tenha vindo de quem menos se esperava, e da forma como foi oferecida.

Se, na maioria das vezes, as mulheres conseguem ser "cabras" umas com as outras, ainda existem algumas que são solidárias, nos bons e maus momentos. 

E se, convivendo com os outros, achamos que os conhecemos bem e nem nos apercebemos de algo errado, ainda há quem decifre o enigma, e consiga perceber que existe um ponto negro, no meio de uma tela branca.

Mas este livro desiludiu-me, sobretudo, pela previsibilidade. 

 

 

SINOPSE

"Quem não conhece um casal como Jack e Grace? Ele é atraente e rico. Ela é encantadora e elegante. Ele é um hábil advogado que nunca perdeu um caso. Ela orienta de forma esmerada a casa onde vivem, e é muito dedicada à irmã com deficiência. Jack e Grace têm tudo para serem um casal feliz. Por mais que alguém resista, é impossível não se sentir atraído por eles. a paz e o conforto que a sua casa proporciona e os jantares requintados que oferecem encantam os amigos. Mas não é fácil estabelecer uma relação próxima com Grace... Ela e Jack são inseparáveis. 

Para uns, o amor entre eles é verdadeiro. Outros estranham Grace. Por que razão não atende o telefone e não sai à rua sozinha? Como pode ser tão magra, sendo tão talentosa na cozinha? Por que motivo as janelas dos quartos têm grades? Será aquele um casamento perfeito, ou tudo não passará de uma perfeita mentira? 

Um thriller brilhante e perturbador, profundamente arrebatador, que se tornou num autêntico fenómeno literário internacional com publicação em mais de 35 países. A não perder."

 

 

 

Emoji: O Filme

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A minha filha queria ir ao cinema. De entre os filmes que haviam, ela escolheu este. E adorou!

Já valeu a pena por isso.

O meu marido ia adormecendo na primeira parte. Diz que a segunda parte compensou e deu o dinheiro por bem empregue.

 

Já eu, achei o filme mediano, tendo em conta o que já se fez, em termos de animação e mensagem a transmitir.

É actual, sem dúvida, e damos por nós a pensar em todos aqueles emojis que usamos no dia-a-dia nas conversas e mensagens. Damos por nós, juntamente com as personagens, a percorrer o visor do smartphone, e percorrer os espaços entre as diversas aplicações, entrando numas, saindo de outras, com direito a passwords, firewall, reciclagem, hackers e muito mais.

 

No final da primeira parte, a sensação foi: ok, muito giro, mas não passa nada para este lado. Já no final do filme, após a moral da história, fica a decepção por um enredo tão fraquinho.

 

A mensagem: a amizade está acima de qualquer protagonismo, porque de nada serve sermos os maiores, estando sozinhos, e devemos aceitar, e ser, aquilo que somos, e não aquilo que os outros querem que sejamos.

 

 

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O portador do smartphone, que vai colocar em risco a vida de todos os emojis

 

 

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Hi-5, Gene e Rebelde, os salvadores da pátria

 

 

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A má da fita

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